Capítulo 46 - Eu sou uma idiota

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Jorge

- Eu nunca quis te fazer sofrer assim minha linda.

- Mas fez. Eu me entreguei de coração inteiro para você.

- Não minha linda, não piora as coisas. Vamos seguir uma amizade. Você tem o Matheus agora e eu..- paro de falar.

- E você?

- Eu estou saindo com a Miranda.- ela se solta imediatamente do meu abraço.

- Como?

- Ela trabalha lá na empresa, ficamos amigos e acabou rolando alguma coisa.

- Eu não acredito Jorge, não mesmo.

- Não fica triste meu anjo.

- Vai embora.

Droga!

- Tini, espera, vamos..- ela me interrompe, gritando.

- VAI EMBORA AGORA!!- ela vai até a porta e abre.

- Eu sinto muito, não queria que as coisas acontecessem assim.

- Agora Jorge.

- Fica bem.- suspiro e saio.

A porta se fecha, estrondando a vizinhança.

Eu realmente não queria que as coisas ficassem assim. Eu amo ela, amo mesmo. Mas não podemos ficar juntos. Precisamos aceitar isso, ela principalmente.

Volto para casa deixando algumas lágrimas caírem, pensando em tudo. Talvez a Miranda seja o meu escape. Minha outra chance de ser feliz.

Martina

Eu sou uma idiota, sou muito besta. Como eu pude fazer isso? Eu me humilhei para ele e ele simplesmente me disse que estava saindo com alguém.

Eu não quero olhar para a cara dele nunca mais. Nunca mais mesmo.

Minha mãe chega e me vê jogada no sofá, chorando horrores.

-Oh minha linda, o que aconteceu?- pergunta preocupada, se sentando ao meu lado.

-Eu odeio ele mamãe. Eu nunca me humilhei tanto mãe, nunca.

- Calma, me conta tudo.

Me deito em seu colo e começo a lhe contar tudo o que aconteceu.

- Ai minha filha. Eu sinto muito pela sua situação. Eu vou adiar o casamento com o George para dar tempo de você ir para Nova York.

- Não.- digo rápida.- Não posso fazer isso com você mãe. É a sua felicidade. Demorou tanto para você encontrar alguém com ele, não disperdice a chance. Eu vou aceitar aquele estágio. Paga bem pouco, mas eu consigo me manter em um apartamento, só até a viagem.

- Não, eu não vou deixar você passar necessidade. Usa a poupança do seu pai.

- Não mãe, ela é só para necessidades extremas.

- Essa é uma meu amor. Pode pegar. Eu estou colocando um pouco do meu salário lá todo mês. Ela é sua. Nós a criamos para você.

As lágrimas já estão caindo novamente, de forma involuntária.

- Eu te amo. Muito obrigada.- nos abraçamos e ficamos curtindo o momento.

Desmarquei com o Matheus dizendo que não estava bem e aproveitei a noite com a minha mãe.

Continua
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