Capítulo 57 - Maturidade, surpresas

264 17 9
                                    

Jorge

Em uma semana a Tini irá se formar. E pensar que esse momento seria maravilhoso há uns meses. Enfim poderíamos ficar juntos. Mas é tão estranho como a nossa vida muda tão rapidamente.

Agora estou noivo, pensando em coisas de casamento. E o mais estranho, a Martina não é a noiva.

Eu amo a Miranda, mas sempre existirá um espaço para a Martina no meu coração. Um espaço que mulher nenhuma conseguirá substituir.

O que nós tínhamos era cumplicidade, amor, respeito, carinho e uma paixão avassaladora. Aquelas dignas de um livro.

- Amor? Me ouviu?- Miranda pergunta. Estamos deitados, conversando sobre o casamento e nem percebo que estava divagando sobre o passado e futuro que me aguarda.

- Hum, não. Me desculpe. O que dizia?

- Nada importante. Descansa um pouco. Você parece tenso esses dias, está longe, pensativo o tempo todo. Se arrependeu do casamento?

Droga! Como eu pude ser tão insensível com ela? Ela não merece isso.

- Não aconteceu nada minha linda. Apenas estou pensando no nosso futuro. E é claro que eu não me arrependi do casamento. Eu quero ir até o fim e construir uma família com você.

- Que bom! Eu também quero isso.

Iniciamos um beijo apaixonado, mas somos interrompidos pela campainha. Ela tem visita.

- Quem será?- pergunta curiosa, ajeitando suas roupas.

- Não sei.- respondo curioso.

- Já volto.- deposita um beijo em meus lábios e sai.

Martina

O café da manhã foi maravilhoso. Aproveitei muito com a família.

O Jorge não estava. Segundo a minha mãe ele estava no apartamento da Miranda.

Doeu saber? Um pouco, mas eu estou aprendendo a superar isso. E isso está me fazendo um bem enorme. Estou me sentindo mais leve, mais animada.

Talvez esse término tenha trazido algo bom para mim. Maturidade.

Hoje eu olho para trás e percebo que não sou mais aquela Martina de um ano atrás. Sou uma mulher resolvida comigo mesma, independente e menos dramática.

A Martina de agora jamais se humilhada da forma que eu me humilhei pelo Jorge. Ela se valorizaria e daria a volta por cima.

- Bebê, nós podemos conversar?- Matheus me chama após sair do banho.

Assinto, preocuoada pelo seu tom de voz.

Jorge

Ela está demorando demais. Consigo ouvir umas vozes lá na sala. Quem será?

Me arrumo e vou até lá, procurar saber o porquê de toda a demora.

- Mas que merda é essa?- grito.


Continua
Votem e Comentem

Podemos |Livro 1| |Duologia Podemos| Onde histórias criam vida. Descubra agora