75 capítulo

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Alicia Narrando

Eu e as meninas estávamos na cozinha conversando e a Lu fazendo bolo para tomarmos café da tarde.

Eu estou encostada no balcão de costas para a porta, prestando atenção em algum assunto que a Nat falava.

P2 : Alicia...
Simplesmente paralisei na hora que eu escutei aquela voz grave atrás de mim.
Minhas pernas ficaram bambas, minhas mãos suava, meu coração ficou acelerado e as borboletas no meu estômago acordaram.

Me viro lentamente para trás e lá está ele.
Mais lindo do que nunca, seu corpo está mais musculoso, sua barba por fazer, aqueles lábios rosados e um sorriso de lado que me faz derreter.

Tudo que eu tentei esconder todos esses anos, está de volta, o amor que eu sinto por ele não morreu e nem diminuiu.

Alicia : Oi.
Respondo com um meio sorriso.
Minha voz sai baixa, minha vontade e sair agarrando ele, mas infelizmente não é como antes.

P2 : Então é verdade que você voltou.
Neste momento todos estão em silêncio, apenas prestando atenção em nossa pequena conversa.

Alicia : É, eu estou aqui né.
Sorri.

Ele veio até mim e me abraçou e eu retribui,  me surpreendi com esse gesto dele, seu abraço tinha saudade, não tinha malícia.
Sentir aquele corpo com o meu, aquele perfume, sua respiração em meu pescoço, é muito bom.

Ele desfez o abraço e me olhou.

P2 : Desculpa.
Falou sem grassa.

Alicia : Tudo bem.
Sorri envergonhada.

Ele se afastou de mim.

Ficamos em silêncio um pouco até que o Diego resolve quebrar.

Diego : Mas olha só, quem é vivo sempre aparece não é mesmo.

Alicia : Com certeza.
Veio até mim e me abraçou.

Diego : Finalmente lembrou dos pobres.

Alicia : Sempre -sorri- cuidou bem da minha amiga nesse tempo?

Diego : Lógico né.

Thiago : Eae Alicia, apareceu?
Me abraçou.

Alicia : Fui obrigada né.
Falei desfazendo o abraço.

Thiago : Imagino.

Diego : Cadê as meninas? Devem estar enorme né.

Alicia : Deixei com minha mãe. Elas estão custosas.
Sorri.

P2 : Quero ver elas.

Alicia : Amham. Será que podemos conversar?

P2 : Pode. Vamos lá em casa.
Confirmei com a cabeça.

Virei para as meninas e dei um abraço em cada uma.

Alicia : Depois eu volto.

Luiza : E trás minhas gostosas.

Alicia : Pode deixa.

A Nat veio até mim e me abraçou novamente.

Natália : Qualquer coisa liga.
Cochichou no meu ouvido.

Alicia : Tá bom.

Despedido dos meninos e das crianças e sai da casa, o Pedro me esperava encostado em sua moto.

P2 : Vai de carro?

Alicia : Vou.

Entrei no meu carro e liguei, o Pedro subiu em sua moto e saiu, eu fui logo atrás.

...

Chegamos em sua casa, estacionei na porta e desci.
Ele também estacionou a moto e desceu. Foi entrando na casa e eu logo atrás.
Entrei na sala e fiquei observando tudo.

A sala estava igual antes, não tinha mudado nada, a decoração o sofá se encontrava tudo da mesma forma.

Olhei para a estante e vi uma foto minha e dele e outra dele com as meninas na maternidade.

Aquilo me chamou a atenção, nunca passou pela minha cabeça que a minha foto estaria ali naquela sala, para todo mundo ver.

P2 : Então?
Falou me tirando dos meus pensamentos.
Olhei para ele que se encontrava a meio metro longe de mim.

Alicia : Você deve tá morrendo de raiva de mim, por eu ter levado às meninas. Vou ser sincera com você, se não fosse por elas eu não teria voltado...

P2 : Espera, antes de você continuar, quero te pedir desculpas. -abaixou a cabeça- Alicia me Perdoa por eu ter te falado aquelas coisas, de ter de tratado daquela forma e principalmente, ter levantado a mão para você, você não sabe o tanto que eu arrependi por ter feito aquilo.

Alicia : Mas seu arrependimento foi tarde de mais.

P2 : Eu sei, nunca deveria ter começado a usar aquelas drogas descontroladamente, eu não deveria ter escutado oque as pessoas falavam de você.

Alicia : Então você preferiu acreditar na outras pessoas, fazer tudo aquilo, do que falar comigo e esclarecer oque tava acontecendo?

P2 : Me desculpa por isso, por tudo na verdade.

Alicia : Pedro, esquece isso, eu não vim falar sobre oque aconteceu antes, deixa isso pra lá por favor.

P2 : Tá bom.
Sorriu fraco.

Alicia : Então. As meninas querem te ver e eu voltei especialmente para isso.

P2 : Tanbem quero ver elas, não vejo a hora de reencontrar minhas princesas.
Falou animado.

Alicia : Amanhã eu trago elas.

P2 : Não, trás elas hoje, quero ver elas o mais rápido possível.

Alicia : Tá bom, mas se elas estiverem cansadas eu trago só amanhã.

P2 : Ok.
O silêncio preencheu a casa, ele ficava me olhando intensamente e aquilo tava me deixando envergonhada.

Alicia : É... eu já vou indo.
Virei as costas e fui caminhando rumo a porta.

P2 : Não vai.
O som da sua voz, surgiu bem perto do meu ouvido.

Alicia : Não faz isso Pedro.
Virei de frente para ele, nossos corpos estava a centímetros de distância.

P2 : Você tá diferente, mais mulher menos menina.
Acariciou meu rosto.

Alicia : A vida trás mudanças.

P2 : A distância te fez muito bem.

Alicia : Por fora... É preciso ir.

Virei as costas abri a porta e sai dali rapidamente.

Entrei no meu carro e fui saindo do morro.

Ver ele ali tão perto de mim, me desarmou completamente, eu realmente o amo, mas não vou me entregar de bandeja assim.
Ele tem outra filha; deve ter outra mulher, ele tem a vida dele e eu a minha.

E é assim que tem que ser.

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Desculpem por eu ter demorado a postar.

Estou postando este capítulo somente para matar a curiosidade de vocês.
Outros capítulos postarei mais tarde.

Não sei se vai dar certo de postar mais hoje, minha Internet está ruim, custei para postar este capítulo.

A Patricinha e o FaveladoOnde histórias criam vida. Descubra agora