36-Mãe

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Oh Deus....é a minha mãe.Eu estou tão lixada.Da última vez que a vi,ela queria-me arruinar o Natal.Estava toda a gente lá,os 6 e a minha mãe.Só de a ver,tudo me veio à memória.O acidente de carro.A morte do meu pai.Os dias que fiquei no hospital.

-Emma,tu precisas de ouvir a tua mãe.-disse o David pondo a mão no meu ombro.

-Querida,peço desculpa por tudo o que te fiz.-disse a minha mãe indo na minha direção.

-Um simples pedido de desculpas não resolve os 2 anos de inferno.Tu bebias bastante,nunca estavas em casa,eu tinha de trabalhar dia e noite um restaurante horrível,cuidar da tua filha e ainda tinha de arranjar dinheiro para me alimentar e a Katherine!-eu já estava com lágrimas nos olhos.

-Eu sei,peço imensa desculpa.Eu já não bebo mais.-disse ela a fingir que chorava.

Por favor!Fui eu que inventei o choro falso!

-Achas que uma desculpa pelas horas que eu passava fechada num restaurente foleiro a trabalhar durante 10 horas?Achas que uma desculpa vai apagar todas as cicatrizes que tenho nos meus pulsos e na minha cintura?

-Emma!A tua mãe quer tentar começar tudo de novo,não lhe dás uma chance?-perguntou o Brooklyn.

-Adeus.-saí porta fora e entrei para o meu carro.

Ainda vi o Brooklyn sair da sua casa para me tentar parar mas apenas ignorei.Cheguei a casa e fui direita à minha casa de banho.Peguei numa lâmina que lá tinha e passei pelo meu pulso.Inúmeras vezes.Ouvi alguém bater à porta e feita estúpida fui abrir.Era o Brooklyn.Tentei fechar mas ele não me deixou.

-Emma,deixa-me entrar,por favor!

-Sai daqui.-tentei gritar mas eu já estava a ficar sem forças.

Ele entrou e olhou para mim.Eu corri para a casa de banho para esconder tudo e por umas ligaduras à volta do meu pulso mas ele apanhou-me a tentar esconder as lâminas dentro do armário.

-Emma...tu não...pois não?-pergunta ele chocado.

-Isso interessa-te?~-perguntei ainda com lágrimas a cair.

-Claro!

Eu só me sentei no canto da casa de banho com as mãos na minha cara.Ouvi ele a aproximar-se e a sentar-se no chão e levantei a cabeça.Ele estava de cabeça baixa e ele levantou-a de um modo triste e zangado.

-Emma,tu não devias ter feito isso,era totalmente desnecessário.-disse ele pegando na minha mão.

-Tu não sabes eu passei por causa dela.Eu tenho várias cicatrizes na minha cintura e na minha barriga por causa das garrafas de vidro que ela mandava-me.

Ele apenas pôs umas ligaduras à volta do meu pulso e sentou-se ao meu lado.

-Vais contar isto ao Justin?-perguntou ele abraçando-me de lado.

-Nem penses.Ele tem mais do que se preocupar do que com os meus problemas de família.-respondi a mexer no colar do Titanic.

-Mas ele é o teu namorado!Tu precisas de dizer alguma coisa a ele.

-Eu sei,mas há 2 meses eu vi a foto dele e uma rapariga a beijarem-se e já não confio assim tanto nele.Eu amo-o mas estou farta de o ver com outras raparigas.-disse limpando as minhas lágrimas.

-Hey,não chores.Eu estou aqui.Queres ir para LA já?

-Sim,estou farta de estar aqui fechada.

Levantei-me e fui buscar as minhas malas com a ajuda do Brooklyn.

-Hey,não vais dizer nada aos teus pais?

-Não,eu preciso de sair desta cidade chata por um pouco.

Enquanto descia as escadas o meu telefone vibrou no meu bolso.Era uma mensagem do Justin "Precisamos de falar"Mas o que foi agora Deus?

Company//J.B #Wattys2016Onde histórias criam vida. Descubra agora