Podemos |Livro 1| |Duologia Podemos|

Capítulo 20 - Dúvidas

Martina

Tudo está muito estranho para mim. Não acredito que ele vai terminar comigo. Será que o George não aceitou nossa relação e mandou ele terminar comigo?

Ou será que tudo isso é coisa da minha cabeça e na verdade ele vai fazer uma surpresa para mim?

Na verdade, eu nem sei o que pensar, são tantas coisas na minha cabeça.

Resolvi tomar um banho, deixar que a água leve todas a minhas frustações.

A água levava minhas frustações e as minhas lágrimas.

Terminei meu banho e vi a minha mãe sentada na minha cama me olhando.

- Tudo bem mãe?

- Por que você chorou?- perguntou preocupada.

- Eu não chorei.- minto.

- Eu sei que você chorou. Você não me engana e eu sei também porque você demorou muito tempo no banho, sempre que você quer chorar ou está triste, você toma banho e chora.- me indigno.

- É o Jorge mamãe.- suspiro.- Eu tenho quase certeza de que ele vai terminar comigo.- deixo as lágrimas caírem.

- Mas por que minha gatinha?- pergunta batendo a mão em sua perna para eu me deitar e eu fui.

- Ele tá muito distante, chegou tarde na hora de me buscar hoje na faculdade, ok, pode ser o trânsito, mas ele tava frio, aí ele veio falando que me ama e pra mim não esquecer isso e que tudo que ele faz é para o meu bem.- choro.

- Faz assim, coloca uma roupa e desce lá pra sala para conversámos melhor.

- Não dá, 19:00 o Jorge vai passar aqui para jantar comigo e tomar um sorvete. Eu acho que aí ele vai me falar que quer terminar comigo.- digo triste.

- Então vai, se arruma, fica gatona e continue normal com ele. Se ele anunciar um término, aceite civilizadamente e venha para casa se empanturrar de doces e filmes românticos.

Fiz o que ela me pediu e desci para esperar o Jorge.

(Vestido na mídia)

- É ele mãe, bom, já vou indo. Até mais tarde.- sorrio e dou um beijo em sua bochecha.

- Ok amor. Desfrute, eu vou te esperar com o brigadeiro e o filme.-

Abri a porta e dei de cara com aquele gato. Ele está tão lindo, cheiroso, tão ele.

- Oi minha linda.- me abraçou fortemente.

- Oi amor.- puxo ele para um beijo que demora a corresponder pelo susto.

Entramos no carro e ele me levou até o Piazzi, meu restaurante italiano favorito.

Assim que chegamos ele manteve seu cavalheirismo, abriu a porta para mim e entrelaçou nossas mãos.

- Tini, depois que tomarmos o sorvete, precisamos conversar ok?- pergunta ao nos sentarmos.

- Por que você não fala logo agora que você quer terminar comigo?- pergunto brava e ele arregalou os olhos.

- O, o quê?

Continua..
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