Podemos |Livro 1| |Duologia Podemos|

Capítulo 59 - Vai ficar tudo bem

Martina

- Jorge? O que está fazendo aqui?- me assusto ao vê-lo ali, tão frágil e triste.

Ele não diz nada apenas me abraça me apertado, derramando algumas lágrimas.

- Ei! Calma, vai ficar tudo bem meu anjo. Vem cá.- levo ele até o sofá e ele se deita em meu colo.- Me conta o que aconteceu.

- Ela me traiu.

Não acredito! Como ela pôde fazer isso? Que idiota!

- Como você soube?

- Eu vi. Eu tava na casa dela na hora e ela nem se deu o trabalho de esconder isso de mim.

- Poxa, eu sinto muito meu bem. Fica calmo, isso vai passar. E saiba que eu estarei aqui para o que precisar.

- Muito obrigada!- sorri e me abraça.

- Hum, desculpa. Eu não queria atrapalhar.- Matheus diz e se vira para voltar.

- Que isso, meu amor. Não atrapalhou. Vem aqui.

Ele volta, tímido e o Jorge se levanta.

- Bom, eu que não queria atrapalhar. Tini, obrigada por tudo. Até mais.- dá um beijo em minha bochecha, aperta a mão do Matheus e vai embora.

- Desculpa.- Matheus diz.

- Que isso, amor.- chamo ele e o abraço.

- Podemos conversar?- pergunta receoso, se sentando.

- Sim. Você está me deixando preocupada.- sorrio sem graça.

- Relaxa.

- E então?

- Não dá mais.- o quê?

- Como assim?

- Não podemos ficar juntos.- afirma, sério.

- De onde você tirou isso. Caramba, eu tenho alguma maldição com essa palavra.

- Eu não consigo. Estou me sentindo o vilão da história.

- Que vilão? O quê? Cara, o que você está falando?

- Sou o vilão da sua história com o Jorge.

- Não, claro que não. Olha, se for por agorinha, não aconteceu nada.- me interrompe.

- Eu sei que não aconteceu, eu confio em você e te conheço. Mas não é por hoje. Vocês tem uma ligação incrível juntos. Quando ele sofre, é para você que ele corre.

- Isso só acontece porque somos amigos acima de tudo e eu sei usar boas palavras para ele.

- Tini..- interrompo-o.

- Não, não venha com essa Matheus. Eu e o Jorge terminamos bem antes de começarmos a nossa história. Não estamos juntos porque não damos certo juntos. Ele não tem certeza se gosta de mim e eu sou apaixonada por você. Eu não vou mentir e dizer que não tem sentimento pela minha parte, porque ainda tem. Mas esse sentimento foi guardado e agora o sentimento que vive em mim é o amor. O amor que eu sinto por você.

- Eu também te amo.- suspira.- Mas..- interrompo-o novamente.

- Agora se você não quer mais fazer isso dar certo, não usa a desculpa do Jorge porque eu não quero mais voltar para ele.

- Não é isso, meu amor. Eu só acho que você está mentindo para si mesma e não percebe que talvez ele seja o amor da sua vida. Eu não quero acordar daqui há vinte anos e olhar para a minha esposa resmungona que não é feliz comigo porque se arrepende de não ter ficado com o ex-namorado ideal.

- Matheus, olha a besteira que você está falando. Eu já falei o que sinto. Não quero voltar para o Jorge. Eu quero você, mas se você não quer, eu não posso fazer nada. Não vou te obrigar.

- Então vamos esquecer o que eu disse. Eu também quero você ao meu lado.- me abraça e depois me beija.

- Eu te amo.- digo.

- Eu te amo.

Continua
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Não me matem, please. Preciso continuar ainda...
Matem a Martina, ela que é a teimosa.