65 capítulo (parte 2)

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Antes de começar a dançar, vou até o bar e pego uma caipirinha.
Volto bem para o meio da pista e começo a dançar.

Fiquei dançando ali não sei por quanto tempo, só sei que foi várias músicas, fui no bar várias vezes e eu já tava mais que doida.

Eu não sabia nem oque que tava fazendo, as meninas já vieram várias vezes aqui tentar me levar para cima e é claro que eu não fui.

Tava dançando com em uma rodinha de meninas, quando eu sinto pegar no meu braço e me virar com tudo.

P2 : Tá gostando te ficar rebolando aí que nem uma cachorra?
Olhei para o Pedro e seus olhos estavam avermelhados, tenho certeza que ele usou algum tipo de droga.

Alicia : Olha o geito que você fala de mim.
Falei baixo, mas já com uma certa raiva.

P2 : Falo do geito que eu quiser, tá parecendo uma puta.
Ele já estava alterando a voz.

Nem vi direito e eu já tinha acertado um tapa com todas as minha forças na cara dele.

Seu olhar ficou escuro e resto do brilho que ainda tinha, foi embora.
O povo todo já estava nos olhando.

P2 : Você ficou louca PORRA.
Ele pegou no meu cabelo e praticamente saiu me arrastando.
Por onde íamos passando, a galera ia abrindo caminho.

Ele abriu uma porta e me jogou, cai de bunda no chão.
Estávamos em uma sala que tinha na quadra.

Ele deu chute em uma cadeira, que ficou em pedaços.

Me levantei do chão e ele veio para meu lado, me empurrou e minhas costas bateram com tudo na parede.

P2 : Ta achando que você é oque pra levantar a mão pra mim.
Foi chegando, mas perto e ficamos centímetros de distância.

Alicia : Você acha que pode fica me chamando puta, na frente de todo mundo.
Aumentei meu tom de voz.

P2 : Abaixa voz Porra.- Falou auto, me assustando- Quem fica, dançando mostrando a bunda para os cara, quando tem homem dentro de casa é assim que deve ser chamada.

Sem pensar dei mais um tapa na cara dele, mas eu logo me arrependi.

Ele pegou no meu cabelo e foi puxando.

Alicia : Vai me espancar vai, porque se for vai ter que ser até a morte, porque se eu sair daqui viva, você nunca mais me vê.
Já tava gritando.

P2 : CALA A PORRA DA BOCA.- Eu engoli seco- Eu não vou te bater não, mas pode acreditar que vontade não me falta.

Soltou meu cabelo, e saiu chutando tudo qua avia pela frente.
Ele tava transtornado, o efeito do álcool em mim foi passando e o medo me dominando.

P2 : Sabe qual foi meu erro? Ter me apaixonado por você, minha vontade era de meter bala na tua testa. Porque eu sou o torto da história, mas você em vez de me endireitar, você que tá se entortando.
Passou as mãos no cabelo e deu um soco na mesa que abriu um buraco.
Eu dei um pulo, pois me assustei com o barulho que fez.

P2 : Não vem achar que você tá certa, porque não tá. Sabe oque eu dia fazer? É sair comendo as puta tudo que eu achar pela frente, porque é isso que você merece, ser tachada de corna por aí. Achei que você era diferente, mas pra mim você saiu pior do que as outras.

Ele veio até mim, me olhou bem nos olhos e saiu batendo a porta.

As palavras dele, me doeu mais do que se ele tivesse me espancado.

Fico um tempo ali naquela sala, respiro fundo e saiu dela.

Assim que saio da sala, várias pessoas estão me olhando.

Alicia : Oque é? Nunca viram um casal brigar não.
Eles não falaram nada, apenas desviaram o olhar.

Olhei para o lado e vi o Pedro em um canto fumando, ele me olhou, mas logo virou o rosto, ergui a cabeça e fui andando pelo meio do povo, subi para o camarote e eles me olharam, peguei a chave da moto do Pedro que estava em cima da mesa e sai sem falar com ninguém.

Segui para fora do baile, subi na moto e fui para casa.

Cheguei e subi direto para meu quarto, fui para o banheiro e tomei um banho na água gelada.

Coloquei meu pijama e deitei na cama. Fiquei por longos minutos ali pensando no que aconteceu nessa noite, depois de muito custo, peguei no sono.

A Patricinha e o FaveladoOnde histórias criam vida. Descubra agora