*Enquanto Isso em Jacksonville... Gabriel e Gracy*

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(Bônus de 1k)


  — Oi filha, como está?... E o curso?...Que bom que está gostando meu amor... estou com saudades só pra variar!... Dan está cuidando de você? ...(risadas)... Eu sei, eu sei... é mais fácil você cuidar dele não é?... Humnn... Sério? ... Filha não posso te prometer que vou... embora eu adoraria, espero que não fique chateada linda... você é a filha mais compreensiva que eu conheço! ... Estarei de certeza aí no encerramento do seu curso... ok... também te amo... mande um abraço e um beijo para Daniel, Gracy também está mandando para os dois! ... Tchau querida!

Depois que a ligação encerra percebo o quanto meu marido está chateado em não poder ir ver o que certamente é uma apresentação de dança de Olívia, me inclino sobre ele por trás de sua cadeira, envolvendo seu pescoço com meus braços e sussurro em seu ouvido. — Ela sabe que você tem suas obrigações meu amor, e sabe que a ama, mas acho que deveria ir, faça uma surpresa! — Ele pega meus braços e dá um beijo em um deles.

— Sim, eu sei, mas sábado é o dia mais agitado na gravadora! — Vira seu rosto pra mim e dessa vez beija minha boca. Nunca me cansarei de seus beijos.    

— Ei, estamos no trabalho... e eu sei me virar aqui! — Digo com falso ar de superioridade já me levantando, mas ele me puxa para seu colo... 

—  Você que começou, não pode vir sussurrar no meu ouvido e sair ilesa... e eu sei que você é uma ótima profissional, mas não quero te deixar sozinha com um monte de gaviões ao seu redor. — Falou de forma maliciosa a primeira parte e levemente irritado a segunda, encostou sua testa na minha. Sua respiração ofegante.  — Eu não sei o que faria sem você... nem sei se é possível te amar mais... — Ele diz com a respiração entrecortada.

— Gabriel... você não pode falar essas coisas aqui no escritório... — Digo com a respiração falha também. E ele me beija, mais uma vez, e só paramos por falta de ar... o ar pode ser inimigo ás vezes.

Levanto com dificuldade já que ele tenta me segurar, mas acaba cedendo e ambos nos recompomos. 

— Sério meu amor, eu apoio você fazer uma surpresa para Liv! Será só um final de semana. — Digo sincera.

— Está querendo se livrar de mim? — Ele pergunta suspeito, mas com um sorrisinho nos lábios. Se aproxima e me abraça pela cintura. Eu devo ser um imã. Reviro os olhos. — Eu vou, se você for também.

— Amor! Você sabe que um de nós precisa ficar. — O repreendo.

— Sábado é Valentine's Day e eu não vou, se você não for! — Ele diz decidido.

— Estamos casados á 18 anos, e você ainda age como um namorado ciumento e possessivo. — Digo cruzando os braços, com ele ainda atrelado à minha cintura. Ele sorri, aquele sorriso que não mudou nada nesses anos todos. E que eu amo. Me encara profundamente e desvia o olhar para o colar em meu pescoço, toca-o delicadamente me fazendo olhar também... o símbolo do infinito ainda reluz.

—Jamais vou deixar de ser um bobo apaixonado, ciumento, possessivo, admirador, amante, e louco por você! Dá pra entender ou quer que eu desenhe? — Sim estamos casados a quase 20 anos e eu ainda me surpreendo com ele. Meus olhos marejam e eu o abraço forte.

— Eu não posso ir meu amor, mas você não só pode como deve! Eu quero muito que vá e faça sua filha feliz, ela merece! — Ele me contempla apaixonado. Eu mexo em seus cabelos, ele fecha os olhos.

— Tudo bem, mas vou pedir para o Paul te ajudar, no sábado. — Por mais que eu não goste, eu sei que não o farei mudar de idéia, sua teimosia também o seguiu com o tempo. 

— Sem problemas! Adorarei a ajuda do Paul. — Digo me afastando assim que ouço batidas na porta do nosso escritório. Sim... nosso! Gabriel fez questão de fazer uma sala ampla para nós dois. Marrento, ciumento e possessivo! 

Abro a porta e Alice entra com seu jeito espalhafatoso de sempre. Outra que não mudou nada. Está trabalhando na gravadora faz alguns meses, com muita relutância de Paul que é outro marido ciumento. Paul trabalha a anos na empresa do pai, e hoje é o presidente, já que seu pai aposentou-se.

— Amiga! Quero saber se ainda vamos almoçar juntas! — Seu olhar cúmplice me faz lembrar do que planejamos fazer. 

— Sim, claro que sim! — Falo e olho pra Gabriel que está com uma das sobrancelhas arqueadas com uma cara de "O que é que vocês estão aprontando?". — Meu amor, importa-se de almoçar sozinho hoje? Preciso fazer algumas coisas de mulher com Alice! — Nós duas olhamos para ele. E ele desconfiado apenas confirma com a cabeça. Lhe dou um selinho, pego minha bolsa e sigo para fora da gravadora junto à Alice.

— Será que ele desconfia amiga? — Alice me pergunta nervosa. 

— Ele sabe que estamos aprontando alguma, mas não sabe o que é... então vê se relaxa Alice! — Digo rindo de sua preocupação.

Chegamos no restaurante Amon, não adianta por mais que em Jacksonville tenha mais de 100 opções de restaurante, este ainda é o nosso lugar preferido. Fomos direto para o banheiro, trancamos a porta principal quando percebemos que não tem ninguém dentro, entramos cada um em uma cabine... permanecemos em silêncio, algo raro se tratando de nós, principalmente Alice. Saímos simultaneamente, lavamos a mão, e olhamos uma para a outra. 

— E aí? Já passou 3 minutos? — Alice batia o pé mais ansiosa que o normal. 

— Relaxa amiga... assim você vai surtar... 

Meu celular apita o despertador, avisando que o tempo findou... nos encaramos e depois o objeto em nossas mãos. 

— Duas listras... Alice fala trêmula... 

— Duas listras... Repito e mostro a ela...

Depois de tantos anos, serei mãe novamente, e terei a minha melhor amiga como companheira dessa experiência magnífica que jamais pensei em viver novamente!





E aí gente, espero que tenham gostado... éu já imaginava que seria esta 

a opção escolhida, por isso a surpresa da gravidez de Gracy e Alice... 

Mataram a saudade???? 

Espero que sim...

beijinhos da Gra e até sexta!

HerdeirosOnde histórias criam vida. Descubra agora