Podemos |Livro 1| |Duologia Podemos|

Capítulo 21 - Nosso fim

Somos interrompidos pelo garçom, fazemos nossos pedidos e enfim eu continuo.

- Eu sei que você quer terminar comigo Jorge. Eu não sei o motivo, mas eu sei que você quer terminar, eu não sei o que pensar, você diz que me ama mas quer terminar comigo?- desabafo

- Acontece que eu estou confuso. Eu não sei se ainda te amo. Sim, eu estou pensando em terminar com você, para dar um tempo de espairecer, decidir se eu realmente te amo. É para o seu bem.

- Então ta, deixa eu ver se eu entendi. Esse tempo todo em que estivemos juntos, tudo bem, não é muito tempo, mas tudo o que tivemos não significou nada né? Você está confuso. E por que é para o meu bem? Eu sei o porquê disso. É o George né? Ele não nos aceitou.

- Não Tini. Não foi o meu pai, ele nem sabe da minha decisão.- disse de cabeça baixa.

- Então tudo bem, vamos continuar o jantar que eu estou com fome.- me mantenho firme.

- Com licença, aqui estão os vossos pedidos.- o garçom diz fixando seus olhos em mim, me deixando sem graça.

- Eu e a minha namorada agradecemos.- diz todo bravinho e eu o interrompo.

- Ex, ex namorada Jorge.- digo e vejo o sorrisinho do garçom.

- Bom apetite princesa.- pisca para mim e sai.

- Muito bem Martina.

- Não disse uma mentira.- rebateu.

- Martina nós mal terminamos e você já tá dando bola pra outro.- diz bravo.

- Não interessa quanto tempo terminamos. Já acabou, não precisa contar os minutos, segundos ou milésimos Jorge.- digo seca e vejo a tristeza em seu olhar.

Me sobe uma vontade de abraçá-lo fortemente e dizer que tudo vai ficar bem.

Mas não, ele que quis terminar, só lamento.

Nosso jantar foi em silêncio, Jorge não desgrudava os olhos de mim e eu não tirava os olhos do prato. Não quero correr o risco de cair nos seus encantos.

-  Terminei. Vamos?- pergunto no mesmo tom de antes e ele abaixa a cabeça e fecha os olhos deixando umas lágrimas involuntárias caírem.

Nos levantamos e fomos pagar a conta.

- Aqui o meu número Princesa, se precisar de alguém é só falar.- o mesmo garçom estende a mão e me entrega um cartão com o seu número.

- Ah tudo bem, mas eu só preciso de um amigo. Eu voltei com o meu namorado não é meu amor?- pergunto sorrindo e ele assente devolvendo o sorriso.

E que sorriso lindo!!

- Tudo bem então. Um beijo.- me da um beijo na bochecha.

Para entrar no carro foi a mesma coisa, o Jorge abriu a porta do carro para mim e entramos em um total silêncio.

Nosso trajeto foi silencioso e eu só me despertei dos pensamentos quando paramos em uma sorveteria.

- Olha Jorge, eu quero ir para casa, não precisa me levar para tomar sorvete.

- Eu disse que iria te levar e eu quero, afinal eu amei o abraço que você me deu hoje por causa do sorvete.- sorri de lado e o meu coração se quebra.

Mais vinte minutos e eu posso me acabar em lágrimas.

Nós dois estávamos quietos, claro, estávamos nos lembrando dos momentos juntos..

Continua..
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