Depois de todos os acontecimentos anteriores, a dupla ficou se encarando sem reação, analisando a situação, aquilo não era um sonho, ou era? Não, não era. Tudo ali era real e eles tinham que aceitar isso.
— Mas, e agora? — O loiro perguntou.
— Agora o que?
— Como vai ser daqui para frente?
— Eu não sei, talvez como sempre foi. — Suspirou, triste, ela não queria aquilo, queria uma vida nova ao lado da pessoa que ela amava.
— Tem certeza? — Levantou a sobrancelha, não acreditando nas palavras da garota.
— Não... — Se rendeu.
— Eu acho que... Devemos ficar juntos. — Coçou a nuca, envergonhado.
— Sério? — Os olhos dela brilharam.
— Sério. — Sorriu.
— Mas e como vai ser na escola?
— Bem, podemos agir como nós mesmos. —Sorriu desta vez no estilo Chat.
— Tudo bem, mas sem trocadilhos. — Piscou.
— Por quê?! Eles são tão legais. — Fingiu estar revoltado.
— Primeiramente, eles não são nada engraçados. — Fez gestos com a mão para negação. — E outra, elas não combinam com o Adrien que todos conhecem. — Tocou no nariz do rapaz, rindo.
— Só você me conhece. — Passou a mão pelo ombro dela, trazendo-a para pertinho de si.
Agora eles eram completos, pelo menos achavam que eram. A vida deles iria mudar completamente, mas seria algo bom, era algo que eles queriam, completarem um ao outro, seriam felizes para sempre? Isso iria depender de uma pessoa misteriosa chamada Hawk Moth, mas eles não deveriam se preocupar com isso no momento, não é mesmo?
— Quer ver algum filme? — O modelo perguntou, se levantando.
— Por mim pode ser. — Iria se levantar, mas foi surpreendida pelo garoto que a pegou no colo e a levou até o sofá da sala. — Sabe que eu sei me cuidar, "né?"
— Sei, mas pretendo ignorar isso. — Colocava um disco no DVD. — Só para confirmar, você não quebrou nenhum osso?
— Não precisa se preocupar, eu estou bem.
— Se você diz. — Sentou ao lado da menina e começou a assistir o filme junto com a mesma.
As cenas passavam, e quando percebeu, Marinette estava apoiada em seu ombro, dormindo tranquilamente, realmente ela estava cansada. Ficou apreciando a beleza da moça, como não havia reparado que ela era o tempo todo? Mas isso já era água passada, o importante era que eles já haviam descoberto tudo. O tempo passava e o clima esfriava cada vez mais, o que era estranho para um dia quente como aquele, e Adrien não demorou em colocar em um canal de jornalismo e prestar atenção nas informações, aquilo não era comum.
"Parece que a mãe natureza mudou seus planos, o frio está predominando em Paris. Seria um novo vilão gelado? Fiquem ligados."
— O que está acontecendo? — O garoto se surpreendeu ao ver que a colega já estava acordada e havia visto o noticiário.
— Não sei, mas não é coisa boa...
— Um akuma? — A kwami vermelha apareceu na frente deles.
— Akuma não... — O gato lamentou. — Minha barriga "tá" roncando! Preciso de queijo! — Fazia seu drama.
— Queijo? — A menina riu.
— Agora não, Plagg. Temos que descobrir mais sobre esse frio. —- O loiro cortou o teatro de seu pequeno ser mágico, se levantando. — Parece que te vou ver transformando. — Colocou um sorriso galanteador no rosto.
— Digo o mesmo. — Retribuiu, mas não aguentou e acabou corando.
— Pode ir primeiro.
— Por que eu?
— Quer descobrir no pedra, papel, tesoura? — A jovem lançou um olhar ameaçador, mas não podia perder tempo, então se rendeu.
— Tikki, transformar! Yeah! — Um brilho rosa a cobriu, revelando a heroína conhecida por todos e deixando uma pessoa naquela sala de boca aberta.
— Plagg, mostrar as garras! — Agora foi a vez de uma luz verde cobrir o portador daquele anel. — Acho que estamos prontos.
— Vamos. — E assim saíram à procura de qualquer coisa que fosse incomum, pulando de prédio em prédio.
— Você está bem?
— É, estou. — Viu algo vindo à direção deles. — Cuidado! — Se jogou em cima do parceiro, caindo um em cima do outro. — Desculpa. — Corou.
— My Lady, você sabe que sempre pode me salvar de uma... Bola de neve gigante? — Se separaram.
— Pelo menos já sabemos onde encontrar nosso novo vilão.
Perto dali, uma garota vestia um uniforme azul celeste com detalhes pretos, cabelo branco como as nuvens, e luvas escuras que cobriam mãos geladas que disparavam... Neve?
— Se você quiser continuar a espelhar o inverno eterno por Paris, deverá me trazer aqueles Miraculous. — Hawk Moth já avisava na cabeça da akumatizada,
Não demorou para que eles chegassem no local onde a vilã estava, sendo recebidos por quem já os esperava.
— Ora ora Ladybug e Chat Noir, vocês demoraram para chegar. Não esqueceram seus cachecóis? — Deu uma risada maléfica, típica de bruxa dos contos de fada.
— Você teria um para me emprestar, Rainha da Neve? — O herói não perdeu a chance de começar com suas piadas.
— Oh, me desculpe, mas parece que o estoque acabou. Quem não comprou vai passar frio. — Atirou mais uma bola de neve das grandes nos dois, que desta vez não conseguiram fugir.
— Afinal de contas, quem é você?! — A joaninha colocou a cabeça para fora, em seguida do colega e agora também amado.
— Eu sou a Sub-Zero, e caso queiram evitar um inverno eterno deverão me entregar suas preciosas jóias. — Revelou suas identidade.
— Nunca! — Disseram rapidamente em uníssono.
— A escolha foi de vocês. — Novamente voltou a atirar neles, desesperadamente, mas os mesmos defendiam com suas armas.
— É o melhor que pode fazer? — O gato fez a pergunta de forma irônica.
— Que bom que perguntou. — Bateu o pé, congelando o chão e estalou os dedos, fazendo que as simples bolas de neves se tornassem maiores e maiores, e também mais difíceis de serem desviadas.
— Você tinha que falar? — A avermelhada revirou os olhos.
— Tem algum plano brilhante, Ladybug? Minhas patas estão ficando cansadas. — Ele girava rapidamente seu bastão, sem intervalos.
Ladybug pensava numa estratégia antes de usar seu poder, porém nenhuma ideia vinha a sua cabeça, mas ela havia esquecido de algo, onde estava aquela borboleta?
— Onde será que está o akuma? — Olhava a moça dos pés à cabeça, pensativa, ela não usava nada que o animal pudesse penetrar.
— Que tal as luvas dela? — O menino sugeriu, como não havia pensado nisso?!
— Obrigada pela ajuda, gatinho. — Piscou, agora seus planos poderiam ser criados.
— Vocês podem ter descoberto meu segredo, mas no que adianta se não conseguem me pegar. — Saiu voando, sem deixar rastros.
— Estamos brincando de pique pega e nem me avisaram? — Fez bico, fingindo estar irritado.
— Temos que encontra-la antes que esse frio piore. — Cruzou os braços com o objetivo de se aquecer.
— A joaninha precisa de um abraço quentinho?
— Quem sabe depois, vamos acha-la e acabar com tudo isso. — Tentou sair correndo, mas foi interrompida por um bastão de cor escura, que a arrastou de volta para trás. — O que você está fazendo? — Fez a pergunta, confusa com ação do outro.
— Sabe que não está em condições de ficar correndo por aí, não é mesmo Bugaboo?
— Para de me chamar de Bugaboo! — Repreendeu. — Não preciso de uma babá para ficar de olho em mim, mas mesmo assim obrigada. — Voltou a dar uma piscada e desta vez saiu voando com o auxílio de seu ioiô.
— Ei! Me espera! — Saiu logo atrás dela, de certo modo ela estava certa, mas ele também se importava com ela e isso é o mais importante.
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A Vingança dos Akumas
FanfictionÓdio e tristeza são as vítimas perfeitas para os akumas de Hawk Moth, que faz de tudo para obter os Miraculous de Ladybug e Chat Noir. Porém os dois protetores de Paris terão que se preparar, pois os akumas estão mais fortes do que nunca.