— É sério?
— Eu já menti para você, Bugaboo? — Piscou.
— Eu acho que não devo.
— Sim, você deve.
— Não, eu não devo.
— Você deve.
— Está bem. — Sorriu, estava sonhando?
— Então vamos? — A garota assentiu, e assim foram até o carro. — Primeiro as damas. — Abriu a porta do carro para que ela entrasse.
O caminho do carro até o lugar da sessão parecia não ter fim, o silêncio reinava e até mesmo as piadas sem graças de gato não estavam presentes, era até possível ouvir o barulho da limusine por mais silenciosa que ela fosse. Os olhares e pensamentos estavam o mais distante possíveis, ou por distração, ou por vergonha, ou até mesmo os dois e outros motivos. Porém, tudo isso terminou quando as rodas pararam de se locomover no asfalto e enfim ter chegado ao seu destino, a grande Torre Eiffel.
Após saírem pelas portas, subirem o monumento até um certo ponto, onde tirariam as fotos. Lá, encararam-se e iniciaram um abraço sincero e aconchegante, mas ele tinha que se separar.
— Boa sorte. — Marinette acenou para o moço, que foi para suas fotos, enquanto apenas observava.
Os minutos foram passando e o celular da menina vibrou, mensagem de uma certa blogueira de óculos.
"Amiga! Advinha quem tá fazendo uma seção de fotos agora?"
Ela já sabia quem, e ainda estava assistindo, porém o que iria responder? Sinceramente? Desligou o celular e guardou na bolsinha, queria mesmo era aproveitar o momento, que provavelmente seria único.
Adrien estava distraído, mas não parava de trocar sua atenção entre a amada convidada e a nem tão adorada câmera.
— Mostre a inocência em seus olhos! — O homem dava ordens e o modelo as seguia, até olhar um momento para a jovem, que observava a paisagem e logo encontrou o olhar fixo em sua direção.
— Sorria. — Cochichou baixo, apontando para sua boca e incentivando o modelo, que assentiu e começou a dar seus melhores sorrisos.— Está faltando alguma coisa... — Ficou pensativo, mudando a luminosidade e profundidade no espaço da seção. — Não é isso. — Olhou ao redor até encontrar Marinette, que o olhava confusa pela pausa inesperada. — Você!
— O quê?! Eu?!
— Peço-lhe que pose com o senhor Adrien.
— Tem certeza? Mas eu não tenho experiência... — Foi interrompida pelo fotógrafo.
— Não importa, apenas brilhe. — Piscou, pelo jeito ele lembrava dela. Foi ele quem tirou a foto de classe deles.
A garota se aproximou dos equipamentos, um pouco envergonhada, mas sua felicidade transbordava, merecia se divertir mais do que já se divertia normalmente.
— Eu juro que não tive envolvimento com isso! — Levantou as mãos, como se estivesse se rendendo.
— Será mesmo, senhor Adrien? — Cruzou os braços, ironizando a forma que ele era chamado.
— Não tem graça. — Falou da forma mais fria possível.
Logo se iniciaram novamente as fotos, Marinette se soltou o máximo que podia e adorou a sensação de posar com o loiro, apesar de preferir não fazer isso muitas vezes mais. Quando acabaram, ficaram apreciando a vista do alto, pensativos, mas sempre felizes.
— E então? O que achou? — O modelo perguntou, curioso com a resposta.
— Foi legal. Melhor do que eu sonhava.
— Espera, você sonhava com isso? — Depois de absorver o que disse, a menina corou, o que já serviu de resposta.
— Quer tomar um... Sorvete? — Coçou a nuca, envergonhada com o convite que estava fazendo.
— Vou verificar na minha agenda. — Fez uma pausa, deixando um suspense no ar. — Vamos logo! — A puxou pelo braço e saiu correndo puxando-a. — Vamos apostar corrida?
— O que acontece se você chegar por ultimo? — Cruzou os braços, parando em um ponto da ponte.
— Quem chegar por último vai... — Ficou pensativo. — Vai pagar o sorvete do outro.
— Gosto de sorvete de morango. — Piscou e saiu correndo, deixando o outro confuso e inconformado.
— Ei! Você queimou largada! — Saiu correndo atrás.
A sorveteria mais próxima não era tão perto assim, mas valia a pena correr até lá, diziam que os produtos eram deliciosos. Marinette chegou primeiro, por mais incrível que seu parceiro pareça, porém havia sido por pouco.
— Acho que alguém trapaceou no começo, mas como não tinha regras e como eu sou um bom garoto... — Fez reverência, mostrando seu lado convencido e fazendo a ganhadora do desafio revirar os olhos. — Irei te dar o que for querer.
— Nunca subestime a Super Ladybug.
— Desde quando é super?
— Desde que eu existo. — Deu de ombros e entrou para dentro do prédio.
A dupla se sentou em uma mesa lá de dentro, enquanto olhavam a tabela de sabores, tipos e preços.
— Aqui é muito caro. — Marinette mordeu o lábio, sem graça com os preços altos.
— Não se preocupe, não tem problema. De morango?
— É... O que vai querer?
— Ainda não sei, não tomo muito sorvete. — Ficou um pouco chateado pela lembrança.
— Sinto muito. — Colocou a mão no ombro dele. — Mas agora você vai tomar aqui e comigo de companhia. — Riram.
— Então, o que a Super Ladybug me sugere?
— A Super Ladybug recomenda... Deixa eu pensar... — Olhava a tabela, pensativa, até perceber um ponto fixo do olhar do loiro. — A Super Ladybug lhe recomenda o clássico e delicioso sorvete de chocolate. — Sorrisos brotaram nas duas bocas, que não demoraram em pedir e receber seus desejos.
Enquanto tomavam, conversavam sobre tudo que podiam, riam de tudo que tinha graça e aproveitavam o alimento gelado.
— Você vai no baile amanhã, né? — A jovem perguntou, esperando a confirmação do rapaz.
— Provavelmente. Ainda preciso arranjar uma máscara.
— Ainda bem que não é a fantasia. — Riram.
— Se fosse, você iria de gatinha noir.
— Não, não. Não seria uma boa ideia.
— Você ficaria fofa. — Novamente ela corou.
— Só se fosse halloween.
— Aí formaríamos uma dupla de gatos.
— E se te reconhecessem? Sua fama dobraria. — E mais risadas. — Você poderia ir de Ladybug.
— Não, obrigado. Prefiro ser o príncipe encantado mesmo.
— Então não irei mais de gatinha.
— Por quê não? — Tentou fazer uma carinha fofa, mas se surpreendeu com a resposta.
— Porque vou ser sua Cinderela. — Piscou, deixando seu parceiro vermelho, como si também. — Mais uma rodada? — Olharam para os pratos, impressionados como haviam se deliciado tão rapidamente, ou as conversas que os distraiam do tempo?
— Ainda quer de morango? — A menina assentiu sorridente. Pediram e voltaram á sua mesa para comer.
— Como está o seu? — Marinette perguntou, já imaginando a resposta.
— Delicioso, com gosto de chocolate. E o seu?
— Com gosto de morango. — Riram.
A joaninha teve uma ideia, pegou sua colher e rapidamente retirou um pouco do sorvete dele e colocou em sua boca.
— Ei!
— Realmente está delicioso.
Adrien também tentou pegar o sorvete dela, mas falhou no momento em que sua parceria colocou sua colher na frente.
— É guerra? — Perguntaram em uníssono.
E começaram a brincar como se fosse uma competição de esgrima, mas ninguém conseguiu até a moça se render.
— Tive uma ideia. — Pegou sua colher e deu uma colherada em seu sorvete, em seguida colocou na boca de seu colega. — Como está?
— Bom. — Lambeu a boca. — Sabe, deveríamos guardar este momento. — Encararam-se, olho no olho.
— Como?
— Que tal uma foto? — Tirou o celular de dentro de sua jaqueta.
— Por mim tudo bem. — Se levantou e sentou-se ao lado do amado.
— Diga Xis!
— Xis! — Riam, mesmo depois da fotografia ter sido tirada.
Não tiraram só uma, mas várias, estavam se divertindo como nunca, estava sendo um dia perfeito, tanto para Marinette, quanto para Adrien, nunca esqueceriam deste dia, mas esse era um dos primeiros de vários outros, em que poderiam se recordar com todas aquelas fotografias.
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A Vingança dos Akumas
FanficÓdio e tristeza são as vítimas perfeitas para os akumas de Hawk Moth, que faz de tudo para obter os Miraculous de Ladybug e Chat Noir. Porém os dois protetores de Paris terão que se preparar, pois os akumas estão mais fortes do que nunca.