Capítulo 2

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Hora de vocês conhecerem a mocinha... ♥


 Gabriela


Estou ferrada. Atrasada, e ainda por cima no horário do almoço e dia de reunião. Definitivamente, o Cássio, meu patrão, vai me matar. Hoje tive que pedir licença pela manhã pra resolver pendências sobre meu apartamento. Ainda estava em fase de divórcio, aquela parte chata de separação de bens. Isso porque me separei há quase um ano, mas aquela praga do meu ex não me deixa em paz. Nunca facilita nada pra mim.

Olho no relógio, e ainda é meio dia. Menos mal. A reunião é uma hora da tarde. Ainda dá tempo de pelo menos preparar o café e arrumar a sala de reuniões. Acho que a bronca não será tão grande assim.

Entro pela parte de trás do escritório. Trabalho em um gabinete de um vereador. Cássio, além de vereador, também é médico. Mas vamos ser sinceros... Ele está pouco se fodendo para os eleitores e a situação do país. E desde que trabalho aqui, percebo que a maioria também não está. Sempre acompanho conversas entre políticos, e é a mesma coisa. Só visam dinheiro.

Vou direto para a cozinha, e coloco a cafeteira pra funcionar. Esse é meu trabalho todas as manhãs. Depois, sirvo o Cássio, ou algum convidado. Fico sempre fazendo viagens com ele, e aqui, escrevo seus discursos, mando convites, e etc. Aqui também trabalha a Odete, a mulher da limpeza, mas o café, eu que preparo. Desde que fiz uma vez, Cássio adorou, e pediu que fizesse todos os dias. Faço mesmo porque preciso do emprego, mas às vezes a vontade que tenho é de derramar o liquido quente na cara de pau dele.

Coloco o café, alguns biscoitos, e água no carrinho. Hoje é dia de ele ter reunião com alguns políticos. Então, a sala estará cheia daqui a uns minutos. Não gosto muito de arrumar em cima da hora, já que odeio ser o centro das atenções, e eu fazendo mais cedo, chego antes do que todo mundo.

Meu celular toca, e a foto da Dalila, minha amiga, aparece na tela. Atrapalhadamente, atendo.

– O que foi?

Pergunto, e ela resmunga.

– Credo! Quanto mau humor!

Apoio o celular com o ombro, apertando contra a orelha.

– Não foi você que estava louca pra tirar o atraso e acabou dormindo com o cara que não aguentou mais do que cinco minutos.

Ela gargalha.

– Além do mais, hoje dei um basta no Luciano. Acabou de vez.

– Pelo bom Deus, Gabi! Você não tem dó do Luciano?

– Nem um pouco.

Escuto minha amiga bufar do outro lado da linha.

– Mas o que me interessa nesse momento é o Juliano. Tenta sair com ele de novo. O coitado deveria estar nervoso por sair com você. Dá uma segunda chance.

Arrasto o carrinho até a sala de reuniões no final do corredor. Está tudo, aparentemente, silencioso. Sinal que estou sozinha.

Empurro a porta com a minha bunda.

– Não... – Falo – Não quero mais sair com ele. Inferno que homens não se importam se você goza ou não.

– Isso é verdade!

Concorda.

– Ele foi mais rápido do que o Flash. Entrou, e saiu. Mal deu tempo de sentir alguma coisa. Acabarei comprando um vibrador e...

Uma doce tentação (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora