Ou ela ou a tua carreira!

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As semanas foram passando tranquilamente, a minha relação com o Gilinsky, a cada dia que passava, esta cada vez melhor, estávamos mais unidos e cada vez passávamos mais tempos juntos e ele decidira, então, mudar - se para a minha casa. Até que, um dia o produtor dele decidiu agendar uma reunião urgente com ele e com o Johnson e então, como não tinha nada para fazer, decidi ligar à Molly e à Laura, irmãs do Gilinsky, para fazer - mos umas comprinhas juntas. Sem dúvida que ir ao centro comercial era uma forma de passar o tempo e eu adoro passear por lá por isso convidei as meninas que têm sido um amor. Não fiz mais nada, arranjei - me, coloquei a Into You a tocar nas minhas colunas e vesti qualquer coisa, peguei no meu telemóvel e nas chaves de casa e do carro e fui em direção ao shopping.

{Jack Gilinsky}

Assim que recebi a chamada do produtor atendi, ele disse que precisava de falar umas coisas connosco sobre o nosso novo álbum entre outros temas, então ele agendou uma reunião urgente e adivinhem só quando, no dia em que eu e a Leila fazíamos 1 ano e 3 meses de namoro, fiquei fulo porque queria passar o dia todo com ela, a mimar - lhe da melhor forma que ela merecia e planos por água abaixo. Contei à Leila, ela pelo menos entendia ou fingiu bem que sim, mas eu tinha que ir, estava encostado entre a espada e a parede, não havia nada que pudesse fazer. Vesti qualquer coisa e pus - me a caminho, saí no meu jipe em direção à editora.

Mal lá pus os pés, dei logo de caras com o Produtor acompanhado pelo Johnson que nos encaminhou para uma sala vaga onde nos sentámos numas cadeiras escuras, muito confortáveis e começamos a trocar ideias acerca do novo álbum.

- Tu devias estar mais concentrado no teu trabalho, Gilinsky. - disse o produtor que me fez olhar nos seus olhos com uma expressão no rosto de como estivesse prestes a explodir.

- Desculpe?! Com muito respeito, mas eu estou a dar o melhor de mim!

- Oh, por favor, quem não te conhece que te compre! Já não és o mesmo Gilinsky, aquele que conheci cheio de sonhos e ambições. Tens andado mais distraído!

- Onde quer chegar? - neste preciso momento, vi o Johnson a olhar para mim como quem quisesse dizer para me calar mas, na verdade, senti uma certa necessidade de olhar nos olhos daquele homem que vestia uma camisa com uma gravata manchada do café que acabara de tomar, já velha, a mesma de sempre, e de o confrontar.

- Pelo amor de Deus! Tu sabes tão bem quanto eu que isso devesse ao facto que andares com aquela rapariga. Quando estavas com a Madison estavas mais empenhado.

- Eu não admito que ponha a Leila em causa, percebeu?! - aumentei o meu tom de voz.

- Talvez precises de ouvir isto. Lamento Gilinsky, mas, tens de escolher entre ela e a tua carreira.

- Quer mesmo que escolha? Então eu estou a lixar - me para a minha carreira, eu fico com ela!

- Tens mesmo a certeza, Gilinsky? É que ao mesmo tempo que os milhões de dólares entram na tua conta, esses milhões saem! Vou dar - te um tempo para pensar, mas acredita que tudo está em causa, até mesmo o futuro da tua noiva pãozinho sem sal da Leila.

Eu não conseguia aguentar mais toda aquela pressão que até tive de abandonar os estúdios e o Jack veio atrás de mim. Entrei no carro e comecei a bater com os meus punhos contra o volante como se ele tivesse toda a culpa do que estava a acontecer, mas, com a minha raiva apetecia - me socar, em vez do volante, o produtor.

Tanto eu como o Johnson sabíamos, que estava a dar o meu melhor senão nem me dava ao luxo de passar noites e noite sem dormir, sentado num estúdio a compor sedado pela cafeína que consumia para manter os olhos bem abertos, ambos sabíamos os esforços que estávamos a fazer em encontrar a melodia perfeita para cada uma das nossas letras mas, nada parecia suficiente para aquele homem.

- O que vais fazer? - pergunta o Johnson sentado ao meu lado.

- O que ele quer, tenho outra alternativa? - no meu rosto escorria uma lágrima estava prestes a ceder uma outra ameaça dele.

- Vais ceder outra vez? Jack, não penses só na tua carreira, pensa nela e como ela pode reagir a isto tudo. Vocês já estão a um ano e tal juntos, já passaram por muito, não acredito que agora vais ceder a esta ameaça daquele velho.

- Eu sei, porra!! - gritei - lhe. - mas eu não tenho outra alternativa e é por estar a pensar nela que é esta a minha decisão. Não quero que ela sofra por mim, não quero que ela corra riscos por mim. - o desespero aumentava cada vez mais dentro de mim, no fundo, não era aquilo que eu queria fazer e ambos sabíamos disso mas, eu não queria que ela pagasse com a sua vida se eu ficasse com ela, mas, a ideia de viver o resto dos meus dias sem acordar com o seu sorriso encantador ao meu lado era cada vez mais aterradora.

- Então é mesmo isso que queres fazer? Gilinsky, pensa! - o Johnson não parava de me pressionar, ou pelo menos convencer a não fazer nada que mais tarde poderia arrepender - me.

- Não quero mas, tenho que o fazer! - dou de ombros.

Eu não queria, a ainda por cima hoje, em que supostamente deveria ser o melhor dia das nossas vidas em que deveríamos celebrar juntos mais um aniversário de união. Entrei no apartamento com o Johnson e vimos que não estava ninguém então, fui até ao closet, peguei no meu saco e arrumei todas as minhas coisas, depois saí e deixei um bilhete a diz para ela não me procurar e esquecer, também deixei a minha aliança em cima da bancada juntamente com as chaves e o bilhete. A cada passo que dava, sentia um e outra lágrimas a escorrer pelo o meu rosto, gostaria de acordar e perceber que tudo não passava de um pesadelo mas, infelizmente, era tudo tão real. Saímos de casa em direção à casa do Jonhson onde me tranquei no quarto e nunca mais saí.

Destiny| Jack Gilinsky (#Wattys2016)Onde histórias criam vida. Descubra agora