Capítulo 48 - Audacioso

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Martina

A cerimônia foi linda. Chorei horrores ao lado do Matheus que apenas ria de mim. Foi um casamento no civil mesmo.

Admito que não foi fácil aguentar o Jorge e tal Miranda juntos. Ela chorava e ele ria, brincando com ela.

Me dói pensar que era para eu estar ao lado dele agora. São os nossos pais.

Bem, eu consegui acertar tudo, vou morar em um apartamento não muito longe de casa, mas longe o suficiente dele.

Eu sei que talvez não esteja sendo madura, mas eu não aguento. Não consigo estar com ele a ficante ou sei lá o que ela é.

Matheus percebeu o meu desconforto e fez de tudo para me alegrar. Tentou me distrair, passeou comigo, mas eu continuei incomodada.

Pedi desculpas a ele, que foi super compreensível e apenas beijou minha testa, seguindo para um novo passeio pela cerimônia mesmo.

Cumprimentei o casal e sai com o Matheus.

Queria ir para outro lugar que não fosse a minha casa, mas a minha mãe precisa de mim hoje, só hoje.

Seguimos para a casa da minha mãe e a "festa" seria no fundo. No gramado várias mesas estavam postas, decoradas com diversas flores, compondo um ambiente harmônico e romântico.

A mesa do buffet esta posta, sem os alimentos pois ainda estava cedo e uma mesa cheia de doces estava sendo montada.

- O que você acha de roubar um docinho da mesa?- Matheus pergunta, com uma carinha maliciosa.

- Acho uma excelente ideia.- sorrimos e corremos para perto da mesa.

Infelizmente fomos flagrados pela dona Tati, uma funcionária do buffet muito querida por nós.

- Ah não dona Tati, a senhora não irá contar para a minha mãe tal ocorrido. Quer atrapalhar um dia tão especial como esse?- faço uma leve chantagem emocional nela, que nega, sorrindo.

- Não por isso, amanhã eu conto.- ele diz. Ele. O Jorge.

Ele está atrás de mim. Não consigo me virar.

Que droga! O que você está fazendo Martina? Se vira agora! Você consegue!

- Você não faria isso.- me viro, fazendo uma cara assassina para ele que gargalha.

- Você não mata nem formiga minha querida, não adianta olhar assim para mim.

- Ei, eu mato sim.

- Não, não mata. Aquele dia que a sua mãe viu uma formiguinha na mesa e quase a matou você deu um ataque e brigou com todos defendo a formiga.- rimos.

- Tudo bem, tudo bem. Culpada.- assumo.

Sorrio me lembrando dos momentos juntos. Que saudade!

- Nossa, desculpa por não apresentar antes. Tini, essa é a Miranda.- audacioso. Como ele faz isso?

- Olá, muito prazer Miranda.- cumprimento-a com um beijo na bochecha e ela sorri, tímida.

- O prazer é todo meu.

Um silêncio se instala.

- Bem, esse é o Matheus.- apresento-o para os dois e eles se cumprimentam.- Então tá, aproveitem a festa. Até mais.- me despeço dali e saio, puxando o Matheus para bem longe dali.

Continua
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