Os Descendentes - Da Série Riley Brooklyn

14. Sonho e Suthur(Arsana)

# No capítulo anterior...

"Agora eu finalmente sei o que aconteceu com toda a nossa família, ela simplesmente faleceu toda ela. Nossos únicos parentes que não sejam pais, irmãos, primos e tios são nossos avôs por parte de deuses.

Agora que eu reparei que papai está escondido em uma sombra chorando. Agora eu parei para imaginar o quão difícil devem ter sido as vidas de papai, mamãe e de vários outros semideuses."

" "Saudade é um sentimento que quando não cabe no coração escorre pelos olhos." Bob Marley😍📚.

Acabamos de voltar para os nossos chalés. Acabou que nem teve a caça bandeira. Graças a Zeus! Assim pelo menos eu continuo viva.

Agora eu e meus irmãos estamos nos encarando sem falar nada. Nossos primos acabaram ficando no chalé de Atena já que eles sabiam que a gente vai roncar muito essa noite. (Ou melhor, Daniel vai.)

Acabarmos por deitar sem nem ao menos desejar boa noite uns para os outros.

# Sonho on:

Eu olho ao redor e vejo uma coisa inesperada, pelo menos para mim.

Minha mãe estava encolhida nos braços de tio Percy enquanto chorava convulsivamente enquanto titio tentava acalma-lá.

- Calma Ril. Ela vai ficar bem. - Tio Percy murmura e parece tentar convencer a si mesmo sobre isso.

- Eu quero minha filha, Percy. - Ela diz em um fio de voz acompanhado por um soluço.

- Calma, calma, calma. - Tio Percy pede. Qual é a dele? Ele não sabe que quanto mais pede para uma mulher se acalmar mais nervosa ela fica não? Eu hein.

De repente vejo um homem se aproximando a passos lentos da "sela" que mamãe e tio Percy se encontravam.

Tio Percy levanta em um pulo e faz uma carranca que se fosse para mim eu teria metido pé dali na mesma hora.

- O que você fez com minha sobrinha? - Pergunta tio Percy com os dentes cerrados.

- Eu nada. - Diz homem se fazendo dw inocente. - Ainda.

- Não se atreva a encostar um dedo na minha sobrinha. Se não eu... - Diz tio Percy fazendo tanta força para não pular em cima do homem que as veias de seu pescoço saltam.

- Eu só vou fazer isso caso não aja colaboração da parte de vocês. - Ele disse em tom neutro.

- Po-por fa-vo-vor... Só... Só não machuque a minha fi-lha. - Mamãe diz entre soluço se ajoelhando já que até o momento ela estava sentada apenas olhando.

- Para nada acontecer com a sua filha também será necessária a colaboração de Percy. Posso contar com você Jackson? - Ele pergunta em tom de deboche.

- Pode. - Tio Percy resmunga por entredentes.

# Sonho off. #

Acordo soando frio. Esfrego meus olhos tirando a remela dos mesmos e olho para as minhas mãos.

Desço do beliche e troco de roupa rápidinho.

Saio do chalé correndo com os olhos marejados em direção a praia.

Quando eu chego lá desabo sobre os meus joelhos na areia e começo a chorar de saudades e de medo. Acho que o meu defeito mortal é o medo, ou não, já que todo mundo sente medo.

Sinto alguém me abraçar por trás e encaixar a cabeça no meu ombro enquanto faz carinho nos meus cabelos.

- Por que está chorando, pequena? - Arthur pergunta parecendo preocupado.

- Saudade, medo, tudo... - Eu digo e soluço. Eu já devo estar com uma cara de choro horrível nesse momento, mas quem se interessar importa?

- Eu não posso prometer que vai ficar tudo bem, pois possivelmente não vai. Então apenas pense que esse é um daqueles romances clichés que você adora, ele vai acabar com um "E eles viveram felizes para sempre". - Ele diz e beija minha testa. - Agora vá dormir que só eu e os seus irmãos sabemos o quão insuportável você fica quando está com sono de manhã logo cedo. E ainda temos que levar em conta que amanhã sairemos para a nossa primeira missão.

- Ei! Eu não fico insuportável. - Eu digo indignada.

- Fica sim. Agora vamos. - Diz ele e me dá a mão para me ajudar a levantar.