Amigas de Verdade?

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   Depois daquele beijo que tinha deixado os dois rapazes que nos estavam a olhar de queixo caído, despedi - me deles com um abraço e sai de casa em direção à minha, pelo caminho ia ouvindo umas músicas da minha playlist até que o telemóvel toca, era a minha irmã, certamente já tinha visto a live e eu estava ansiosa pela sua opinião.
   Chamada On:
Lola: Hey mana!
Leila: Olá minha linda. Como estás?
Lola: Bem, quer dizer, não tão bem como tu! Haha!
~ De repente, ouço um barulho de fundo que parecia a Dina e a Ana a quererem falar comigo ~
Leila: Então conta coisas.
Lola: Na verdade eu liguei - te porque já sentia a tua falta e depois porque tenho as duas chatas das tuas melhores amigas a querem falar contigo.
Leila: Elas ainda estão vivas?! É porque ainda nem me ligaram desde que cá cheguei e já lá vão  quatro semanas.
Lola: Pois... Durante essas quatro semanas, elas estavam ocupadas embora quisessem falar contigo, eu não permiti porque elas estavam um pouco alteradas e eu acho que sabes o porquê.
Leila: Sim, imagino! Então passa lá o telemóvel a elas ou deixa em alta voz.
Lola: Ok, adoro - te! Já tenho saudades tuas.
Leila: Também te adoro e tu fazes tanta falta aqui que nem sabes!! Agora quero falar com as minhas loiras.
Lola: Ok beijos...
Dina e Ana: Olá!
Leila: Olá loiras, até que enfim!
Ana: Pois, depois da traição como é que querias que nós falássemos contigo?
Leila: Wow! Calma aí! Qual "traição"?!
Dina: Não te faças de desentendida..
Ana: Hello, não contaste nada sobre os Jacks e ficamos a saber como toda a gente, pela internet.
Leila: Porquê que havia de contar?!
Dina: Mas que raios, Leila!!! (Tom agressivo)
Ana: Calma Dina, vamos ouvir o que ela tem para nos dizer.
Leila: Por acaso, eu não tenho que dar - vos explicações ou prestar esclarecimentos da minha vida depois, passou - se tudo tão rápido que tudo ficou fora de controle e não tenho que estar aqui a dar explicações, sinceramente, pensei que vocês iriam apoiar - me e não julgar - me como todas as outras mas já percebi, nem isso sabem fazer. Mas, mesmo assim, obrigada pelo vosso esforço, talvez a culpada disto tudo seja eu, como das outras mil e quinhentas vezes. Vou desligar, tchau!
Chamada Off...

  Senti uma lágrima cair pelo o meu rosto, limpei - a e estacionei o carro no sítio do costume e fui em direção a casa. No elevador, não parava de pensar no delírio que foi estas quatro semanas, desde conhecer os Jacks, estar tão longe de casa, as ameaças e agora, as minhas amigas que em vez de me apoiar, deu - lhes para opinar como todas as outras fizeram. Será que as posso considerar amigas de verdade? Não sei, mas nem me interessa, estou longe delas, a viver um sonho e não vou deixar que ninguém o estrague.
   Cheguei a casa e liguei o meu MacBook, eu precisava de falar com alguém até que recebi uma chamada por FaceTime do Johnson e o mais provável é que o Gilinsky também aparecesse então, decidi limpar as lágrimas e a maquilhagem esborratada para que ninguém notasse mas, assim que atendi a chamada, o Gilinsky que estava ao lado do Johnson, reparou logo que eu não estava bem e eu contei - lhes tudo. O G ficou sem reação, já o J disse que tinha que ser forte e que neste meio onde me encontro, as pessoas que pensávamos ser amigos, muitas das vezes viram - se contra nós e se aproveitam de nós. Depois, para descontrair um bocado, antes deles desligarem a chamada, o Gilinsky disse que até mesmo a chorar, eu ficava linda por isso eu poderia chorar as vezes que eu quisesse, o que me deu vontade para rir. Eles saíram e eu decidi deixar um Tweet de boa noite e troquei de roupa, retirei a maquilhagem e fui logo me deitar.

   Acordei por volta das 10h e fui tomar um banho. Depois do banho longo e relaxante para recuperar as energias, fui fazer o meu pequeno almoço pois a minha barriga não aguentava mais. Depois levantei a mesa, pus a louça na pia, lavei e guardei a mesma, em seguida, fui vestir - me e fazer a minha maquilhagem de sempre. Quando estava praticamente pronta a campainha toca e vou ver quem era, quando abro a porta, deparo - me com um enorme ramo de rosas vermelhas e filmo logo para o snapchat, atrás dele, aparece o Gilinsky com um enorme sorriso no rosto que lhe dava um ar extremamente fofo. Quem diria que iria conhecer este rapaz, que nos iríamos cruzar várias vezes, criar uma ligação e sobretudo, quem diria que ele apareceria, de manhã, com um enorme ramo de flores na minha casa?! E como resistir a isto tudo? Não dá! É o Gilinsky.
   Arranjei uma jarra com água onde coloquei aquelas rosas que depressa, o seu perfume, espalhou - se pela casa e , sem hesitar, fui em direção ao G onde senti o seu corpo a aproximar - se do meu num abraço envolvente cheio de afeto, eu não queria sair dali, estava muito confortável, aquele abraço era mesmo o que eu necessitava e o Gilinsky sabia disso. Depois deste momento, ele deu - me um beijo na bochecha a desejar - me um bom dia e saímos de casa no seu jipe onde ele ligou o rádio onde tocava uma música deles, a minha favorita e começo a cantar sem mais nem menos, esquecendo - me até que ele estava ao meu lado pois eu era muito tímida para libertar toda aquela voz que possuía e quando dei por mim estávamos parados no trânsito e ele estava a gravar. Senti - me a corar no mesmo instante.
   - Tu cantas muito! - sorriu o Jack.
   - Não canto nada! - digo - lhe tentando desviar a sua atenção que caia sobre mim.
  Então ele tirou - me uma fotografia que acabei por publicar no meu Instagram enquanto seguíamos viagem nem sei para aonde.
  Estava um dia lindo de sol, como já era habitual por estes lados, e nós seguíamos viagem a rir, a cantar, a falar e a fazer muitos snaps, até que o Gilinsky estacionou o carro e saiu do mesmo onde abriu a porta do meu lado. Olhei em meu redor e vi um enorme edifício, que já parecia ser um pouco antigo mas não deixava de ser enorme.

Destiny| Jack Gilinsky (#Wattys2016)Onde histórias criam vida. Descubra agora