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Luara

— Pedro? — Chamei por ele, estava escuro, um corredor silencioso a parede e os pisos eram todos feitos de pedra. — Pedro? — Chamei novamente, vi algo no fim do corredor e do nada essa coisa começou a gritar e vir correndo em minha direção. — Aaaah! — Gritei.

Acordei assustada, Olhei na janela e estava escurecendo. Coloquei uma blusa de frio e sai do quarto, minha mãe não estava em casa. Olhei pela janela da cozinha e vi a lua em sua fase minguante. Sai e sentei no degrau da escada, fiquei um bom tempo ali no silêncio apenas observando a lua, mesmo tão pequena ela se destacava no céu.

— Também é uma observadora? — Uma voz surgiu me fazendo assustar, era Marcos.

— Ah, oi Marcos! — Sorri, ele retribuiu o sorriso e se sentou ao meu lado no degrau.

— Como vai senhorita Hunter? — Perguntou todo sorridente.

— Bem, eu acho.

— Não parece nada bem, aconteceu algo?

— Não é nada! — Sorri. — O que faz por aqui?

— Estava dando meu passeio de rotina. E o que uma menina linda como você faz aqui sozinha? — Sorri tentando esconder a vergonha.

— Apenas observando a Lua.

— Minguante não é bem uma fase de sorte.

— O que quer dizer? — Perguntei.

— Quando a Lua está minguante atrai sofrimento, tristeza ou algum tipo de problema. Isso sempre acontece comigo, não que eu seja fã ou tenha alguma crença em horóscopos. Mas essa é a lei universal. —  Concordei com a cabeça.

— Entendo.

Ficamos alguns minutos em silêncio, Marcos não parava de me olhar com um sorriso no rosto, do nada ele levantou sua mão e começou a acariciar meu rosto.

— Você é tão linda. — Sussurrou se aproximando mais de mim.

— Por favor, não? — Coloquei minhas mãos em seu peito o afastando

— Ah, que que tem? Deixa de se fazer de difícil.

— Não é isso, é que eu não quero.

— E por que não? — Fiquei em silêncio, como num passe de mágica Pedro apareceu o agarrando pela gola o forçando a levantar.

— Ficou maluco? — Gritou Marcos.

— Maluco ficou você no momento em que colocou esses dedos podres nela! — Pedro estava frio como nunca havia o visto. Me levantei e me enfiei entre os dois, segurei na blusa de Pedro e o Afastei.

— Pedro para! — Ordenei.

— Eu vou​ te arrebentar seu otário! — Marcos se aproximou novamente, Pedro me girou fazendo ficar atrás dele e foi para o lado de Marcos acertando um murro em cheio em sua cara, Marcos caiu no chão com o impacto. Novamente puxei Pedro que dessa vez recuou. Marcos se levantou e limpou o sangue que escorreu em seu nariz.

— Isso não vai fica assim! — Gritou Marcos e em seguida saiu andando.

Virei para Pedro que ainda estava com a respiração acelerada.

— O que deu em você? — Perguntei

— Nada! — Respondeu sem afinidade e me deu as costas.

— A onde vai? — Sem respostas. — Pedro? — Chamei, ele parou de andar e se virou novamente me encarando.

— O que é?! — Gritou. Fiquei em silêncio. — Faço de tudo para lhe proteger, faço de tudo para lhe ver bem, e o que eu recebo em troca? - Disse alto — Eu já disse mil vezes que eu te amo, isso não é nada para você? Tem mais de 50 pessoas me caçando querendo minha cabeça em uma bandeja, é isso que você queria ouvir? Tá aí a verdade! — Meus olhos escorriam muitas lágrimas. Sai correndo em sua direção e o abracei.

— Eu te amo! — Sussurrei, ele por fim me abraçou de volta.

— Eu te amo muito anjo, nunca vou deixar você, só que você tem que confiar em mim, não posso por em risco sua vida novamente.

Ele Psicopata, Ela Suicida (2°Temp) Onde histórias criam vida. Descubra agora