Podemos |Livro 1| |Duologia Podemos|

Capítulo 1 - Se Conhecendo

Martina

Mais um dia nessa minha linda vida!! Só que não.

Não estou me sentindo muito bem hoje, estou muito nostálgica.

Estou me lembrando do meu pai, meu lindo pai que infelizmente veio a falecer ao meus 15 anos.

Sim, aos meus 15 anos perdi o meu pai.

A linda data para todas as garotas foi a pior de todas para mim.

No dia do meu aniversário de 15 anos, uma festinha só com a família próxima meu pai sofreu um A.V.C (Acidente Vascular Cerebral) hemorrágico.

Ele ficou umas três semanas no hospital mas infelizmente veio a falecer me deixando somente a minha mãe que mudou totalmente após a sua morte.

Costumávamos viver bem, não éramos perfeitos, mas éramos uma família feliz.

Quando o papai morreu, minha mãe começou a sair com umas amigas e começou a me deixar de lado. No momento em que eu mais precisava de alguém, ela decidiu sair.

Foi então que começaram a surgir os namorados. Me cansei de ver caras na minha casa.

Isso me magoou, como ela pôde colocar alguém na cama que o meu pai dormia com ela? Como ela pôde amar alguém como amou o meu pai?

O que me trouxe mais conforto foram os meus melhores amigos, Ruggero,  Mercedes e Lodovica.

Somos amigos desde os 4 anos.

Eles amavam meu pai e o meu pai a eles.

Enfim, decidi focar no meu dia de hoje e me levantar.

Terminei me fazer minha higiene e desci para comer algo.

Minha mãe não estava em casa, para variar. E ainda por cima de tudo me deixou um bilhete.

Oi Mari, fui no salão, vou fazer as unhas, me arrumar e depois vou ao shopping.
Stela.

Ela me chamou de Mari. Minha própria mãe errou meu nome.

Pior que já tem umas duas semanas que ela está confundindo. Por quê?

Deixei os pensamentos de lado e resolvi ir comer em algum lugar mesmo.

Durante o caminho até a cafeteria acabei me distraindo e esbarrando em alguém.

Droga, mais essa!!

- Ei, olha por onde anda babaca.- grito.

- Desculpa estressadinha.- disse o carinha bem bonitinho, mas estava debochando de mim. Eu não gosto disso, quem ele acha que é?

- Olha você não me conhece para falar de mim, ok?

- Não por isso, prazer Jorge Blanco. - disse estendendo a mão.- E você estressadinha??- perguntou zombando de mim.

Quando eu ia começar a xinga-lo meu telefone tocou, era a minha mãe.

Agora pronto!!

- Só um momento Jorge.

- Tá.- sorriu de lado.

Que lindo!!

××

- Alô?

- Mari sou eu.

- Mãe eu já disse que meu nome é Martina.- digo brava.

- Ok Martina.

- O que você quer?

- É que eu estou aqui em casa. Onde você está? Ou melhor dizendo com quem você está?- perguntou irônica. Aff

- Eu estou em uma cafeteria, e eu não estou com ninguém.- Jorge sorriu diante disso, revirei meus olhos.

- Então venha para casa estou te esperando.

- Ta Stela, eu vou terminar de comer aí eu vou.

- Tchau.

××

- É feio mentir para a mãe sabia?- perguntou em um tom sério, como se quisesse me dar lição de moral.

- Querido, você vai me desculpar, mas eu falo do jeito que eu quiser com a minha mãe.

- Que bravinha você é em Martina.- disse rindo.

- Como você sabe o meu- ele me interrompeu.

- Eu ouvi você falando... "Mãe eu já disse que meu nome é Martina".. - imitou minha voz só que totalmente diferente, ele fez uma voz bem fina que me irritou demais.

- A minha voz nao é assim tá.- digo séria mas ele faz uma careta engraçada.

É, até que ele está me saindo uma pessoa bem legal.

- Martina???- perguntou estalando os dedos na minha frente, é, eu estava viajando.

- Sim?

- Eu sei que a paisagem a sua frente é linda mas eu tô com fome. Vem comer comigo.- disse rindo.

- Convencido.-digo vermelha.

- Eu sei linda!- disse rindo.

Linda? Ele me chamou de linda?

Continua..
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