54 capítulo

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Já se passou 4 dias, me ligaram da clínica falando que o Pedro já foi para o quarto e já estava recebendo visitas.

Meu coração praticamente deu um pulo do peito, se ele já tá podendo receber visitas, quer dizer que ele já deu uma melhorada e isso é bom né.

Já tô terminando de vestir roupa, coloquei um calça jeans simples e uma blusa regata branca, calço meu tênis preto, pego minha bolsa e meu celular, vou no quarto das meninas.

Alicia : Paula, estou indo na clínica ver o Pedro, qualquer coisa você me liga.

Paula : Tá bom.

Dei um beijo nas minhas filhas, desci a escada correndo, fui para sala e a Nat estava lá.

Alicia : Nat o Pedro já tá podendo receber visitas, você quer ir?

Natália : Lógico, só vou pegar minha carteira e desço.

Alicia : Tá vou pegar o carro e te espero na rua.
Ela subiu as escadas, eu peguei a chave da Hailux do Pedro e fui para garagem. Entrei nela, abri o portão, liguei ela e sai, fiquei esperando a Nat que logo apareceu, ela entrou e eu comecei a dirigir rumo a clínica.

Natália : Mandei uma mensagem no grupo para o pessoal, falando sobre o Pedro e eles falaram que vão para lá também.

Alicia : Aham.

Continuei dirigindo, em poucos minutos, já estávamos na clínica, estacionei e fomos para dentro.

Fomos até a recepcionista.

Alicia : Oi, recebi uma ligação falando que o Paciente Pedro Junior Mendes, já está recebendo visita.

Recep: Já está sim, qual no nome de vocês?

Alicia : Alicia e Natália.

Ela digitou lá no computador, nos entregou uma adesivo com nosso nome e escrito visitante, pregamos na nossa blusa.

Recep: Ele está no quarto 320, terceiro andar.

Alicia : Ok, obrigada.

Saímos e fomos até o elevador, subimos para o terceiro andar, saímos do elevador e fomos procurando o quarto 320.
Finalmente achamos, respirei fundo e entramos.

A decepção me bate quando o vejo ali naquela marca, da mesma forma de antes, a única diferença é que ele estava com menos aparelhos, mas mesmo assim é muito triste.

A Nat se aproximou dele, acariciou seu rosto, falou algumas coisas para ele, deu um beijo em sua testa e veio até mim.

Natália : Não consigo ficar aqui, vou para recepção te espero lá.

Alicia : Tá.

Ela saiu do quarto e eu com calma fui me aproximando dele.

Ele continua pálido, como se não estivesse com vida.
Acaricie lentamente seu rosto, peguei em sua mão que estava gelada, beijei a mesma.
Peguei o lençol que está dobrado em cima de uma poltrona e cobri ele.

Beijei o canto da sua boca na tentativa frustrante que ele acorda-se, imaginei que as histórias dos contos de fadas poderia funcionar, mas infelizmente não.

Alicia : Esta tão difícil Pe, deitar naquela cama, sentido seu cheiro, que está impregnado naquele lençol, sinto tanta falta dos seu braços envolta do meu corpo durante a noite. Parece que arrancaram meu coração, se eu estou me mantendo de pé ainda é por causa das meninas, porque se não, eu já tinha desabado. Acorda logo amor, volta pra mim, eu preciso de você.

As lágrimas desciam silenciosamente pelo meu rosto.
Deitei no cantinho que tinha na maca, coloquei minha cabeça sobre seu peito e fiquei escutando seu coração batendo.

Meus olhos foram pesando e eu me entreguei ao sono.

A Patricinha e o FaveladoOnde histórias criam vida. Descubra agora