Capítulo 6

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Finalmente minha internet voltou! \o/ Espero que curtam o capítulo. ♥



Gabriela


Chego em casa, e Dalila está se alongando. Todos os dias ela vai assiduamente pra academia. Também pudera, pra manter o corpo que tem, só assim mesmo. Eu até tentei ir algum dia com ela, pra ver se ganho massa muscular, mas não tenho a mínima disposição. Gosto do meu corpo. Não tenho muito do que reclamar. Só um defeito aqui, outro acolá.

Olho-me no espelho e lembro-me do que o Théo falou. Bastardo! Como se pra ser sexy precisasse de um par de seios pulando da blusa.

Meu telefone toca, e é minha mãe. Há dias não falo com ela, Deve estar louca comigo.

– Oi, mãe!

Sento na cama, e começo a me livrar dos sapatos.

– Gabriela, onde diabos você se meteu? Há dias não me faz uma ligação pra dizer que sobreviveu a mais um dia em cima daquela lata de duas rodas. Sou sua mãe, e me preocupo. Sabia que esse negócio de morar em outra cidade daria nisso.

Ligo o viva voz, e deixo o celular na cama enquanto tiro a roupa.

– Você nos abandonou. Não lembra nem de mim, nem do seu pai. Morremos de saudades, e você não arranja um dia pra ficar conosco. Quando não está trabalhando, está nas ruas distribuindo sopas. É filha única, não pode fazer isso com a gente.

Sim, essa é a senhora drama.

Pego o celular e coloco no ouvido.

– Mãe, deixe de dramas. Eu só ando correndo demais.

– Mentira!

– Sério! Mas tirarei um dia pra visitá-los. E pare de dizer que não ligo pra vocês. Eu amo muito os dois, só que tenho minha vida. Precisa entender isso.

Escuto a voz do meu pai do outro lado.

– Ignore Gabi. Isso é sintoma da menopausa.

Ele gargalha, e escuto minha mãe resmungar.

– Fiquem tranquilos, que assim que meu patrão for gentil, e me liberar, eu irei passar um final de semana por aí.

– Vou fazer de conta que eu acredito nisso. Mas me diga como estão as coisas por aí?

Começo a contar sobre o divórcio, que finalmente deu certo. Falo sobre os bens, e que vamos dividir o dinheiro da venda do apartamento. Ficarei com setenta por cento, já que deixei os móveis pra ele. Não tinha onde colocar mesmo. Estou morando com a Dalila, e ainda não encontrei um bom lugar. Minha amiga ofereceu pra que eu que ficasse aqui, mas ajudo com as despesas e a taxa de condomínio. Ainda por cima, é melhor do que viver sozinha.

– Foi melhor assim, minha filha. Nunca gostei do Luciano.

– Eu sei.

Meu pai repete a mesma coisa do que ela.

– Mande um beijo pro meu pai. Que em breve estarei aí pra encher a careca dele de beijos.

– Assim espero. Amamos você, Gabi.

Desligo o celular e vou tomar um banho.

Amo esse amor que os dois sentem por mim, o cuidado. Mas convenhamos, minha mãe exagera. Sempre teve excesso de cuidado, e por ela, jamais teria me deixado mudar de cidade. Foi melhor assim. Tenho a liberdade que gosto. Se morasse com eles, jamais poderia beber e me divertir como faço.

Uma doce tentação (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora