Capítulo 11

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Théo


Minha noite tinha tudo pra ser maravilhosa. Pra ser bem sincero, perfeita. Gabriela consegue levantar o astral de qualquer um. Só não imaginava que a piranha da Eliza estivesse aqui também. Como pude esquecer que ela é amiga da Vanessa? Certo, as duas não são lá tão amigas assim, mas como se conhecem desde crianças, a família da Eliza não ficaria de fora. Ela muito menos. Com certeza veio pra me provocar. Conseguiu. Durante os poucos segundos que ficou parada na minha frente, meu sangue ferveu e meus instintos assassinos pediram pra que eu apertasse aquele pescoço. Até hoje eu a odeio. Não porque eu sinto alguma coisa boa por ela, mas porque odeio mentiras e traições. Posso ser tudo, e ter todos os defeitos, mas não sou traíra.

Caminho para a parte de fora da mansão dos pais da Vanessa. Gabriela está calada, mas não demora muito pra que abra a boca e comece.

– Caramba... Ela é a mulher do vídeo pornô!

Fico surpreso com o que ela diz. Ela assistiu a meu vídeo!

– O que você falou, Gabriela?

Ela morde o lábio inferior, e me parece bem envergonhada. Mas logo isso passa, e ela me lança um sorriso atrevido.

– Tudo bem. Eu assisti a seu vídeo com essa mulher.

Viro-me de frente pra ela, e sorrio.

– Então, quer dizer que andou babando nos meus dotes entre quatro paredes? Está querendo provar também?

Seus olhos reviram.

– Idiota convencido!

– Era só ter pedido. Eu faria esse favor pra você. Ao vivo e a cores.

Gosto de deixá-la desconsertada.

– Vai à merda, Théo!

Gargalho.

Ando com ela até o jardim, à beira da piscina. Algumas mesas e cadeiras estão dispostas aos convidados também, mas poucos estão por aqui. Somente alguns casais conversam, ou namoram.

Um garçom passa, e ela pega mais uma taça.

– Vai com calma, Gabriela!

– Estou indo.

Ela senta numa cadeira a beira da piscina. Daquelas deitadas, perfeitas pra mulher deitar e pegar um bronze. Sento-me na mesma, mas ficando a sua frente.

– Então ela é sua ex?

Porque ela não pode falar qualquer outra coisa?

– Não quero falar sobre isso.

– Mas eu quero. Ah! Sou curiosa!

Ela levanta a perna, cutucando meu peitoral com a sandália. Ela acaba deixando o vestido levantar, mostrando sua coxa. Meu olhar desce, esperando que mostre mais.

 – Por pouco vejo sua calcinha. Não que eu fosse reclamar. Jamais!

Bufa.

– Como se já não tivesse visto algo mais.

Realmente. Nunca tinha feito o que fiz naquele dia. Nunca dei um banho em uma mulher sem ter trepado com ela antes. Também não tive muita escolha. Não a deixaria deitar na minha cama toda suja. Foi bem tentador olhar seu corpo e não poder fazer nada. Nunca tocaria numa mulher com segundas intenções se ela tivesse desacordada, o que era o caso da Gabriela.

– Vamos lá, Théo. Não imagina o quanto fiquei curiosa pra saber dela.

Insistente.

– Pelo que entendi, ela traiu você.

Uma doce tentação (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora