Despedida

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ROSE

Assim que saí do quarto com Lily e Alvo, dei de cara com meus outros primos, meu irmão e as gêmeas.

Todos me encararam com uma mistura impossível de alívio e ansiedade.

Chloe se adiantou, me abraçando.

- Ah, Rose – suspirou – ficamos tão preocupados. Vocês estão bem?

Assenti, embora sentisse um nó enorme na garganta.

No meio tempo em que saíra para chamá-los, fora notificada de que fariam a reversão assim que Scorpius recebesse alta. Também descobrira, por meio de mamãe – que quase não conseguia falar devido às lágrimas – que o pai de Henry já havia sido mandado de volta para Azkaban. O nosso colega ficaria internado por um tempo no hospital, e começaria seus serviços comunitários logo que deixasse o hospital.

O medibruxo dizer que Scorpius já estava apto para deixar St. Mungus, após uma última checagem, me deixou com um aperto enorme no coração.
Claro que estava feliz por saber que meu pequeno anjinho estava finalmente bem. Mas sabia o que significaria levá-lo dali.
Significaria que nunca mais veria o Scorpius criança outra vez.

Era como se eu estivesse prestes a perder um irmãozinho para sempre. E aquilo doía demais.

Mas eu sabia que era o certo a fazer.

Em tão pouco tempo, o pequeno Scorpius me ensinara a amá-lo de maneiras e intensidades que eu jamais achara que era capaz. Tinha que pensar nisso. Tinha que me consolar com o fato de que aquelas lembranças – as boas lembranças – ficariam comigo.

Não queria deixar meu anjinho partir. Porém, ao mesmo tempo, precisava do meu verdadeiro Scorpius de volta.

- Vocês nos deram um susto – Fred comentou – tive que vir correndo de Hogsmeade pra cá.

Todo mundo franziu o cenho, encarando Fred. Momentaneamente distraída, me perguntei se perdera alguma coisa.

- Hogsmeade? - Clary piscou – hoje não foi dia de visita!

Fred ficou ligeiramente corado.

- Hum. Peguei a Capa emprestada do Alvo.

- Você o que?? - Alvo guinchou, balançando a cabeça, deixando claro que não emprestara coisa nenhuma – quer dizer, não importa agora... estava fazendo o que lá?

Fred pareceu ficar amuado.

- Foi comprar... - engoliu sem eco, retirando algo das vestes, e, para nossa surpresa, estendendo-o para Clary – isso. Pra você.

Era uma caixinha de veludo roxo, que Clary abriu suavemente, atônita. Todos inclinaram-se para ver o belo anel prateado, incrustado de safiras, que ela retirou da caixa, erguendo-o a luz do corredor.

- Você... - balbuciou Clary, ofegante – saiu sem permissão... e comprou isso... pra mim?

Achei que Fred ia desmaiar ali mesmo. Tentei me animar com o fato de que não havia lugar melhor para ele ter um ataque de catatonia.

- S-sim – ele guinchou – Clary, Eu sei que não confia em mim, depois de tudo que eu já fiz de besteira nessa vida – ele falou muito rápido, como se fosse sufocar se falasse calmamente – mas eu gosto de você. De verdade, Clary. Eu... - aquilo eram lágrimas ameaçando saltar? - eu te amo – se aproximou da garota boquiaberta, pegando o anel e segurando sua mão – quer ser minha namorada?

Meu Pequeno Amor 2 - Segunda GeraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora