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Pedro

Fiquei deitado por um bom tempo, até acabei cochilando​ sem perceber. Era fato que eu ainda era amedrontado por tudo e todos.
Meu celular começou a tocar, olhei e não era um número salvo na minha lista.

— Alô? —

— (Silêncio)

— Alô? — Tentei novamente.

— Pedro? — Era uma voz feminina, mas não uma voz qualquer.

—Maria. — Sussurro.

— Que bom que não esqueceu minha voz, sinto tanto sua falta.

— Que diabos está acontecendo?! — Gritei. — O que você quer?!

— Você, meu amor. Não se preocupe, tudo vai voltar a ser como era antes. — Ela falava com a mesma voz melosa de sempre. — Soube da morte de Gustavo, como você pode ser tão cruel matando seu melhor amigo em Pedro?

— Ele tentou me matar! — Afirmei.

— E a sua namoradinha? — Senti um frio na barriga ao pensar em Lua.

— É bom você não tentar se aproximar dela! — Tentei falar o mais calmo possível.

— Hora, hora Pedro. O psicopata apaixonado, quem diria meu amor.

— Fala logo, o que você quer?! — Disse frio.

— Nossa querido, fala como se eu fosse alguma pessoa ambiciosa. — Risos. — Bom, eu sei tudo sobre sua namoradinha. Ou devo chama-lá de Luara Elizabeth Hunter? Perdeu o pai aos 3 anos de idade, já tentou suicídio diversas vezes... E o que vai dar no aniversário de 19 anos dela? Tá chegando. — Fiquei em silêncio, eu não sabia o que falar. — Bom quando quiser me encontrar, sabe onde procurar. Beijinhos amor. — Desligou.

O que tá acontecendo? Levantei indo em direção a parede e sem pensar duas vezes comecei a esmurra-lá com todas as forças possíveis, parei ao ver sangue marcado na parede. Fui em direção ao meu celular e o joguei na parede fazendo ficar em pedacinhos.
Sentei na cama tentando controlar o nervosismo o que era completamente impossível, fui até a janela e observei o tempo, estava mais frio do que o normal. Abaixo a cabeça tentando imaginar alguma saída, mas eu estava realmente preso e perplexo.

Ele Psicopata, Ela Suicida (2°Temp) Onde histórias criam vida. Descubra agora