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Pedro

Abri meus olhos lentamente, eles arderam durante um tempo mas logo se acostumaram com a luz. Olho para os lados e me identifico em uma maca de hospital, Lua dormindo sentada em uma cadeira e com a cabeça apoiada na maca, suas mãos estão entrelaçadas a minha o que me fez sorrir. Tiro uma mão e levo ela em sua cabeça e começo a acariciar seus cabelos, ela começa a se mexer até acorda.

— Pedro! — Disse alto ela se levantou e se aproximou de mim, num gesto rápido beijou meus lábios.

— Olá, anjo. — Sussurro.

— Tá se sentindo bem? Quer que eu chame uma enfermeira? Melhor vou chamar o médico. — Ela se afastou para ir chama-lo, mas segurei a tempo em sua mão e a puxei forte o suficiente a fazendo cair em cima de mim, Senti uma pequena queimação na barriga mas não me importo.

— Eu só preciso de você, meu anjo. — Ela sorriu com vergonha e me beijou novamente. Um beijo longo, com calma, ternura, algo que nunca tinha experimentado em toda a minha vida, e que só encontrei em seus lábios. — E nosso filho? — Ela se sentou na maca e colocou minha mão em sua barriga.

— Está bem e super saudável. — Sorri.

— Já foi em casa? Sua mãe deve estar morrendo de preocupação. — Avisei.

— Ela veio aqui no hospital, expliquei o que eu pude a ela.

Tentei me apoiar para me levantar mas novamente senti uma dor na barriga só que dessa vez muito forte o que me fez reclamar.

— Calma Pedro, mão se mexa — Um médico entra na sala e me observa por um tempo.

— Você é mais durão do que pensávamos. — Riu. — O tiro que você tomou perfurou e se alojou no seu intestino, você perdeu muito sangue, a cirurgia era de risco. E mesmo assim saiu ileso. — Cruzou os braços. — Impressionante! — Sorri torto. — Consequentemente você ainda deve sente dor, mas em dois ou mais dias estará novo em folha. Vou chamar uma enfermeira para aplicar uma pequena dose de um analgésico para diminuir a dor. E peço que descanse um pouco, é o melhor a se fazer. — Dito isso ele saiu me deixando a sós com Lua, ela se aproximou de mim e começou a acariciar meu rosto.

— Anjo? —  Sussurro. — Me perdoa.

— Pelo que? — Riu.

— Eu não queria bagunçar sua vida assim, não queria te expor ao perigo, e te obrigar a largar tudo por minha causa. — Ela sorriu e beijou minha testa.

— Você foi a melhor coisa que já me ocorreu. — Neguei com a cabeça. — É verdade! Eu amo você, e passaria tudo outra vez se eu soubesse que no final acabaríamos aqui, juntos.

— Eu amo você Lua, faria tudo por você. — Ela sorriu e me beijou, seu corpo quente me provocava e me deixava calmo, como se eu não fosse eu. Eu me sentia... Vivo.

-— Agora descanse, eu vo cuida de você, da mesma forma que nos últimos anos você cuidou de mim.

Ele Psicopata, Ela Suicida (2°Temp) Onde histórias criam vida. Descubra agora