— AntiLadyBlog? — Marinette perguntou, curiosa com a resposta da amiga, que continuava furiosa.
— É o nome que elas deram para o blog delas, uma imitação do meu Ladyblog.
— Já era de se imaginar que Lila estaria envolvida nisso, afinal ela me... — Havia esquecido que não podia falar nesse sentido, então se alto corrigiu. — Ela odeia a Ladybug.
— Nunca entendi o por quê de tudo isso. Bom apetite. — Vendeu mais um dos cookies.
— Ela deve ter motivos pessoais para isso. — Ela sabia muito bem os motivos, sendo que um envolvia um ciúmes louco entre as duas por um certo loiro de olhos verdes, que agora já era dela. — E quem são as outras duas?
— Diane e Pénelope, ou melhor, Golden Girl e Volpina, quer dizer, Copy-fox. — Continuava vendendo os biscoitos, comentando o assunto com total ódio. — Se eu pudesse, eu dava um tapa na cara de cada uma. Mandava um akuma.
— Não acho uma boa ideia, daria mais trabalho para a Ladybug. E violência não resolve nada. — Deu uma lição de moral na colega, que soltou um suspiro e refletiu seus sentimentos.
— Tem razão amiga, um dia elas vão ter o que merecem! — Saiu andando, continuando a venda, enquanto a outra ficou parada, encarando pela última vez o cenário negativo.
— Espero... — Pensou alto e saiu atrás da blogueira, as pessoas que ali escreviam não deviam estar pensando que estavam magoando o coração de uma jovem heroína.— Chegamos! — Marinette e Alya chegaram na porta correndo, enquanto todos de sua equipe já as esperavam.
— Onde estavam? Perdemos vocês de vista.
— Fomos vender em outra parte da cidade que estava mais movimentada. — A blogueira deu suas explicações, respirando ofegante. — Pelo menos conseguimos tudo isso. — Tirou do bouço um pequeno bolo de dinheiro e mostrou para as pessoas ali presente, junto com uma pequena caixinha de moedas.
— Deve ter uns duzentos aí. — A líder se manifestou com sua estimativa.
— Cento e cinquenta e dois na verdade.
— Você contou e eu nem vi?
— Você estava distraída, olhando para o céu e pensando na morte do gato preto. — Ela quase acertou, a outra ali pensava na vida do seu gatinho preto, então parece que a tal telepatia havia falhado.
— E vocês? Como foram? — A maioria falou de tudo que havia acontecido de forma rápida, principalmente em uníssono, pois não havia tempo para esperar.
— O bom é que sobrou esse aqui. — A morena de óculos colocou o biscoito na boca, terminando com o que tinha. — Ou não. — Pegou uma nota e colocou junto com o restante. — Vamos entrar? — Todos assentiram e entraram para dentro da escola.
Minutos se passaram, a equipe azul já estava inteiramente lá, só faltava iniciar a contagem, que não demorou muito. E como já era previsto, o time vermelho saiu na frente com trezentos e cinco no total contra trezentos da outra equipe, mas todo jogo sempre é uma caixinha de surpresas.
— Sr. Damocles, pode me dar um minuto? — Chloé chamou o diretor, conversando e provavelmente reclamando de algo.
— A equipe vermelha foi desclassificada do desafio! — Os integrantes estavam confusos, não tinham feito nada de errado, tinham?
— Mas por quê?
— Alya ajudou vocês colocando dinheiro no monte.
— O quê?! Como assim! Eu só estava pagando o que eu havia comido!
— Desculpe, mas você não pode comprovar isso! O vídeo... — Foi interrompido pela acusada.
— Que vídeo?! — Olhou para a loira, que mostrava seu celular com um sorriso no rosto.
— Foi só um mal entendido. Um mal entendido chamado Chloé... — Sussurrou essa última parte. — Que tal você devolver o dinheiro dela e novamente fazer a contagem?
— É justo. — Devolveu e voltou a contar. — E parece que o resultado não se modificou, então a equipe vermelha ganha o desafio de hoje!
As pessoas vibravam com a vitória, enquanto a líder rondava o lugar com os olhos até encontrar um olhar verde brilhante, que piscou e a mesma retribuiu.
O tempo foi passando e os minutos se tornaram horas, já estava na hora do almoço e todos estavam indo para suas casas, o próximo período seria decisivo, teriam que dar o melhor que podiam.— Olha aqui, se você participar dessa prova, verá sua equipe desabar diante de seus óculos, e eu cumpro o que digo!
— Você não manda em mim! — Chloé e Alya discutiam em um canto do prédio, escondidas, sem que ninguém as percebesse.
— Mando sim, esqueceu que meu pai é o prefeito de Paris?
— Ele é, mas você não! Suas chantagens não funcionam comigo!
— Mas deveriam, posso ser seu maior pesadelo. — Cochichou essa parte no ouvido da garota e saiu andando.
— Obrigada pela entrevista. — Pausou seu celular, havia gravado cada palavra estressante que ouviu e respondeu. Logo se aproximou de seus colegas como se nada tivesse acontecido. — O que é agora?
— Onde você estava? — Nino demonstrou preocupação e curiosidade na localização da amiga, que cruzou os braços e abriu um sorriso divertido.
— Ficou preocupado?
— O que?! Não! Curiosidade mesmo.
— Se é assim. — Deu de ombros. — Mas o que vai ser agora?
— Não sei direito, é uma brincadeira em que uma pessoa ou mais faz uma mímica e o resto tem que adivinhar o que é, algo do tipo. A prova de redação que você tanto quer é daqui a pouco.
— Obrigada por me informar, DJ.
— Não vai me dizer onde estava?
— Depois falam que eu sou curiosa como gato.
Ali perto duas pessoas os observavam, rindo e conversando sobre a situação dos amigos.
— Eles foram feitos um para o outro. — A jovem comentou, ainda vendo eles discutindo ao longe.
— Que nem a gente. — O loiro a abraçou por trás e apoiou sua cabeça na dela.
— Não... — Disse em um tom irônico, deixando seu parceiro confuso com a resposta inesperada. — Eles ainda não sabem disso, já nós... — Encararam-se e sorriram, deveriam ser as pessoas mais felizes e apaixonadas de toda Paris.— E agora iremos anunciar o resultado da redação. — Finalmente o diretor abriu o envelope. — A equipe vermelha vence. Espera. — As comemorações pararam e o suspense dominou aquela quadra. — Faltam três dos cincos textos da equipe.
Como da última vez, o falatório de gente confusa reinou. Já algumas pessoas olhavam bem para a outra líder, a conheciam bem para saber que a culpa era dela.
— Eu sei o que aconteceu! — Uma morena se manifestou em meio a multidão e foi para o palco. — Eu sei quem foi que sumiu com tudo!
— Quem?
— A Chloé!
— O quê?! Eu?! — Fingiu estar ofendida com a acusação e subiu o mesmo palco.
— Não se faça de inocente, você sabe que foi você.
— Desculpa Alya, mas você não tem provas para culpa-la. — A outra levantou cabeça, como se fosse superior, mas não esperava pela resposta da inimiga.
— Na verdade... Eu tenho. — Pegou o celular de dentro do bolso. — Acho que essa voz é familiar para você. — Reproduziu um áudio da conversa das duas, uma que havia acontecido agora pouco.
— Isso é uma armação! Não prova nada!
— Na verdade, Srta. Bourgeois, não resta dúvidas que você esteve envolvida nisso.
— Não sei se meu pai teria o mesmo ponto de vista. — Arriscou pegar seu telefone, mas desta vez foi diferente, toda a quadra se manifestava, irritados com todas as ações cometidas pela menina, sendo do mesmo time ou não.
— Acho que você entendeu o recado. — A blogueira piscou, saindo de onde estava e voltando para sua plateia, dando permissão para que continuasse o evento.
— Bem, essa foi a última prova. Peço que os representantes subam aqui em cima enquanto terminamos de calcular o resultado. — E assim foi feito, a espera acabou quando Srta. Bustier apareceu com mais um envelope, desta vez o que iria decidir a situação dos vencedores e perdedores, e entregou para seu chefe. — E a equipe vencedora é a... Equipe vermelha! — Vibrações eram passados dos integrantes para os comandantes, que celebravam de cima, ignorando a rabugenta que batia os pés ali do lado. — E o prêmio de vocês é o seguinte: Amanhã teremos um baile de máscaras aqui mesmo. Esperamos vocês. Boa tarde. — A animação aumentou, quem não gostaria de ir à um em plena França, mesmo já morando ali a tanto tempo e sendo na escola onde estudavam?
Os alunos saíam animados, enquanto os outros chateados por não terem conseguido, mas tudo isso já havia passado e não daria para voltar no tempo e conseguir ir para a festa no dia seguinte.
Ao saírem por toda multidão, a dupla ficou encarando a rua, onde a limusine esperava o modelo.
— Acho que está na hora de você ir.
— Não, está na hora de nós irmos. — Aprofundou a palavra nós, enquanto sua joaninha estava perplexa, não entendo nada ali.
— C-como... A-assim?
— Que tal se você vir me acompanhar em uma seção de fotos?
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A Vingança dos Akumas
FanfictionÓdio e tristeza são as vítimas perfeitas para os akumas de Hawk Moth, que faz de tudo para obter os Miraculous de Ladybug e Chat Noir. Porém os dois protetores de Paris terão que se preparar, pois os akumas estão mais fortes do que nunca.