39 capítulos

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Alicia narrando

Já tem um dia que estou aqui, tenho roxos por todo meu corpo, tá tudo dolorido. Eu estou muito fraca, só me dão água e um pão duro que eu tento comer.
Sobre minhas filhas, elas não falam nada, não sei como elas estão e a angústia no meu peito, cada vez aumenta mais.

Eu sinto que eu não vou sair dessa, não tem como o Pedro me achar aqui no meio do nada, só peço que ele ache nossas filhas e que elas estejam bem.

Nesse momento, tô deitada no chão após a Gabriela me espancar novamente, dessa vez nem precisou de me segurar ou amarrar, não tenho forças para reagir.

P2 narrando

Eu já tô ficando louco com essa demora pra encontrar a Alicia, cada minuto que passa, é uma chance a menos de encontrar ela viva e as minhas meninas.
Desde de que elas sumiram eu não durmo, não como e nem banho não tomo, só fico aqui na boca esperando o cara rastrear o carro dela.

Não acharam nada na casa da Bruna, ela deu no pé, não tem roupa, nada dela lá, então eu tenho certeza que é ela, vagabunda do caralho.

Neste momento, estou na minha sala com os meninos e as meninas, tamos tentando achar uma outra forma que encontre ela.

Luiza : E se chamarmos a polícia.
P2: Tá doida. Assim que eles souberem que ela é minha mulher, vão querer algo em troca e eu não fasso negócios com a polícia.

Diego : Eles não vão fazer nem um esforço para encontrar ela.

Feio : Chefe.
Entrou na minha sala.

P2 : Manda.

Feio : Entregaram essa encomenda pra você.
Me entregou um envelope grande.

P2 : Quem?

Feio : Um menino deixou aqui e saiu correndo, não conseguimos alcançar ele.

P2 : Mas seis são muito fraco mesmo, nãos conseguiu alcançar um menino. Vaza daqui.
Minha paciência cada vez ia mais pro saco.

Abri o envelope, tinha umas mexas de cabelo, logo vi que era da Alicia.

Natália : É o cabelo da Ali.
Levantou e pegou o cabelo da minha mão.
Nessa hora as meninas já estavam chorando.

P2 : Parem de chorar Porra, ela tá bem Caralho, ela não morreu.
Falava mais pra mim do que pra elas.
Tinha um papel escrito peguei e comecei a ler em voz alta.

P2 : Por enquanto sua amada bem, aqueles cabelos feios dela que eu achei melhor cortar, ela vai ficar mais bonita quando for colocada no caixão.
Suas filhinhas estão bem, ainda não decidi se vou poupar a vida delas.
Sabe que está sendo divertido espancar ela, pena que não ouço ela gritar, seria mais divertido ainda.
Estou pensando como eu mato ela, com um tiro, facada, queimada. pensando, você que é acostumado com isso poderia me dar uma dica né.
Brincadeira, Beijos.

Terminei de ler aquela mensagem e o ódio subiu, joguei tudo que tava na mesa no chão.

P2 : QUE ÓDIO DAQUELA VAGABUNDA, EU VOU MATAR ELA,NINGUÉM MEXE COM MINHA MULHER CARALHO, EU QUERO ELA  AQUI, EU DO 24 HR, PRA ACHAR ELA, SE NÃO EU VOU COMECAR A MATAR UM POR UM, EM QUANTO ELA NÃO APARECER.

Lipe : Calma ae Pedro, ninguém aqui tem culpa.

P2 : CALMA PORRA NEM UMA. Revirem o Rio de Janeiro até achar.

Sai da sala, o povo tudo fica me olhando.

P2 : Tão olhando oque, vão fazer oque eu mandei.
Sai de lá, subi em uma moto que tava ali e pilotei até o lugar que eu gosto de pensar. Estacionei minha moto eu subi na laje da casa, lá dava pra ver praticamente o morro inteiro e boa parte do Rio de Janeiro.

P2 : Onde vocês estão princesas, preciso de vocês aqui, Alicia meu amor, eu prometi que iria tirar vocês de onde quer que vocês estejam e eu vou.
Uma lágrima solitária caiu do meu rosto. Preciso achar elas.

Meu rádio começa a apitar.

P2 : Fala.

Menor : O moleque aqui conseguiu rastrear o carro da Alicia.

P2 : To indo ae.

Guardei meu rádio e desci correndo, montei na moto e acelerei até a boca, desci e corri pra sala onde eles tão.

P2 : Eae.

Henrique : Eu consegui rastrear o carro.

P2 : E onde estão.

Henrique : Coloquei as coordenadas no GPS e mostra aqui uma fazenda chamada Fazenda Moura. Uns 30 minutos fora do Rio.

Luiza : É a fazenda dos tios da Gabriela.

P2 : Você sabe onde é.

Luiza : Sei, já passei as férias lá com a Alicia e a Gabriela uma vez.

Natalia: Então a Gabriela tá junto nisso.

Diego : Com certeza.

P2 : Então vamos lá.

Lipe : P2, precisamos ver como que tá lá primeiro, ver se tem muitos caras lá, vê como vamos entrar.

P2 : Eu não quero saber de nada, quero é pegar minha mulher e minhas filhas, já esperei tempo demais.

Lipe : Então eu vo chamas uns soldados pra ir com agente.

P2 : Vo pegar alguns armamentos. Luiza você vai pra falar onde é.

Luiza : Tá bom.

Sai da sala e fui pegar todo tipo de arma.
Hoje que eu pego minha mulher de volta.

Alicia Narrando:

Tô jogada no chão nesse momento.
Escuto a porta abrir e as duas entrarem.

Bruna : Acabei de mandar um presente pro meu futuro marido.
Alicia : Só nos seus sonhos que ele vai te querer, o Pedro não é trouxa, ela já deve saber que é você.

Bruna : Será? Acho que não em.
Riu

Gabriela : Sabe que te olhando assim da até dó, mas logo passa.
Riu também

Alicia : Sabe porque vocês estão fazendo isso comigo? Porque vocês não são capazes de ser melhor do que eu. Você Bruna, nunca foi capaz de conquistar o Pedro e nunca vai ser. Você Gabriela, nunca vai conseguir ter verdadeiras amizades, porque voce é falsa e tá sempre querendo ser melhor do que todo mundo, por isso que ninguém te suporta.

Gabriela : CHEGA. Cansei de escutar sua voz irritante.
Ela colocou um soco inglês na mão e me deu vários socos no rosto.

Alicia : Pode me matar, mesmo assim, você nunca vai conseguir ser nem a metade do que eu sempre fui.

A Bruna me deu chute na cabeça que foi o suficiente para eu apagar.

A Patricinha e o FaveladoOnde histórias criam vida. Descubra agora