Capítulo 7: Amigos

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Ladybug voava com ajuda de seu ioiô por Paris, até encontrar certo gato preto e parar em cima de um telhado qualquer.
— Parece que Hawk Moth criou uma vilã selvagem. — Chat Noir se manifestou.
— Temos que detê-la antes que Paris vire uma selva. — A dupla avistou no horizonte um grande prédio caindo e rapidamente se entre olhou.
— Mas onde vamos encontra-la? — Ficou de frente para a parceira que rapidamente ficou em posição de ataque, o deixando confuso.
— Acho que não vai precisar. — O garoto se virou e viu que a akumatizada estava ali, em cima de uma árvore.
— Finalmente achei vocês! Prontos para um safari? — Deu uma risada maléfica e subiu no telhado, se aproximando dos heróis.
A garota de vermelho estava pensativa, aquela voz era familiar. Mas, estava tão desligada, que nem viu quando um brilho estava prestes a atingi-la, se não fosse um loiro defendendo-a com seu bastão.
— Está tudo bem, My Lady?
— Tá sim, eu só estava pensando.
— Selvagem, pegue os Miraculous! — Hawk Moth resmungava na cabeça da jovem em seu covil.
— Me entreguem seus Miraculous, ou vocês vão virar... — Colocou a mão no queixo para mostrar que estava pensando. — Dois jacarés!
— Jacaré?! Não podia ser algo mais legal? — O gato, ironicamente, fingiu estar revoltado com a ideia.
— Agrh! — Com raiva, começou a disparar com sua varinha, mas não acertava. Furiosa, teve uma ideia. Pulou o prédio e caiu no chão de pé, normalmente. Os dois a seguiram e deram de cara com Selvagem acompanhada de vários animais gigantes, como elefantes, rinocerontes, girafas, entre outros.
— O akuma deve estar na varinha. — Ladybug apontou para o objeto escuro.
— Tá, mas como vamos pegar com todos esses bichos a protegendo? — Ficaram em posição de ataque.
A akumatizada ficou parada, o que estava armando? O chão começou a tremer, uma árvore cresceu rapidamente naquele asfalto e de repente "agarrou" os heróis com seus galhos.
— Muito bem, minha garotinha. Você mostrou para eles quem é que manda na natureza. Agora, me traga os Miraculous! — O vilão a parabenizava contente.
— É melhor entregarem seus Miraculous, seus... Bobalhões!
— Eu? Bobalhão? Não, acho que falou com o gato errado. — Chat Noir tentava se soltar da árvore, mas não conseguia.
— Não pode ser... Manon? — Ladybug estava assustada, como não havia percebido antes?
— Eu não sou mais a Manon! Agora eu sou a Selvagem!
— Chat, seu bastão. — A garota mandou e ele entendeu, estendendo sua arma e quebrando o tronco.
— Parece que nada segura o gatinho aqui. — Esticou os braços e foi libertar sua parceira.
A akumatizada rosnava de raiva, teria que dar um jeito de acabar logo com eles, mas, como?
— Peguem eles! — Vários animais que estavam a protegendo começaram a correr atrás dos heróis.
— Talismã! — A joaninha jogou seu ioiô para o alto e ativou seu poder, recebendo um pequeno pote vermelho com preto contendo pimenta do reino.
— Vai fazer um aperitivo para essas feras? — O loiro disse ironicamente, saindo correndo junto com a garota.
Ladybug olhava para os lados enquanto fugiam, até ter uma grande ideia, seus olhos destacaram alguns prédios e a vilã.
— Me dá cobertura, eu... — Ela iria terminar de falar, se certo gato não a interrompesse.
— Enquanto você simplesmente fica com a parte simples.
— Primeiramente eu sou a única que pode aniquilar o akuma e eu sei que você gosta de ser o centro das atenções. — Piscou e saiu voando.
— Ei! Apesar de que isso é verdade. — Sorriu para si mesmo e continuou sua corrida, até ser sua vez de ter uma ideia. — Cataclismo! — Ao dizer suas palavras, uma energia escura apareceu em uma de suas mãos e com a mesma tocou um poste de luz, que caiu na rua causando um curto circuito e eletrocutando a maior parte dos animais. — Strike!
A heroína, entretanto, corria nos telhados dos edifícios sem deixar que alguém a visse. Ao chegar ao mais próximo de sua adversária, abriu o potinho e pulou para o meio da rua, jogando lá de cima o tempero que acabou caindo em cima de sua inimiga, fazendo-a espirar e soltar a varinha, deixando que a joaninha pegasse e quebrasse, soltando a borboleta roxa.
— Chega de maldade akuma! Hora de aniquilar a maldade! Te peguei! Tchau, tchau borboletinha! — Fez os passos para transformar a borboleta escura em branca e a soltou. — Miraculous Ladybug! — Jogou o potinho para o ar e um enxame de joaninhas apareceu e começou a concertar tudo que estava errado. Logo, Selvagem voltou a ser Manon.
— Zerou! — A dupla disse em uníssono, enquanto suas joias apitavam.
— Só uma coisa, como você sabia que era ela? — Chat Noir perguntou curioso.
— Podemos dizer que eu a conheço. — A heroína cruzou os braços com um sorriso divertido no rosto, que logo se transformou em um de preocupação. — Já é a segunda vez que ela é akumatizada. Eu sempre pensei que isso não era possível...
— Isso pode ser estranho, mas o que importa é que ela está bem agora. — O garoto colocou a mão no ombro da colega e mostrou a garotinha, agora acompanhada da mãe. Novamente, os objetos apitaram. — Agora eu tenho que ir, My Lady. Mas, podemos nos encontrar novamente por aí. — Fez uma reverência para Ladybug e sorriu convencido.
Por alguns segundos, a frase de Tikki ecoava em sua cabeça: "você não acha que é um pouco dura com o Chat Noir?".
— Pensando bem, acho que devemos começar a fazer mais rondas noturnas. Esses akumas estão cada vez mais fortes. — Ao dizer isso, o parceiro queria pular de felicidade, mas só não fez isso porque estava na frente da paixão de sua vida.
— Vai ser um prazer. Espero-te amanhã à noite na Torre Eiffel! — Saiu pulando com seu bastão para longe dali antes que sua transformação acabasse. Entrou em um beco perto da casa de Marinette e se transformou de volta. — Você ouviu Plagg? A Ladybug aceitou se encontrar comigo fora de uma luta!
— Não, eu apenas ouvi a parte que vocês vão fazer rondas noturnas com mais frequência e a minha barriga roncando.
— Haha, por ser tão chato, só vai comer quando chegarmos em casa. — Colocou o kwami no bolso interno do casaco.
— Depois eu que sou chato. — Apareceu com a cabeça para fora, para conseguir falar de forma clara. — Parece que tem alguém te procurando. — Voltou a se esconder, enquanto o garoto corria até onde a jovem de cabelos escuros o procurava. Inesperadamente, os dois se abraçaram e quando perceberam o que tinham feito,  se soltaram e coraram.
Os dois subiram sem falar uma palavra, mas foram surpreendidos por um abraço dos pais da menina quando entraram na casa, eles estavam felizes com a vitória dos heróis que havia acabado de ser transmitida na televisão. Quando entraram no quarto, voltaram a fazer a roupa, mas não aguentaram ficar quietos.
— Posso te fazer uma pergunta? — Adrien perguntou com a intenção de acabar com o silêncio.
— Claro. — Respondeu assustada, o que ele gostaria de saber?
— Sabe, normalmente quando você fala comigo, você...
— Gagueja ou age estranho? — Suspirou. Por que eu falo como uma boba? Simples, a Marinette aqui tem uma quedinha por você e hoje aconteceu um milagre para eu estar conseguindo falar normalmente. — Eu... Eu... Não sei...
— Tudo bem... E aquela garotinha que virou vilã, você conhece ela, não é?
— A Manon? Ah sim eu cuido dela ás vezes. Teve uma vez que ela queria pegar meus bonecos da Ladybug e do Chat Noir.
— Eu posso ver?
— Vou pegar. — Pegou uma caixa, que havia feito para guardar esses brinquedos e deu para o modelo, que abriu e começou a ver cada um.
— São incríveis. — Guardou novamente e colocou no chão.
— Posso fazer algum para você um dia. — Os dois soltaram uma risada curta e voltaram a focar na vestimenta.
O vestido ainda faltava terminar algumas partes da saia, enquanto o terno já estava quase pronto. Eles estavam trabalhando duro, mas conversavam sobre diversos assuntos.
— Ai! — A garota havia espetado o dedo em uma agulha, mas já estava acostumada, ao contrário do loiro, que ficou preocupado.
— Está tudo bem?
— Foi só uma espetada, não se preocupe.
— Me preocupo sim. — Procurou com o olhar uma caixinha de primeiro socorros que havia visto mais cedo. Assim que achou, pegou e começou a cuidar do simples machucado da amiga. Limpou o pouco de sangue que havia saído e colocou um pequeno band-aid redondo. — Somos amigos, não somos? — Sorriu.
Marinette respondeu com um sorriso, queria poder dar um abraço nele, mas não podia.
— Bom, sua roupa está terminada. — Dobrou e entregou para o rapaz.
O celular de Adrien apitou, era o alarme que havia colocado para saber quanto tempo faltava para seu segurança chegar. Os dois colegas olharam para a janela, a chuva que caía fazia barulho e as nuvens cobriam a grande e bela lua.
A garota pegou um guarda chuva que estava aberto em um canto do quarto, o mesmo de um outro certo dia também chuvoso.
— Aqui, pegue. Eu não tive chance de te entregar.
— Não precisa, eu... — Terminaria de falar, se soubesse que palavras usar e se outra pessoa deixasse.
— Eu insisto, afinal me importo com... você. Somos amigos, não somos? — Usou a frase que mais cedo havia sido usada para ela.
Depois dessa, o modelo não teve outra opção além de pegar o objeto. Marinette, lembrando da antiga cena, apertou o botão de fechar, fazendo com que fechasse em cima do rosto do loiro.
— Ei! — Começaram a rir e se despediram. Quando saiu da moradia, a olhou feliz, corando com seus pensamentos. — Amigos.
A jovem designer de moda foi tomar seu banho, e depois que voltou para seu quarto pronta, terminou os detalhes de seu vestido e deixou em cima da cadeira. Cansada, foi para cama com a intenção de dormir, mas ao invés disso, começou a conversar com sua kwami.
— Como é possível alguém ser akumatizado duas vezes?
— Isso pode parecer estranho, mas não existe um limite de vezes para Hawk Moth mandar um akuma para uma mesma pessoa. — Tikki esclarecia cuidadosamente.
— E eu? Tem alguma possibilidade de eu ser akumatizada?
— Marinette, você foi a escolhida por que é especial. Você é corajosa, leal e nunca desiste. Acha que uma pessoa assim consegue ficar em uma situação frágil para ser pega por um akuma? — A pequena vermelha sorriu convencida.
— Nunca se sabe. Já houve algum caso que isso tenha acontecido?
— Os Miraculous não foram feitos para o mal. O quê ele faz não é certo. Mas não é a primeira vez que o Miraculous Moth é usado para fins malignos. Então posso te dizer que sim, já aconteceu uma vez, se me lembro bem.
— Então se já aconteceu, não quer dizer que não aconteça de novo. — Suspirou triste.
— Mas eu não disse que aconteceu com a Ladybug ou com o Chat Noir.
— Como assim? — A curiosidade da menina aumentou e não estava mais acompanhando o raciocínio de sua kwami.
— O poder dos Miraculous vão mais longe do que você imagina.
— Quer dizer que existem mais?
— O que você acha? — Tikki se acomodou ao lado de sua dona e voltou a sorrir.
— Parece que eu vou ter que descobrir sozinha. — Deu uma risada e fechou seus olhos, o sono chegou rapidamente.

 — Deu uma risada e fechou seus olhos, o sono chegou rapidamente

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*Croquis feitos por Dudinz.

A Vingança dos AkumasOnde histórias criam vida. Descubra agora