O Sonho (Parte I)

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  Acordar ao lado da pessoa que nós amamos é extraordinário e quando essa pessoa trata - te como uma princesa então, ainda melhor. Eu ainda dormia, sonhava com o dia do nosso casamento, em que entrei na praia onde imensos sorrisos e olhares atentos percorriam em minha direção, ao longe, estava o Gilinsky todo sorridente, aguardando - me no altar improvisado virado para o mar com aquela vista paradisíaca sobre o oceano, o meu vestido era maravilhoso, branco, comprido mas, leve com a situação exigia. Caminhava em direção ao altar, cheio de flores, rosas brancas e perfumadas que até dava para sentir o cheiro do seu perfume à medida que avançava, este cheiro, misturava-se com o aroma das águas cristalinas do mar, tornando-se muito agradável.
   Na hora que estava preste a dizer 'sim' das juras de amor interno para todo o sempre, sinto beijos doces e suaves na minha cara, eu não queria abrir os olhos, quer dizer, a preguiça assim não permitia, virei - me para o lado, onde ele estava, e abri delicadamente e quase com muito esforço os meus olhos e observei - o, ele estava deitado apoiado sobre o seu cotovelo, com um sorriso maravilhoso, ainda maior e mais brilhante do que no meu sonho atribulado.
    - Bom dia! - dei - lhe um beijo nos seus lábios. Eu precisava de senti - los outra vez.
    - Bom dia meu amor! - respondeu - me retribuindo o beijo. Aliás, não foi um, ele distribuiu - me beijos por todo o meu rosto e o último foi no pescoço que me causou um leve arrepio.
   Olhei para o relógio e já passava dez minutos das sete da manhã, ainda estava a adaptar - me a esta rotina de madrugador, sim, pois para mim, a rapariga mais preguiçosa da vida que só acorda ao meio dia forçada pela fome, acordar às sete da manhã para mim era madrugada.
   Levantámos - nos e fomos para a cozinha onde preparei o pequeno almoço enquanto o meu príncipe se vestia. Eu ainda pensava naquele sonho estranho que tive esta noite, nunca escondi a minha vontade de casar bem cedo e ter uma grande e barulhenta família a invadir - me a casa mas, as coisas entre mim e o Jack eram muito recentes e ainda tínhamos muito que descobrir um do outro. Enquanto tentava arranjar respostas para todas as perguntas que o meu subconsciente gritava sem nexo, deparei-me com o Gilinsky à minha frente, sentado num dos bancos e servi o café com as panquecas de aveia com bagas de amoras por cima e mel, ainda envolvida nos meus pensamentos que surgiam a toda a hora e sem aviso como se o meu subconsciente gritasse comigo e discordar - se com a minha opinião despreocupada quando o assunto era constituir família mas, a verdade é que, embora conhecemos a algum tempo, eu não sabia a opinião do Gilinsky sobre esta temática mas, não queria perguntar - lhe nada sobre o assunto nem me atreveria pois as coisas poderiam mudar entre nós e isso era uma das coisas que eu não queria nem estava disposta a isso.
    - O quê que essa cabecinha linda tanto pensa?- perguntou - me e estava tão concentrada nos meus pensamentos e em como resmungar com o meu melhor amigo subconsciente que me esqueci que ele estava parado à minha frente o que me fez sentir mal comigo mesma por não dar - lhe a devida atenção que ele merecia.
   - Nada. - suspiro e continuo com um sorriso desviando a sua atenção do meu suspiro. - Algum plano para hoje?
   - O Jonhson está em casa do Nash e nos convidaram para irmos lá ter também. O que dizes?

  "Irmos?" lá estava o meu subconsciente a entrar em euforia e eu confesso que essa palavra deixou - me também naquele estado, desta vez tive que concordar, pela primeira vez em 18 anos, com o meu subconsciente mas, não tentei transparecer toda essa euforia para ele.

   - Tudo bem. Eu vou arranjar - me, então. Já volto! - digo isto a correr para o closet.
   - Por mim podes ir assim vestida e sem maquilhagem! - gritou para que eu ouvisse.
   - Pois babe, mas isso é uma das coisas que NUNCA vai acontecer, contenta - te com o que tens! - respondi no mesmo tom de voz dando maior ênfase à palavra nunca e ouvi um riso vindo da sala.

    Quinze minutos depois, estávamos a sair de casa, vesti qualquer coisa mais leve mas ao mesmo tempo, usei salto alto, como sempre e ficou assim:

    Quinze minutos depois, estávamos a sair de casa, vesti qualquer coisa mais leve mas ao mesmo tempo, usei salto alto, como sempre e ficou assim:

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   Fomos no seu carro e chegamos a casa do Nash dentro de meia hora. Mas, pelo caminho, enquanto a música tocava, ninguém falava um com outro, aquela melodia, para mim, era um ruído de fundo pois estava tão perdida no meio dos meus pensamentos que nem sequer a música me despertara.
  Quando saímos, ambos do carro, já parados em frente àquela casa, demos um beijo apaixonado, que eu não queria que acabasse nunca mas, assim que uma pequenina loura, correu na nossa direção abraçando-se às minhas pernas, interrompendo, assim, o nosso momento romântico, fomos obrigados a nos separar.
    - Olá, eu sou a Skylynn mas todos tratam - me por Sky. Tu deves ser a Leila, o Jonhson disse que tu vinhas mais o Gilinsky. - a pequenina loura e de olhos castanhos era irmã do Nash e do Hayes, ó meu Deus, como é que genética é tão difícil de compreender, o Nash tem olhos azuis, o Hayes verdes e agora aparece a Sky com olhos castanhos, que coisa.
   Enquanto eu estava nestes meus devaneios, a pequena foi cumprimentar o Gilinsky e eles estava abraçados, "que fofos, parecem pai e filha" o meu subconsciente gritava comigo outra vez, confesso que estava cansada e seu eu pudesse desligar - lhe por um bom bocado, simplesmente já o teria feito.
   - Vamos para dentro! - disse a pequena, agarrando nas nossas mãos, conduzindo - nós até dentro.
   Quando entrámos, fomos cumprimentar o resto do pessoal enquanto isso, a Sky subiu até ao quarto buscar alguns brinquedos para nós. Vi - a descer com um monte de bonecas umas em cima das outras, tapando o seu campo de visão.
   - Sky, deixa - me ajudar - te. - disse - lhe eu levantando - me do sofá num vulto.
  Peguei, numas quantas bonecas e segurei a Skylynn por uma mão com medo de ela não pudesse cair e ajudei a descer as escadas. Ela pousou as bonecas na mesa de centro e eu fiz o mesmo com as que tinha e os rapazes estavam espancados a olhar para mim, principalmente o Gilinsky.
   - Leila cuidado, vem aí o ritual, a última que esteve presente foi a Madison que só conseguiu brincar com a Sky durante uma hora e meia. - gozou o Nash e eu peguei uma almofada que estava perto de mim e mandei - a para a cara dele depois, acomodei - me no sofá ao pé do Gilinsky.
   - Não sei porquê, mas a Madison dava-me arrepios! - dizia a Skylynn fazendo tremer todo o seu corpo como uma gelatina.
   Depois de três horas a brincar às bonecas, a comer pizza e a beber refrigerante, a Sky estava exausta e adormeceu no meu colo. Peguei nela e levei - a para o seu quarto que esta já tinha mostrado. Deitei - a na sua cama e aconcheguei - a e fiquei lá sentada um tempinho a olhar para ela a dormir fazendo mimos na sua cara e nos seus cabelos. O seu quarto era totalmente rosa, parecia que estávamos dentro do quarto de uma princesa, lembrava - me o meu quarto na minha infância que era assim todo cor de rosa e que, assim como o seu quarto, a cama tinha um véu de tule igualmente cor de rosa bebé, aquilo era lindo.
   
   

Destiny| Jack Gilinsky (#Wattys2016)Onde histórias criam vida. Descubra agora