Não Estou Entendendo Nadinha

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SCORPIUS



Tudo estava tão escurinho...

Esfreguei meus olhinhos, confuso. Uma dor chata ficava indo e voltando dentro da minha cabeça.

Levantei a cabeça, quase caindo deitado de novo, fosse lá onde eu estava.

Não gostava do barulho estranho ao meu redor.

- Acho que ele está acordando... chame os outros, Papoula.

- Outra reversão... será possível, Minerva?

- Não sabemos. Aconteceu há tanto tempo... embora seja o mesmo acidente...

Ouvi vários passos indo e voltando dentro da escuridão.

Pisquei, tentando enxergar alguma coisa.

Aos poucos, tudo começou a ficar claro na minha frente.

A primeira coisa que eu vi foi uma moça muito bonita, com olhos que pareciam duas gotinhas de água, me olhando assustada. O cabelo dela parecia uma fogueira de tão ruivo.

Franzi o cenho. Nunca a vira antes, mas, por algum motivo, ela não me era estranha.

Olhei ao redor. Não estava na mansão em que eu, papai e mamãe morávamos. Que estranho.

A boca da moça tremeu quando voltei a olhar para seu rosto.

- Scorpius?

Passei minha mãozinha na cabeça, sem entender nadinha.

- Como você sabe meu nome, moça?

Ela arfou baixinho, piscando e tremendo, como se fosse chorar.

Fiquei chateado... eu tinha falado alguma coisa ruim?

- Você não se lembra de mim, não é?

Fiz que não com a cabeça.

- Desculpa, moça. Lembro não.

A moça assentiu, ainda parecendo triste.

- Tudo bem. Não esperava... – engasgou – que fosse lembrar – respirou fundo, antes de continuar – sou Rose... Rose Weasley... pode me chamar de Rosie

Fiquei quase tão triste quanto ela estava. Não queria que a moça tão boazinha ficasse assim.

- Rosie – sorri, tentando animá-la – nome bonito – ri baixinho – ta bom, Rosie.

Rose sorriu também, parecendo menos chateada, e segurou minha mãozinha. A mão dela era bem maior do que a minha.

Havia uma bruxa mais velha, a alguns passos atrás de Rose, cuja foto eu já vira nos álbuns de escola de papai e mamãe.

Um homem e uma mulher, mais longe da gente, me olhavam de um jeito estranho, como se eu os estivesse assustando. O homem, de cabelos vermelhos, parecia muito com Rose.

Do outro lado, enxerguei dois vultos familiares.

Arfei, sorrindo,

- Mamãe! Papai!

Eles se aproximaram devagar, com o mesmo olhar surpreso de todos ali.

Senti meu sorriso diminuir, quando vi seus rostos. Pareciam bem mais velhos do que eu me lembrava.

Meu Pequeno Amor 2 - Segunda GeraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora