Capítulo Quinze - Situações extremas pedem medidas extremas.

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Capítulo Quinze – Situações extremas pedem medidas extremas.

~ Eliz ~

Isso só podia ser uma pegadinha muito da sem graça. O que esse cara estava fazendo aqui? Será que me seguiu? Será que veio aqui por minha causa? Eu ia acabar louca. Não existe nenhuma forma de ele ter nos seguido.

O miserável estava vindo em nossa direção. Ele tinha um puta corpo sarado, usava uma bermuda solta e uma camiseta preta, que deixava amostra o pedaço de uma tatuagem no ombro, que no dia da praia eu nem tinha parado para observar tamanha era a raiva que ele gerou. Meu escrutínio não passou despercebido, seu sorriso sacana antes dele me de dar uma conferida de cima abaixo não negava. Eu estava vestindo uma roupa justa de malhar, torcia para que não estivesse corando, seu olhar firme, estava fazendo com que partes do meu corpo esquentassem, partes que estavam vivendo no polo norte há um bom tempo. Desde quando eu corava? O que estava dando na minha cabeça. Ele mudou seu foco, depois de prender seu olhar no meu durante alguns segundos, destinou um sorriso arrebatador para o lado da Bia.

- Oi, princesa. Que bom ver você novamente e bem longe de uma prancha. – Adorei o fato de ele demonstrar sua babaquice logo de cara, assim colocava por água abaixo qualquer porra de calor.

- Eu fui ontem na praia com a Bibi e os meus tios me seguraram.

- Quem é a Bibi? – Eles estavam travando uma conversa como se eu nem estivesse ali.

- É a minha prancha.

- Entendi. Tendo cuidado e alguém responsável para te vigiar, não tem problema você usar a Bibi.

- Minha filha sempre tem gente responsável com ela. – Cortei.

- Ah você está aí também. – Falou como se nem tivesse percebido a minha presença ali antes. Mentiroso, cínico, falso. – Olá, mal humorada. Você malha aqui também?

A Ana Paula chega com a animação que lhe é inerente e consegue me impedir de soltar alguma coisa errada, na frente do desagradável e dos demais alunos.

- Pelo visto vocês já se conheceram, mas vamos as apresentações formais. Eliz esse é nosso novo aluno Rafael. Rafael essa é a Eliz, uma das donas e personal trainer também, ela dará a aula experimental e te passará o seu treino. E, por ultimo, mas não menos importante, essa é a Beatriz ou Bia, a menininha mais fofa desse mundo. – Ela aproxima seu rosto do rosto da Bia para receber um beijinho.

- Tia Aninha, o tio me salvou na praia outro dia. – A Ana olha assustada.

- A Bia caiu com a prancha e o mar a puxou, o moço aí a pegou. – Explico.

- Graças a Deus, muito obrigada, Rafael. – Ela aperta a mão dele e agradece com sinceridade, coisa que eu não cheguei nem perto de fazer. – Bia, que tal a tia Ana te levar para se vestir e depois te deixar na sua aulinha? Assim, sua mãe já vai poder começar.

- Tudo bem. – A Bia me abraça e me beija, antes de ir para o colo da Ana por estar descalça. – Tchau, tio.

- Isso está mais para um até logo, princesa. Vamos nos ver muito ainda.

Estremeço só de pensar na possibilidade de ter que continuar vendo esse cara várias vezes, ou pior, todos os dias.

Eu poderia tentar me enganar, dizendo que só fico incomodada por ele ficar me pentelhando e incutindo culpa pelo lance da Bia na praia, mas não é só isso. Ele mexe comigo. Não sei exatamente como, mas sei que não quero descobrir e muito menos abrir brecha para o destino brincar comigo.

Eliz... (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora