Horny School ➸ 1D (portuguese)

PART 18- "No, this is not a dream"

Ignoro-o e respiro fundo. Mas será que ele não percebe que não quero falar com ele? Que estou demasiado chateada?

- Eu não te deixo em paz se não me contares o que se passa contigo.- ele diz de braços cruzados.

Será que posso dizer que estou com o periodo? Ah não isso seria nojento... Continuo a ignora-lo e ele senta-se ao meu lado. Eu sei que estou a ser infantil mas não quero ouvir a sua voz, por mais que ela fosse perfeita e fosse melodia para os meus ouvidos. Não consigo olhar para os seus olhos mas sentia-os a olharem-me.

- DIZ-ME PORRA!- ele grita.

Encolho-me como um coelho assustado e tiro os meus fones. Olho-o e vejo a sua testa com duas rugas e os seus olhos violentamente abertos. 

- E-Eu...- gaguejo e olho os meus dedos.- Não me estou a sentir bem peço desculpa.

Ele perde as rugas que tinha na testa e os seus olhos voltam a ser graciosos como sempre.

- Eu não acredito nisso. Quero me contes.

- Não é o meu pai, não me pode obrigar a faze-lo.

- Mas sou seu professor. Agora conte-me.- ele diz ja a ganhar a uma ruga na testa.

Engulo em seco e respiro fundo. Não lhe vou contar a verdade, isso seria humilhante. Seria humilhante dizer que eu tenho ciumes de algo que não é meu... De algo que nunca será meu. 

E só de pensar nisso o meu coração parte ainda mais. Eu não sou parva. Eu sei que sou horrivel em todos os aspectos... Ele deve ver-me como uma aluna pita que quer ser comida pelo professor bonzão. E a realidade é mesmo essa. 

- Inês? Ainda aqui estás?- ele diz preocupado.

Sinto um solavanco e o autocarro começa a andar. Oh...

- Sim ainda aqui estou.- digo.

- Conta Inês. Eu estou preocupado...- ele diz colocando a sua mão na minha coxa. 

- Não estejas. Eu estou bem, só não nos meus melhores dias.- digo virando a cara tentando esquecer que ele aqui está.

- Inês, vou dizer isto uma ultima vez... Conta-me.

- Tenho ciumes de algo que não é meu, que nunca será. Satizfeito?- digo quase em lágrimas.

Ele abre a boca e sorri ternamente.

- Ela não significa nada.- ele simplesmente diz dando-me um beijo na testa.- Eu juro.

Abro a minha boca em choque.

Quê? Quê? QUÊ?

- Eu, erm, eu não quis dizer.- tento falar.

Ele pisca-me o olho como se tivesse percebido tudo. Oh, por momentos esqueci-me que ele é mais velho e percebe disto. 

Solto um suspiro e olho pela janela do autocarro. A minha casa estava perto... Pego na minha mochila e levanto-me.

- Hey.- ouço uma voz e um mão puxa-me.

- Sim?- digo.

- Beijinho.- ele diz rindo.

Dou-lhe um beijo leve e um pouco lento. Ele mexe no meu cabelo e finalmente larga-me.

- Até amanhã.- ele diz sorrindo.

- Até amanhã.- digo sorrindo de volta e saindo do autocarro.

Belisco o meu braço. Não, isto não era um sonho...