Capítulo 10: Jogo de imitações

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A manhã havia iniciado muito bem para o time azul no colégio Françoise Dupont, que começou ganhando o desafio. Enquanto acontecia um jogo de basquete na quadra, todos observavam atentamente, menos Marinette e Adrien que estavam com a cabeça nas nuvens. Percebendo a situação dos amigos, Alya empurrou Nino para um canto menos movimentado para comentar.
— Você percebeu aqueles dois?
— Quem? — O dj não sabia do que ela estava falando, afinal ele não era telepata.
— A Marinette e o Adrien! De quem mais eu estaria falando?! — Apontou para os dois.
— O que tem eles?
— Estão muitos pensativos na minha opinião.
— Mas qual é o problema de ficar pensando?
— Eu conheço minha amiga muito bem para saber que algo não está normal aqui. Ela pode ser avoada mas hoje ela passou dos limites! — Fez alguns gestos com as mãos enquanto falava.
— Tá, qual é o seu plano? — A morena abriu um sorriso, começando a cochichar sua ideia na orelha do garoto.
Depois que terminaram, cada um se aproximou de seus melhores amigos para tentarem arrancar alguma informação que resolvesse a dúvida da blogueira.
— Voltei! O que eu perdi? — Perguntou para a líder da equipe vermelha, que se desligou de seus pensamentos e voltou a prestar atenção no mundo real.
—Ahn? O quê? — Balançou a cabeça rapidamente, não entendendo mais nada. Na verdade, ela nem havia percebido que Alya havia saído dalí.
— Você não estava prestando atenção no jogo, não é mesmo? — Cruzou os braços.
—É... Não! Eu estava!— Deu um sorriso forçado, ela sabia mentir bem quando precisava, ainda mais onde estava quando Ladybug aparecia.
— Se você diz. Quem está ganhando?
—O time... — E agora? Não sabia. Sua melhor opção era contar a verdade, afinal por que não tinha dito ela antes ao invés de se enrolar toda? — Tá bom, eu não estava prestando atenção. — Abaixou a cabeça, infeliz por não prestar atenção no esporte, fazendo a menina ao seu lado rir.
—Tudo bem, mas no que estava pensando?
— Em nada. — Respondeu e a outra ergueu a sombrancelha, esperando a resposta verdadeira. Ás vezes, ela lembrava muito sua kwami. Essa mesma reação que a fazia se render, acabar desabafando com poucas palavras que saiam sem querer, ou desta vez, um simples gesto ao olhar para o amor da sua vida.
— Já entendi. — Um sorriso irônico surgiu em seus lábios, colocando seu braço por cima do ombro da jovem.
Algo pegou todos ali presente de surpresa, o chão começou a tremer por alguns segundos, levando a hipótese de que poderia ser um terremoto ou o mais provável, um akuma. Mas isso não foi a única coisa que surpreendeu os alunos, mas sim o que veio em seguida dele, uma menina com uma fantasia vermelha de bolinhas pretas, combinando com sua máscara, que destacava seus lindos olhos da cor do céu, seu cabelo de coloração escura amarrado em duas marias-chiquinhas não deixava dúvidas, aquela por acaso era a Ladybug?
— Saiam daqui. Não estão seguros.
— O que está acontecendo? — Alya pegou seu celular e filmou a resposta da heroína.
— Tem um vilão a solta por perto. É muito perigoso.
Todos ouviram o conselho da moça, menos a líder avermelhada, que a encarava perplexa.
— Quem é você?! - Se aproximou e ficou a observando dos pés à cabeça.
— Eu sou a Ladybug, não está me reconhecendo?
— Você não é ela.
— E porque acha isso?
— Eu... Não preciso dar justificativas para você! — Virou o rosto e cruzou os braços, irritada.
— Então tá, agora me dê licença pois tenho que salvar a cidade. — Piscou e saiu voando com seu ioiô.
— Me aguarde, eu ainda vou te encontrar. — Correu para a sala mais próxima e abriu a bolsinha, liberando sua kwami. — Parece que temos que denunciar uma pequena copiazinha.
— Sabe que vai lutar com uma pessoa idêntica a você, não sabe?
— Ninguém é igual a joaninha original. — Agora foi sua vez de piscar e deixar que um belo sorriso tomasse conta de seu rosto. — Tikki, transformar! Yeah! — Um brilho rosa cobriu o cômodo, e de sua porta saiu a verdadeira heroína, a procura de sua cópia.
Enquanto isso, Chat Noir pulava por cima dos prédios a procura de algo fora do comum, mas a única coisa que avistou foi sua parceira.
— Onde está o akumatizado? — O loiro perguntou e a outra acabou deixando uma gota de suor escapar, sinceramente não sabia o que dizer a respeito.
— Ele fugiu.— Abaixou a cabeça, fingindo estar triste.
— Tem certeza? Você nunca deixa alguém fugir. — Colocou a mão no ombro dela, tentando acalma-la.
— E não vou começar agora. — Desta vez a menina que havia aparecido em cima daquele telhado era a verdadeira. — Você! Para de fingir ser eu!
O gato esfregou os olhos para ver se estava enxergando corretamente, estava confuso, porém quando abriu a boca para se pronunciar, alguém o interrompeu.
— Se você disser que está no paraíso de novo, eu juro que dou um talismã na sua cara. — O olhou irritada, não falou por mal, já que a adversária havia a deixado de cabeça quente. As duas começaram a lutar, enquanto o herói ficava observando tudo apoiado em seu bastão. — Você poderia me ajudar aqui, não acha?

— Não, eu sou a verdadeira! Me ajuda!

— Imitador, pare de enrolação e pegue os Miraculous! — Hawk Moth já estava irritado, resmungando na cabeça do vilão.
— Pensei que a briga era apenas entre vocês duas. — Girou sua arma e se preparou para entrar no combate.
— Acho que você errou gatinho, a briga é entre nós dois. — De repente, a pessoa se transformou em uma cópia perfeita do Chat Noir.
— Ei! Sabia que plágio é crime? — O verdadeiro tentou dar um golpe no akumatizado, mas ele defendeu e os bastões acabaram caindo na rua.
— Desculpem-me, tenho assuntos mais importantes para tratar no momento. — Saiu pulando de prédio em prédio.
— Parece que o Copycat está de volta. — A vermelha riu ironicamente, colocando a mão na boca para diminuir o volume.
— Ele poderia ter ficado com a fantasia de Copylady.
Não precisaram dizer mais nada para sinalizar que iriam atrás do novo inimigo. Não sabiam para onde ele havia ido, mas a audição e o olfato aguçado do garoto já havia descoberto, o destino era a grande prefeitura.
Quando chegaram próximo do local, ligaram as câmeras dos equipamentos, revelando que havia dois prefeitos na sala do mesmo, não havia dúvidas de quem era o segundo. Não precisaram pensar duas vezes antes de entrarem.
— O que está acontecendo aqui? — O akumatizado estava surpreso, eles só iriam aparecer após a vingança dele contra a pessoa que o magoou.
— Parece que seu show de imitações acabou! — A joaninha ficou o encarando, pronta para qualquer ataque surpresa.
— Não! Está apenas começando! — Voltou a se transformar em Chat Noir, com um sorriso no rosto.
— Ei! Que mania você tem contra mim?!
— Já que estão aqui, irei aproveitar a chance de pegar seus Miraculous. - Se aproximava lentamente.
— Nunca!— Dissram em unissono.
— A escolha foi de vocês! Cataclismo! — Levantou a mão, fazendo que uma energia negra aparecesse na mesma.
— Talismã! — Usou seu poder mágico, fazendo com que uma pena vermelha e preta caísse em suas mãos. — Uma pena?

— Para que você usaria isso?! — Espirrou após terminar a frase.

Após o espirro do parceiro, teve uma pequena ideia, mas antes precisava descobrir onde estava o akuma. Observou bem o inimigo, até que viu algo no pulso direito, deveria ser uma fita. Em seus olhos, sua visão da sorte iluminou o nariz do outro e um lustre. Já sabia o que fazer.

Imitador tocou no chão e fez com que ele comesasse a se desfazer. O real gato se afastou e acabou se salvando. Já Ladybug, aproveitou o momento e atirou seu ioiô no lustre, se balançando e esfregando o objeto que ganhou no nariz do novo Copycat, que não esperava que iria espirrar, levantando as mãos para cima de forma que a heroína conseguisse pegar a fitinha e rasga-la liberando a borboleta.

— Chega de maldade akuma! Hora de aniquilar a maldade! Te peguei! — Pegou e purificou o animal e logo o soltou. — Tchau, tchau borboletinha. Miraculous Ladybug! — Jogou o que havia ganhado no talismã para cima, formando um enxame de joaninhas que reparavam tudo o que estava errado.

— Zerou! — Fizeram o mesmo toque de sempre, que significava mais uma missão completa, como eles eram imbátiveis.

— Não! Quando o espetáculo de talentos de vocês terminar, o meu só estará começando e os seus Miraculous serão todos meus! — Hawk Moth estava irritado, lamentando sua derrota. Fechou a janela de seu covil e tudo ficou escuro, não havia mais sinal dele ali.

O garoto voltou ao normal e ficou se perguntando onde estava, totalmente confuso. Havia sido rejeitado pelo prefeito para participar da competição de talentos que haveria daqui algumas semanas na cidade.

Os brincos da menina apitaram, era hora de ir. Mas antes, se despediu do loiro.

— Acho que está na minha hora.

— Entendo. — Quando ela se virou, ele fez uma ultima pergunta. — Vai estar lá hoje, né?

— Sem atrasos. — Respondeu mesmo de costas, apenas olhando por cima do ombro. Quando jogou sua arma na antena de um prédio próximo, o mesmo escorregou e ela já havia feito o impulso para ir, fazendo com que ela começasse a cair.

— Ladybug! — Gritou Chat, que viu a cena pela janela desesperadamente.

A Vingança dos AkumasOnde histórias criam vida. Descubra agora