Os Descendentes - Da Série Riley Brooklyn

21. Trem em movimento é um trem que tem monstro! - Parte I

# No capítulo anterior...

Ainda no P.O.V. de Majuh

" - Mas pelo menos eles dois se dão bem. - Ele diz em tom brincalhão.

- O irônico disso tudo é que o descendente do cupido não consegue resolver a própria vida amorosa. - Eu digo e nós dois caímos na gargalhada."

Susana Brooklyn Di Ângelo

Acabamos de embarcar e eu sou obrigada a dizer que eu tenho uma sensação horrível sobre esse trem. Sei lá. Ele não me transmite confiança.

Eu sento ao lado de Pedro e de frente a Jacob e Amanda. Estamos todos em silêncio observando a janela. Vendo as árvores e os rios sem nos importarmos muito com o que acontece na cabine dos nossos amigos.

Depois do que eu vi depois que desmaiei não quero nem pensar no que vai acontecer se demorarmos muito mais tempo nessa missão.

Eu queria tanto poder estar em um dia normal. Brigando com Daniel, Pedro dizendo que nós dois parecíamos gato e rato, Meggy chorando, mamãe mandando papai trocar a fralda de Meggy e mamãe cozinhando e botando moral na casa.

Nesses dias normais eu tinha mais algumas amigas mortais no colégio. Inimigas mortais no colégio. E agora? Eu tenho de inimigos mortais até imortais.

Minha vida deu um giro de 360º graus e agora está tudo de cabeça para baixo. Minha mãe, minha irmã e alguns dos meus tios desaparecidos. Lutar sem ter treinado muito (N/Riley: Ela tá reclamando imagina eu que nem treinei.) (N/Percy: Deixe de se meter na história da sua filha Riley.) (N/Riley: Fazer o que se eu sou metida desde que nasci.) e ainda ter que aguentar Pedro e Daniel brigados. O que eu não daria para ter de volta as 20 páginas de atividade que a professora de português passava?

- Vamos no vagão restaurante Suh? - Amanda pergunta me tirando dos meus devaneios.

- Pode ser. - Eu digo me levantando.

- Vão querer alguma coisa meninos? - Amanda pergunta.

- Água. - Os dois dizem em uníssono.

- Até daqui a pouco. - Eu digo fechando a porta da cabine.

Eu e Amanda andamos em silêncio em direção ao vagão restaurante já que nós duas sabemos que se abrirmos a boca para falar alguma coisa acabaremos brigando por alguma idiotice.

Quando já estamos na porta do vagão Amanda me puxa pelo braço e me manda ficar em silêncio com o dedo.

- Não entre em pânico, mas não tem a nossa querida professora de Matemática que já se transformou em Fúria na nossa frente e nós achamos que era delírio? - Ela pergunta em um sussurro só para mim ouvir.

- Sim. - Eu sussurro de volta sem entender aonde ela quer chegar.

- Não faça escândalo, mas ela está vindo em nossa direção nesse exato momento. - Ela sussurra apertando o meu braço mais forte olhando para um ponto fixo por cima do meu ombro e pelo que eu vejo no reflexo de seus olhos quem vem ali é a nossa antiga professora de Matemática.