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Luara

Caminhamos por um corredor até chegar em uma porta, ele abriu e eu entrei, tinha dois sofás e em um deles tinha um homem aparentemente de uns 25 anos, alto, moreno, de cabelos arrepiados e de olhos obscuros.


— Olá, Senhorita Hunter.. — Corto.

— Luara. — Disse. — Prefiro que me chamem pelo meu primeiro nome. — Ele Sorriu e concordou.

— Luara. Sente-se —Apontou para um sofá a sua frente, eu caminhei e me sentei — Me falaram super mal de você, mas aos meus olhos. Te vejo tão perfeita. — Abaixo a cabeça — Tão inocente e pura. Como pode cair nas mãos de Pedro?

— Pedro é honesto, e inocente. Sei que sente muita raiva dele principalmente pela morte de Gustavo. — Ele concordou mas continuou a me ouvir. — Mas ele fez o que fez para me proteger, Gustavo queria me matar e ele me salvou, fiquei mais de 1 ano em coma por causa de Gustavo.

— Entendo que sentem raiva de Gustavo, mas ele foi vítima da sociedade assim como você, Luara. — Fiquei quieta. — Sei tudo sobre você, que seu pai morreu quando ainda era pequena, que se automutilava e que já tentou suicídio. Assim como você Gustavo também sofria, e Pedro nunca fez nada para ajudar.

— Eles eram crianças, como pode cobrar algo de uma simples criança? Pedro não queria ser quem ele é, Gustavo quem começou com os massacres. Seu padrasto, uma mulher grávida e seu bebê. — Ele abaixou a cabeça. — Pedro é inocente, ele fez o que fez sim mas se arrepende muito, e assim como você ele também sente falta de Gustavo. Mas você não pode penalizar ele por uma ilusão que Gustavo criou. — Diogo se levantou e se sentou ao meu lado.

— Eu sei que quer ajudar Pedro, mas Pedro não tem mais soluções. — Isso fez meu estômago revirar, um enjou tomou conta de meu corpo.

— Vocês não podem fazer isso com ele! — Me levantei ficando de frente com ele. — Não pode e eu não vou deixar! — Ele se levantou e Cruzou os braços. — Não podem tirar Pedro de mim!

— Farei o que achar necessário.

— Se forem o matar, me matem junto! — Ele se aproximou e colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.

— Tem certeza que prefere morrer?  — Fechei a cara.

— Tenho. — Dei as costas. — Marco me levou de volta ao cômodo. Pedro estava deitado observando o teto.

— O que ele disse? — Bufo

— Que vamos morrer. — Sentei ao seu lado e contei tudo o que aconteceu.

— Não adianta, sempre acharam que sou culpado por matar Gustavo.

— Pensem o que quiser! — Me levantei ficando de frente com ele. — Vamos dar o fora daqui, e rápido.

Ele Psicopata, Ela Suicida (2°Temp) Onde histórias criam vida. Descubra agora