Basketball?

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   Saímos do estudo, bem pela tarde e entramos no carro. Pelo caminho, fiquei distante, a viajar pelos meus pensamentos, olhando para o que me rodeava, até que passamos pelo um campo de basquetebol e o Gilinsky, interrompendo a minha linha de pensamentos, desafiou - me:
     - Que tal uma partida de basquete?
   Olhei para ele fazendo - me de desentendida, pois, na verdade, ele nem sabe bem em que caminho está a se meter. Assenti a minha cabeça como se tivesse a aceitar o desafio.
     - Mas primeiro, tenho de ir a casa mudar de roupa porque jogar de vestido e de saltos, não é assim tão confortável.
     - Está bem, mas na mesma vais perder! - convenceu - se.

  "Isso é o que vamos ver, Gilinsky!" é o que o meu subconsciente gritava ao meu ouvido, na verdade, sempre fui fã de basquete e quando se trata de um bom desafio, nunca rejeito mesmo que seja uma partida contra ao meu namorado.
  Cheguei a casa, e fui, diretamente, para o meu closet onde retirei as minhas leggings, um top rosa justo da adidas e um casaco do mesmo tom, depois fui até à minha imensa coleção de sapatos e escolhi uns tennis também da mesma cor e para complementar, toda a produção bem mais desportiva, amarrei o meu cabelo num rabo de cavalo lá no alto e desci as escadas a correr, entrando, novamente, no carro onde dou de caras com o meu namorado arregalado a olhar para mim.
    
     - Limpa a baba, amor! - disse - lhe sorrindo.

  Partimos e dentro de cinco minutos, já estávamos lá parados em frente ao campo. O Nash e o Johnson e mais um rapaz que eu não conhecia, estavam à nossa espera, Entramos de mãos dadas no campo e fomos junto deles para iniciar o jogo. O Nash fez questão de apresentar o Hayes, o tal rapaz, giro e com os olhos incrivelmente verdes, mas voltando ao que interessa, o Gilinsky era bem melhor! E decidimos fazer equipas, como éramos cinco, alguém tinha que ficar de fora, o Hayes candidatou-se logo a ficar sentado então, pedi - lhe para que gravasse para o snap a partida. Era eu e o Gilinsky contra o Nash e o Johnson mas, parecia que, no início, o Gilinsky ter ficado descontente porque, como todos os outros rapazes, pensavam que eu não tinha jeito, mas, estava focada em fazer engolir todas as palavras que eles disseram, uma por uma.
    A partida iniciou-se, a bola ficou do nosso lado, então o Gilinsky passou - a para mim, e na linha dos três pontos, a uma distância relativamente de 6m da tabela, lancei e só vi os rapazes a olhar, e como se fosse em câmara lenta, o Gilinsky colocou as mãos à cabeça como quem estava a resmungar consigo mesmo o porquê de me ter passado a bola, o Nash e o Johnson estavam do género, aquilo vai falhar, ela é uma miúda, é óbvio que vai falhar. Contudo, a trajetória era perfeita, a probabilidade de acertar era cerca de 99,9%, só não é 100% porque não se pode fazer arredondamento do arredondamento nos cálculos matemáticos e a bola bateu na tabela, rodou uma ou duas vezes o cesto e quando eu pensava que iria falhar e que todos iam embirrar comigo, principalmente o Gilinsky e quando eu estava decida a virar as costas, ouço uns passos a correr à minha traz e a pegar - me pela cintura, viro - me mesmo sabendo de quem se tratava, ele pega - me no colo e dá um beijo nervoso mas ao mesmo tempo de vitória, depois disso, quando nos separamos, ele olhou para mim sorridente e disse:
     - Foi cesto! Meu amor! -  abriu mais o sorriso. - Como é que eu pude duvidar de ti! Eu amo - te!

    Fiquei extremamente contente não por ter encestado pois tal como já esperava, a probabilidade de falhar era só de 0,1%, mas sim por ele ter dito que me amava. Quando colocou - me no chão, com toda a delicadeza que só Jack Gilinsky tem, os rapazes vieram até mim e se ajoelharam e fizeram como as rezas em adoração a Alá, mas como sinal de redenção, coisa que até teve piada.

    Voltamos à partida, e mais uma vez fiz cesto. O cenário repetiu - se outra e outra vez, até que, com diferença de um ponto, passei a bola ao Gilinsky, naquele lance decisivo, era o tudo ou nada, se ele não acertasse nós perdíamos e tínhamos que pagar o jantar, mas, se ele encestasse era o Nash e o Johnson quem nos iram pagar o jantar. O momento era de muita pressão, eu sabia que ele era capaz de o fazer só que ele não estava tão convencido disso. Ele lançou a bola, segundo os meus cálculos, aquela situação, a probabilidade de nós pagar - mos o jantar era muito elevada e tanto o Nash como o Johnson já estavam a falar sobre o tão delicioso jantar que iriam ter às nossas custas mas não sei, embora acredito que a matemática não falhe, algo dizia -  me que quem ia ter o jantar de graça éramos nós, mas mais do que isso, eu tinha entregado a bola ao Gilinsky porque sabia que ele era capaz e se eu o fizesse, provavelmente, não acertaria pois não sou lá muito boa a lidar com pressão em cima.
    Nós todos, inclusive o Hayes que estava sentado num banco, estávamos atentos a cada rotação da bola e o grande momento parecia nunca mais chegar, parecia aqueles filmes que na parte mais importante aquilo está em câmara lenta, que acaba por causar muita ansiedade, esse era o momento. O meu coração batia a mil, o Gilinsky estava mais morto do que vivo, o Jonhson e o Nash estavam arregalados e com a boca aberta, provavelmente, se passasse uma mosca neste exato momento, ela poderia entrar na boca deles, percorrer o seu organismo e sair de lá, outra vez, sem que eles dessem por isso. Os nossos olhos, estavam todos de olho na porcaria daquela bola que nos limitava a fazer suspense até que, CESTOOOOOOOOOOOO!

    Eu corri a abraçar o meu amor que apertou - me contra o seu corpo com tanta força e ficamos assim algum tempo. Eu falava ao seu ouvido que eu sabia que ele conseguiria e ele limitava - se a agradecer por tudo, desde o primeiro dia que eu entrei na sua vida, repetindo vezes e vezes sem conta, o quanto me amava.

Destiny| Jack Gilinsky (#Wattys2016)Onde histórias criam vida. Descubra agora