Continuação...
Então Alice conseguiu o que queria, em um simples ato de disfarce se passando por amiga, convenceu a coordenadora de que uma garota inocente era a culpada, e não foi como pensei, ela não desistiu tão fácil... Agora, por qual motivo ela defenderia tanto aquela garota?
Me aproximei da coordenadora e de Alice, sem medo. Eu deveria provar, ou pelo menos tentar, convence-la de que ela não havia feito exatamente nada:
-Já dissemos, Lauren não tem culpa. Rebecca é a culpada! -Murmurei, enquanto fuzilava Alice pelo olhar.
-Vocês são! Vocês a provocam, passando dos limites. Vocês tratam-a como um nada, isso acaba com seu auto-estima. -Alice retrucou.
-O que você tem haver com isso? Hein? Diga-me. -Perguntei.
-Tenho tudo haver, pois sou do "grupinho" de vocês, com certeza devem pensar que eu faço parte disso. É sério, gostariam que isso fosse com vocês? Imagina acordar toda manhã, sabendo que ninguém irá te ouvir, e todos virarão as costas. Deve ser ruim, certo? -Ela provocou.
-Imagine agora, chegar em um lugar e vir uma pessoa com mil perguntas, começar a se intrometer, agir com infantilidade e intimidade com alguém que nem conhece. Deve ser ruim, certo? -Retruquei.
-Estúpida! -Alice me empurrou. -Desde que você chegou na escola tudo virou um caos. Deve ter sido você quem gerou essa inimizade toda. -Ela completou, me deixando de braços cruzados.
-Chega! -A coordenadora interviu, nos afastando. -Cada um em seu lugar, antes que o assunto fique sério. Vou dar um jeito nisso! -Ela respondeu, saindo da classe.
A coordenadora saiu, ainda bem, enquanto eu, Lauren e Alice nos sentamos em nossas devidas carteiras. Em seguida, o professor de atualidades entrou na classe, ele sempre se atrasa, mas demos sorte por ele não ter aparecido antes e assistido esse barraco todo. A aula dele trata-se de uma conversa com os alunos, não temos lição escrita, nem provas, é tudo oral, o que gera certo alívio entre os alunos.
Ele costuma contar histórias reais, e com ela pega opiniões variadas dos alunos. Também, faz uma roda conosco e faz perguntas para cada um, geralmente perguntando seus problemas e defeitos, e em seguida da melhor forma, ajuda o aluno com o assunto.
Ele se organizou em sua mesa, e em seguida pediu o silêncio da sala. Rebecca logo em seguida entrou, seus olhos estavam vermelhos e seu rímel todo borrado. Estava parecendo praticamente um urso panda...
O corte em minha cabeça permanece ardendo, minha vontade era de me levantar e acabar com a raça dela, mas para isso preciso de um plano... Qualquer coisa que a afastasse, que acabasse com seus sonhos, ou que tornasse sua vida um inferno. Mas, para isso, não posso estar sozinha.
Dizem que o primeiro passo para derrotar seu inimigo, é o conhecendo, sabendo de seus pontos fracos e fortes, seus gostos, seus passatempos, e seus lugares onde frequenta. Só tenho certeza de algo, preciso me vingar dessa garota...
De repente, o professor aumentou o tom de voz, gerando o silêncio entre todos e ganhando a atenção dos mesmos:
-Boa tarde! Todos fazendo uma roda aqui, por favor. -Ele pediu.
Imediatamente, os alunos se levantaram e começaram a arrastar as mesas e cadeiras, juntando todas e agrupando onde foi solicitado. Após tudo estar arrumado, os alunos sentaram-se e em seguida o professor depositou uma cadeira no centro de todas as outras, e lá se sentou.
Ao ganhar atenção dos alunos, logo ele começou a fazer perguntas à nós:
-Gostaria que cada um de vocês falassem apenas um desejo. Qualquer coisa... -Ele pediu, e logo os alunos começaram a pensar.
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Doce Menina Má
ChickLitAlegre e triste ao mesmo tempo? Tudo era apenas um teatro, uma máscara. Em meio de tantas respostas negativas, Julie tornou-se aquilo que ninguém se agradaria em ser. Será mesmo que Julie irá superar toda essa pressão e dar a volta por cima?