Capítulo 14

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Pra quem estava sentindo falta do Théo... ♥


Théo


Eu sei que fui um imbecil me afastando da Gabriela esses dias. Porém, precisava dessa distância. Era necessário me afastar por uns dias. Não sei o que deu em mim pra beijá-la, e principalmente, daquela forma. Gosto de estar com ela, mas ficou tudo confuso. Não quero que ela espere demais de mim. Não vou ser um homem dos seus sonhos, ou qualquer coisa do tipo. Um sexo, talvez, seria o suficiente pra mim. Pra ela, eu já não sei. Ela é solta, liberal, mas ainda sim fico com o pé atrás.

Chego à casa do meu pai, e ele me recebe com um sorriso satisfeito. Amo esse meu velho, de verdade, mas vivo afastado por causa dessa mulher que ele arrumou.

– Meu filho, estava mais do que na hora de aparecer!

Respondo seu abraço, e o acompanho até a sala.

– Tenho novidades.

Sento-me no sofá, e espero que ele fale.

– Vou conseguir colocar você pra trabalhar para as próximas eleições.

– Isso de novo? Eu já falei que não quero.

Estou farto dessa insistência.

– Acho que você deveria dar uma chance pra tentar.

Minha irmã fala, aparecendo de uma vez.

Nara é linda! Somos bem parecidos. Cabelos negros, olhos castanhos claros, e com a mesma altura. Qualquer pessoa diria que somos gêmeos, mas não. Sou um ano mais velho do que ela.

– Finalmente apareceu, hein?!

Falo, e ela senta ao meu lado, apoiando a cabeça no meu ombro.

– Sério Théo. Tenta entrar no ramo. Você é tão descarado, que vai se dar bem.

Dou um beijo na sua cabeça e levanto.

– Eu vim aqui só pra ver como o meu pai está. Não sabia que teria uma reunião.

A empregada aparece na porta, e chama meu pai.

– A dona Soraia está esperando pelo senhor no restaurante.

Meu pai se levanta de uma vez.

– Merda! Esqueci que marquei de me encontrar com ela no restaurante francês de um amigo.

Olho pra Nara, e ela revira os olhos.

– Apareçam pra um almoço. E Théo, pense bem.

Ele se despede e sai.

Ando até o jardim com minha irmã.

– Ele parece enfeitiçado por essa mulher. Odeio isso. Nunca posso fazer nada pra mudar.

Nara fala inconformada.

– Eu já desisti. Não tem jeito.

– E você, o que anda aprontando? Levou alguém para o casamento?

Esperta.

– Não se faça de doida, porque na certa, Vanessa contou pra você que fui com uma amiga.

– Uma amiga, Théo? Você não tem amiga.

– Tenho você.

– Sim, mas somos irmãos. Sou uma carta fora do seu baralho. Por Deus! Odeio cafajestes.

Uma doce tentação (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora