Aflições e Conselhos

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ROSE

- Scorpius! Scorpius!

O corredor era longo e mergulhado em um breu inacreditável, mas eu tinha certeza que meu pequeno estava lá. Desatei a correr, quando ouvi gritos mais adiante... e a escuridão era tamanha, que eu parecia afundar cada vez mais na escuridão.

- Rosie!

Merlim, era a voz dele!

Tão pequeninho e frágil... quem seria capaz de fazer qualquer mal á ele?

- Rosie!

- Scorpius! - gritei, tropeçando em meus próprios pés. - já estou indo, meu anjo!

Senti tudo a minha volta tremer. Seria um terremoto?

- Rosie, Rosie, Rosie!

Abri os olhos, sobressaltada, enquanto enxergava, aos poucos, Scorpius debruçado sobre mim, me chacoalhando, os olhinhos preocupados.

- Rosie! - choramingou ele, me abraçando. Acariciei seus cabelos - pensei que não acordaria mais! – fungou - Foi um sonho muito feio, não foi?

Meu coração ainda estava martelando dentro do peito, e uma angustia tomava conta de mim.

- Bom dia, Py... fique tranquilo. - sentei-me, passando a mão pelo rosto, e ajeitando-o no meu colo. - foi sim, querido - beijei o topo de sua cabeça. - mas a realidade é essa aqui. - sorri.

Acabei tentando convencer mais a mim do que a ele.

****

Depois do almoço, enquanto Scorpius e Alvo brincavam perto do Lago, resolvi escrever para mamãe sobre o sonho. Havia sido tão real... e um sentimento muito estranho havia tomado conta de mim.

E se tinha uma pessoa que sempre me entendia - mesmo quando eu não queria - era minha mãe.

- Rosie, é hoje.

Levantei os olhos do pergaminho, brevemente assustada. Mas quando visualizei Fred diante de mim, sorri.

- É hoje...?

- Vou falar com Clary, é claro. - ele revirou os olhos, se sentando de frente para mim no Grande Salão. - Alguma sugestão final? Lembro de como a versão normal... e chata... de Scorpius sofreu com você. Era a rainha da complicação. Mas ele venceu.

Arqueei uma sobrancelha.

- Rainha da complicação?

- Prima, foco. - Fred continuou, como se não houvesse dito nada de grande impacto para uma garota de dezesseis anos.

- Ok. - revirei os olhos. - apenas não use nenhuma das cantadas daquele livro trouxa, nem daquele livro bruxo... e me diz que não roubou Doze Maneiras Seguras de Encantar Bruxas do meu pai.

- Eu não preciso disso, priminha. - sua voz não condisse nem um pouco com seu rosto vermelho.

- Ahhhh, ele precisa. - James brotou do nada, sentando ao meu lado, e me sobressaltei, enquanto ele e Fred trocavam caretas. - você anda mais assustada que o normal desde hoje de manhã, Rosie. Algo errado?

- Tive um pesadelo. - comentei, terminando a última linha da carta para minha mãe, dobrando-a e enfiando no envelope. - Scorpius corria perigo.

- Relaxa, prima, é só um pesadelo. - James respondeu, bagunçando meus cabelos.

- Quem faria algo para aquele projeto de doce de abóbora? - A expressão de Fred era de descrença.

- Projeto de...? - balancei a cabeça. Era Fred, afinal. - Ah, deixa pra lá. Vocês têm razão. Vou ao Corujal – levantei-me - até mais tarde.

Meu Pequeno Amor 2 - Segunda GeraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora