Saímos da faculdade em um silêncio total. Na ida, o Jorge fez o mesmo ritual: abriu a porta para mim e dirigiu com a mão sobre a minha perna.
Mas eu sinto que algo está errado, sinto como se ele quisesse terminar.
- Então eu já vou.- digo assim que chegamos em minha casa.
- E o meu beijo??- perguntou rindo e eu me controlei para não voar nele.
Até parece que eu vou ficar dando mole pra ele. Não entendo essa enrolação, termina logo comigo e pronto.
- Ah já me esqueci.- dou um beijo em sua bochecha.
Jorge
Infelizmente o dia não foi nada bom. Eu não sei o que fazer, não posso perdê-la, mas ela merece a felicidade.
Tudo começou assim..
Saí da faculdade da Tini e recebi uma mensagem da Stela pedindo para me encontrar com ela na cafeteria perto da casa dela.
Não entendi muito bem o que ela queria, mas mesmo assim fui.
Quando cheguei ela ainda não estava lá, esperei mais um pouco e fiquei muito surpreso ao ver uma pessoa.
- Oi Jorge.- se senta em uma cadeira a minha frente.- Vou ser rápida.
- Carol?- pergunto confuso e ela sorri de lado.
- A própria.
- Cadê a Stela?
- Aqui.- disse apontando para si mesma.- Eu mandei a mensagem, fui na casa da Stela, dei uma desculpa esfarrapada e te mandei a mensagem fofo.- sorri maliciosa me deixando bravo.
- Com licença.- digo bravo e me levanto.
- Se você levantar a Martina sofre.- diz rude.
- Fica longe dela.- ordeno, vejo seu sorriso cínico surgindo.
- Bom, é o seguinte lindo, você vai terminar com a Martina.
- E por que eu vou terminar com ela?- pergunto debochado.
- Porque se você não terminar com ela, eu vou acabar com a carreira dela, com os sonhos, com a faculdade, com tudo. Eu posso fazer isso e vou fazer caso as coisas não aconteçam do meu jeito.
- Mas por que isso?
- Porque eu odeio a Martina, eu quero acabar com ela. Tudo é dela e para ela. Ela é a mais popular da faculdade e nem sabe, as meninas querem ser amigas dela, os meninos querem namorá-la e isso me enoja.
- Tudo bem. Eu termino com ela, mas você não vai encostar um dedo nela está me ouvindo?- ordeno.
- Sim Senhor.
- Tudo bem, vou levá-la para jantar comigo e termino tudo.
- Fechado.
- E outra, eu quero você longe da Martina, não precisa fingir ser amiguinha dela.
- Não precisa nem pedir. Eu quero distância dela.- disse rindo.
- Com licença.- saio dali.
E foi assim que aconteceu. Eu não quero terminar com ela, mas eu não posso ser egoísta o suficiente para acabar com os sonhos dela.
Ela ama o que faz, ama sua faculdade. E se for necessário me afastar dela para que ela seja feliz, eu farei.
Cheguei em casa e fui direto para o quarto, preciso ficar sozinho.
Após cochilar um pouco, fui acordado com batidas na porta.
- Não quero ver ninguém.- grito.
- Nem a sua maninha favorita?- pergunta sorrindo.
- Entra logo Marina.
- O que foi mano?- pergunta se sentando ao me lado e batendo em sua perna, indicando para que eu me deitasse.
- Eu vou terminar com a Martina.- disse entre o choro.
- Não maninho. Ela é muito especial, não machuque ela.
- Eu não tenho escolha.- digo triste.
- É claro que tem.- diz brava.
Conto toda a história para ela que fica indignada.
- Não pode. Vamos contar isso para o papai.
- Não posso. Se eu contar, a Carol vai machucar a Tini.
- Oh maninho!! Sinto muito.- disse acariciando meu cabelo.
Quando deu a hora de buscá-la eu fui, eu tentei ser grosso com ela, mas quando eu vi aquele rostinho, eu não resisti.
Vou aproveitar todos os momentos restantes com ela.
Continua..
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Podemos |Livro 1| |Duologia Podemos|
عاطفيةCostumo dizer que o amor é um dos sentimentos mais puro que podemos sentir. O amor traz paz, alegria, plenitude. O verdadeiro amor, sempre volta. Não importa o tempo separados, quando é para ser, será. Martina e Jorge são separados por pessoas invej...