Capítulo 13

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- E então? Qual é o plano? – Gabriel pergunto se sentando no banco de trás do carro, ele trazia com ele uma roupa pra usar na festa.

- Não tem um plano. – Jorge ligou o carro. – Nós vamos na casa da Nicolle e perguntamos o nome dos avôs dela.

- Simples assim?

- Simples assim.

- Não é simples, não. – Gabriel se inclinou para frente olhando para mim que ainda não havia dito nada, eu só queria acabar com aquilo rápido. – Se ele for mesmo o grande amor da vida da Cindy ele ainda pode lembrar dela. O que vai acontecer quando ele ver ela?

- Vocês podem, por favor, parar de chamar ele "de grande amor"? – Jorge disse sem muita paciência. – Ele tem nome. – Gabriel e eu nos entreolhamos e rimos baixo, para não deixa-lo mais irritado. – Tá legal, eu vou primeiro falar com ela e se ela for neta deles mesmo a gente decide o que faz.

- Mas a gente tem que ter um plano! – Disse Gabriel.

- Eu concordo. – Me virei para Jorge. – Eu vou estragar essa festa como? E se eu sumir depois de estragar? A gente tem que pensar nisso.

- Droga! – Ele parou o carro. – Eu não consigo pensar em nada. Alguém tem alguma ideia? – Nós olhamos por um tempo mas ninguém falou nada. – Precisa ser rápido, minha avó está esperando.

- Eu tenho uma ideia, mas...

- Qualquer ideia Gabriel! Fala! – Interrompi Gabriel, não era hora de pensar muito, qualquer ideia era melhor que nenhuma.

- Tá bom. – Ele riu. – Eu sempre quis colocar laxante no comida de alguém, sabe? Só pra ver se é como nos filmes, pessoas correndo e todo o alvoroço.

- Sempre quis? – Jorge riu. – Vocês dois são dois loucos.

- Obrigada! – Respondi. – É uma ótima ideia Gabriel! Podemos colocar no bolo e esperar pelos resultados. Com certeza terá bolo, é uma festa! Tudo certo então!

- Tudo certo? – Jorge arqueou uma sobrancelha. – E quando você sumir? A gente faz o que?

- Não é certeza que ela vai sumir. – Gabriel disse sério. – Vamos fazer uma coisa de cada vez.

- Eu vou tentar não sumir... – Coloquei minha mão sobre a dele. – Não sem antes me despedir.

- Olha o clima tá lindo, tá tudo maravilhoso, mas precisamos ir. – Gabriel disse fazendo com que eu e Jorge nos endireitássemos no carro.

- Você é o pior amigo, Gabriel!

- Nossa! Porque, Jorge? – Gabriel perguntou curioso e eu tenho que admitir que eu também havia ficado curiosa com o que Jorge disse.

- Sempre que tá rolando um clima entre mim e a Cindy você fala algo. – Jorge riu. – Não percebeu ainda?

- É verdade. – Disse me lembrando das vezes que Gabriel fez com que eu e Jorge nos afastássemos.

- Credo gente! – Gabriel riu. – Foi se intenção. Eu sou um amor de pessoa.

Jorge ligou o carro e fomos até uma farmácia, pois Gabriel insistiu na história do laxante, a casa da Nicolle não era tão longe e logo estávamos todos parados em frente a ela olhando todo o movimento. Não precisávamos perguntar para Nicolle se os avôs dela chamavam-se Olivia e José, podíamos notar pela quantidade de pessoas saindo e entrando da casa, carregando doces, salgados e itens de decoração que ali aconteceria uma festa, eu estava convencida de que havíamos encontrado aqueles dois.

CindyOnde histórias criam vida. Descubra agora