Escuridão

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ROSE


Minha varinha despencou ao lado do corpo quando, num átimo, Alvo e Hugo adentraram correndo na enfermaria, com expressões gêmeas de quem acabara de ver uma assombração.

Se Scorpius não estivesse do meu lado...

Eu teria soltado uma sequência de palavras nem um pouco bonitas.

- Caramba! - tive que me contentar com essa mesma - por que fizeram isso!?

- Sou eu quem pergunto, Rosie! - exclamou Alvo, ofegante.

Balancei a cabeça. O que eles queriam dizer com aquilo?

- Dava para ouvir essa barulhada toda a milhas de distância! - Hugo olhava para todos os lados, como se um ex Comensal da Morte fosse pular de algum canto.

- Não tinha ninguém lá fora!? - perguntei, desabando na cadeira ao lado de Scorpius – que ainda tinha os olhinhos arregalados.

- Não - Alvo passou a mão pelos cabelos, se sentando no leito que ficava ao lado. - pensamos até que podia ser o Pirraça... mas nem sinal de nada... nem ninguém.

- Onde diabos está Madame Pomfrey!? - Hugo ralhou, ao que eu tampei os ouvidos de Scorpius.

- Hugo!

- Sem problema, Rosie - sorriu o menino, um pouco mais tranquilo, puxando minhas mãos - papai diz isso o tempo todo.

Não contive a vontade de rir, suspirando aliviada pelos garotos terem chegado, e beijando a testa de Scorpius, que já voltava sua concentração outra vez para o almoço.

- Ela disse que ia à estufa e...

- O que significa isso!? - nós três saltamos quando Madame Pomfrey retornou, surgindo na porta, o rosto vermelho e as mãos na cintura.

- Falando no diabo...- resmunga Alvo.

- Deixem o menino comer e respirar em paz! - Madame Pomfrey esbravejou. - liberei a visita apenas para a Srta. Weasley!

- E nós viemos ajudá-la, já que a senhora, muito irresponsável, deixou os dois sozinhos aqui! - Hugo cruzou os braços, a encarando.

Fiz uma careta.

Hugo não tinha feito isso.

Puxa, isso ia dar um problemão.

- Sr. Weasley! - a curandeira parecia querer explodir. - o que foi que você disse??

- Ouvimos uma barulhada danada, Madame Pomfrey - Alvo usou de uma falsa cordialidade, nada costumeira. - das portas e janelas abrindo e fechando... chegamos aqui, e eles estavam trancados... ficamos preocupados e resolvemos entrar.

- Bem...- pigarreou a mulher, ainda com o olhar apartado voltado para Hugo - eu ouvi isso tudo... por isso me apressei... algum de vocês dois viram alguma coisa? - acrescentou de modo mais calmo, parecendo esquecer da malcriação de Hugo - provavelmente por saber que tudo sobraria para ela. Afinal, havia deixado um paciente e uma adolescente sozinhos na enfermaria.

Alvo e Hugo negaram com a cabeça.

- As luzes também apagavam a ascendiam. - completei.

- Vou informar a diretora sobre isso. - disse ela. - agora, por favor, já está passando da hora do almoço de vocês...

- Aaaaaaaaaaah, Rosie! - resmungou Scorpius, que finalmente havia acabado de comer. - fica mais! Al e Gogo também!

- Não dá mesmo, meu anjo. - sorri de lado, beijando o topo de sua cabecinha. - fico feliz que tenha limpado o prato... gostei de ver!

Meu Pequeno Amor 2 - Segunda GeraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora