Londres

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Eram 20:30 quando o uber veio buscar ao meu encontro, íamos em direção ao aeroporto pois no dia seguinte, bem pelas 09 horas em ponto da manhã, tinha que estar no estudo da Rádio Capital FM para dar um entrevista. Ou seja, vamos à matemática, são 04:30 da manhã neste momento, em Londres, o voo é de duas horas, logo, se tudo correr bem chego à cidade por volta das 07:30 (mas quem foi a pessoa parva que inventou a política de estar no aeroporto uma hora antes?!), vou para o hotel pousar as malas e às 08:30 saio de lá, logo, não tenho tempo para me descansar, por isso, as horas que vou estar sentada numa cadeira, na primeira classe, são as supostas horas de repouso.
E com este meu raciocínio, do que devo e não devo fazer, com tanta matemática pelo meio, quando dei por mim já estava parado em frente ao LAX onde o senhor motorista, abriu - me a porta e enquanto eu saia, ele retirava a minha bagagem da parte de trás do carro, eu, decididamente, não sabia fazer malas, não para aquele momento de uma viagem rápida pois atrevia - me a levar, quase, a casa às costas mas, trazia uma mala de mão, a minha mala gigantesca da Chanel que era mesmo de viagem e uma mala para o porão que estava preste a explodir a qualquer instante devido à quantidade indeterminável de roupa, sapatos, acessórios e maquilhagem que pus lá dentro.
Paguei ao senhor e encaminhei - me para dentro do aeroporto onde já tinha feito, previamente o check in e era só mandar a mala para o porão. Depois passei nos raios X detratores de substâncias e naquele momento, senti - me um pouco Iggy Azalea no videoclip de Team depois daquele momento, olhei para o ecrã do meu telemóvel que marcava 04:50 então, decidi comprar algo para comer visto que nem tinha tomado o pequeno almoço e fui para a filha que já se formava junto ao Starbucks onde aguardei calmamente pela minha vez.
Já passava um pouco mais das 05:15 e fui chamada, assim como todos os outros passageiros de primeira classe com destino a Londres para entrar e assim o fiz. Quando estava prestes a embarcar, uma menina chamou por mim e perguntou - me se eu não era ou não fui a namorada do Gilinsky e aquilo mexeu comigo de uma tal forma mas, apenas assenti, não queria chorar em frente a uma menina de 10 anos, definitivamente. Foi então que decidimos tirar uma fotografia e gravei um snap com a menina que era extremamente bonita e simpática então, despedi - me dela com um abraço mesmo depois de assinar a própria camisola que usava. E entrei, finalmente, a bordo.
Sentei - me num espaço vago onde, apareceu um rapaz ao meu lado que quando olhou para mim, reconheceu - me.
- Leila?!
- Sammy?! Oh meu Deus, tu estás tão diferente! - puxei - lhe para um abraço.
A história é a seguinte: Eu e o Sammy somos amigos desde o dia que nos conhecemos em Madrid numa viagem de trabalho da agência dos meus pais numa reunião muito aborrecida entre a agência e a Magcon onde estavam lá toda a produção responsável pelo evento, que iria percorrer a Europa toda com o patrocínio da agência de viagens dos meus pais, e o porta voz dos rapazes que nomearam o Sammy, sendo ele o mais responsável e o menos infantil do grupo. E desde aí nunca mais perdemos o contacto, quer dizer, mais ou menos. O Sammy nem fazia ideia que eu estava nos Estados Unidos e agora, que estamos sentando-se na primeira classe de um voo de duas horas com destino a Londres onde inicialmente a ideia era descansar, vamos ficar a por a conversa em dia como dois amigos de longa data que se encontram na esquina de um café por mero acaso.
- Então como vai o Gilinsky? Ele ontem parecia tão triste.
O quê?! O Samuel Wilkinson também faz parte do squad? Ó meu Deus, é justo! Agora entendi a parte de ele ser o "mais responsável e menos infantil" da Magcon. Mas, estava decidida a não responder, não queria chorar outra vez, quando prometera ma mim mesma que nem mais uma lágrima iria verter pelo meu rosto mas, ninguém controla as emoções e eu já devia ter aprendido isso. Apenas dei de ombros e olhei para as nuvens que parecia um mar branco de puro algodão em que o avião se atrevia a romper.
- Leila, não precisas de dizer nada, mas quero que saibas que, independentemente da minha amizade com o Gilinsky, podes sempre contar comigo.
- Obrigada Sammy! - olhei para ele e dei um sorriso sincero.
Seja em que circunstância for, é sempre bom ter alguém por perto que possamos conversar sobre o que quisermos sem julgamentos da outra parte é o Sammy sempre foi sincero comigo e espero que isso nunca mude. O resto da viagem foi super tranquila, ele mostrava - me as mais recentes música dele e fazíamos snaps onde ele contou que hoje iria estar em Londres para um concerto e eu nem sabia de nada sobre isso e fiz - me de ofendida. Depois, ele fui à mala e deu - me um passe VIP com direito a Backstage, inclusive, caso eu sentisse - me mal no meio da multidão, especialmente, se elas começassem a fazer - me perguntas nas quais não queria responder e eu apenas agradeci. Chegamos a Londres, finalmente, e depois de buscar as malas, dirigi - me para o carro que me levaria ao hotel que, por incrível que pareça era o mesmo que o do Sammy ficaria instalado e os quartos eram mesmo um em frente do outro, o que nos fez rir quando eu assustei - me e gritei - lhe:
- Tu?! Outra Vez?!
Depois de instalar, devidamente, as minhas coisas, comecei a fazer uma tour do meu quarto de hotel para o Snapchat e quando me deparei com a vista que eu tinha, suspirei!Estava a amanhecer em Londres, o céu, com tons alaranjados, contemplava aquela vista sob a cidade. Fiquei encantada com toda aquela beleza Londrina, nunca tinha passado pela cabeça que fosse assim tão bonito esta cidade. Bem, olhei para o relógio, e para o meu espanto, eu já estava atrasada. Já me tinha habituado ao fuso horário de Los Angeles que até já não fazia sentido viver no mesmo fuso horário que Portugal. Vesti um vestido preto que me batia pelo joelho, com um pequeno decote em V na frente e calcei um sandália também ela preta, sem perder mais tempo, fiz umas ondas no meu cabelo e retoquei a minha maquilhagem nas bordas do esfumado preto e o gloss nude rosado, retirei uma mala pequena, onde guardei os cartões, o gloss e o telemóvel e saí, fechando a porta do hotel.
Apanho o elevador até à receção que continha um espaço bem acolhedor e apanho um uber através da aplicação para o telemóvel, e parti em direção aos estúdios do Capital FM.

Destiny| Jack Gilinsky (#Wattys2016)Onde histórias criam vida. Descubra agora