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Dan


Meu nariz continua sangrando enquanto eu tento estancar com lenços de papel que estão sobre a pia do banheiro da casa, onde a festa ainda rola lá fora , me encaro no espelho tentando não odiar a atitude que tive e o porque a tive no final das contas... começo a rir sozinho, talvez pra não voltar lá e revidar... "faixa marrom de karatê"... hilário. 

Batidas na porta seguidas de uma voz abafada me alertam.

— Daniel, está tudo bem? — É Johana. Não respondo e não abro a porta. E ela continua insistindo por um tempo, mas logo desiste. 

O sangue não escorre mais, mas a região está bem avermelhada e inchada e por pouco meu nariz não quebra. Respiro fundo percebendo o quão estúpido eu fui. 

Chegando na festa, Johana puxa Liv pelo braço, olhando pra mim e para Ruan!  Até mais tarde!  Ela diz e as duas somem no meio da multidão.

Franzi o cenho e Ruan balançou a cabeça negativamente. Sentamos no bar da mansão já que era uma house party e conversamos um pouco. Ele me agradeceu mais uma vez pela oportunidade de trabalhar ao meu lado, e eu deixei claro que não agirei como chefe e sim como colega de trabalho. 

Depois de acompanhá-lo em alguns drinks, já me sentia meio leve, acredito eu que por falta de costume, já Ruan... sentia-se mais solto e começava suas investidas bem sucedidas nas belas da festa. E não demorou muito ele sumiu com uma delas. Algumas garotas me olhavam, e eu até investiria nelas se não estivesse tão preocupado com Liv. Com o copo na mão decidi dar uma rondada pela festa até encontrar Liv conversando com um cara... mesmo estando longe identifiquei o energúmeno na hora... era o tal Peter, o cara que Liv me apresentou na praia, eles estavam escorados em uma das colunas e Johana não estava com eles... respiro fundo... e fecho os olhos... abro... e viro num só gole a bebida pela garganta, me livrando do copo em seguida... Quando ia me dirigir até eles, não estavam mais lá... xingo mentalmente uns palavrões que não tenho coragem de falar... e olho em redor... até sentir braços na minha cintura, olho para baixo... e vejo uma garota baixinha, loira e linda sorrir pra mim... 

— Oi! Você é muito gato sabia? — Ok... ela estava um pouco alterada pelo álcool, mesmo assim não a afastei.  Apenas sorri. — Vamos dançar?   — Ela faz uma carinha linda implorando... e eu a encaro, dou mais uma averiguada ao redor e concordo com a cabeça.

Dançamos ao som de The Wanted - Glad you came (mídea). E não sei se foram as batidas da música misturada ao efeito do álcool que eu tinha consumido, ou por eu querer parar de imaginar minha irmã com aquele cara sei lá onde e fazendo não sei o que, eu a beijei... e fui correspondido. 

Assim que paramos o beijo por falta de ar, sorrimos um para o outro, e em seguida sinto o impacto do soco no meu nariz, me fazendo cair no chão de imediato.

 Seu desgraçado, ela está bêbada! — O cara esbraveja apontando o dedo na minha cara. Antes de eu pensar em me recompor, dois outros caras o afastam de perto de mim.

— Rick, eu não tenho mais nada com você! Vê se cresce! — A baixinha grita pra ele e vem até mim, me ajudar a levantar... patético, eu sei! — Você está bem? — Ela pergunta.

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