Desejo inocente

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Mark, um jovem rapaz vivia em uma cidade que até então era considerada uma grande cidade, habitada por muitos jovens da sua idade

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Mark, um jovem rapaz vivia em uma cidade que até então era considerada uma grande cidade, habitada por muitos jovens da sua idade. Mark com apenas 15 anos já passava por conflitos internos, não se encaixava no meio dos seus amigos, nessa época todos eles experimentavam o sabor do beijo. Aqueles beijos ardentes e quentes em que ao vê-los se arrepiava e sentia algo estranho - ora o que acontece comigo, porquê não sinto desejos embora queira também eu descobrir o sabor do beijo? - dizia Mark.

Seus amigos, Will, Nateliê, Rose, Myre e Van zombavam da situação, dizendo que para beijar alguém ele precisaria tomar atitude e querer. Will, o mais próximo sempre contava vantagem. - Perdi meu "bv" (boca virgem como popularmente era chamado na época) com 12 anos, ontem mesmo peguei em uma bela menina, de corpo escultural, seu beijo era ótimo, não paramos de nos beijar um minuto se quer, dizia Will. Este tal como o príncipe desejado por todas, seus olhos azuis claros, quase se via o céu por eles, seus cabelos dourados, e seu corpo atlético esculpido em linhas sinuosas, com um abdômen definido e suas pernas grossas e torneadas.

Suas amigas, e também colegas de escola perguntavam-o quando ele chegaria em alguma menina para então realizar seu desejo de sentir aquele sabor que só um beijo lhe traria. Nateliê era a mais empolgada e atirada com o assunto e lhe impunha: - Se você não perder o "bv" todos acharão que você é gay, e não terá mais paz! Mark recebeu esse comentário como uma bomba.

- Não jamais, replicou ele, sou normal como todos, só não me sinto preparado ainda. Encabulado era visível que em sua fala isso não era verdade.

Mark então se sentia perdido nesse momento onde todos lhe pressionavam. Inclusive em sua casa, já que sua família lhe propunha que ele deveria pensar apenas nos estudos, nada de namoro, pois sabiam que jovens como ele se perdiam em aventuras com namoricos e não tinham o menor interesse em pensar no futuro, tal fato acontecera com seu irmão Paul, que já havia largado os estudos e vivera perdido em meio a romances e aventuras que não passavam de meses. E para completar e o deixar mais inseguro, alguns diziam que ele deveria ser padre, já que desde muito jovem fielmente participava de momentos ecumênicos. - Ora as pessoas querem tomar as decisões por mim, me deixam em paz porra! Não veem que não é tão fácil quanto parece, não quero ser padre, não quero beijar ou namorar uma garota - já que não sentia nenhum tipo de atração - minha cabeça ferve e não aguento mais, pensava ele revoltado.

Em um desses pensamentos Mark se questionou: - Eu sou gay? Não! Não é possível, eu me masturbo junto ao Will vendo filmes pornô. Não... Que pensamento mais sem conjuntura, como sou idiota, tal como ele sou hétero!

Qual adolescente não sentiu tamanho desejo sexual, vendo alguma influencia apelativa e sexual? Mark e Will eram amigos de infância e pensavam o mesmo, juntos iam escondidos comprar filmes porno, já que naquela época não havia tanto acesso a internet, se sentiam o máximo em comprar e revezavam em qual casa assistiriam. Como de costumes ao verem esses filmes, nus se deleitavam em uma deliciosa punheta, exploravam seus corpos , com muito tesão  em meio a gemidos gozavam e sentiam suas porras quentes escorrem pelos seus corpos, juntos suspiravam forte e ofegantes enquanto se limpavam e vestiam-se.

Mark no entanto nunca se dava por satisfeito, louco de desejos e sozinho punhetava-se novamente lembrando a cena onde o Will e ele gozavam de prazer. Logo em seguida seu tesão se controlava, mas não seus desejos.

Mark em um dia comum de aula foi abordado por seus amigos dizendo:

- Encontramos uma menina afim de você! Mark logo descobrira que sofria de ansiedade, pois seu coração acelerou, sua cor mudou, suava frio e sentia arrepios na espinha, muito nervoso replicou:

- Não! Eu não quero, nem sei se vou curti-la!

Então a zombaria tomou vez, logo todos a sua volta o zoavam chamando-o de "veado", "bixa", seus amigos responderam-o:

- Deixa de ser besta, é apenas um beijo, para você perder o bv!

E em meio ao nervosismo ele retrucou:

- E quem disse que eu nunca beijei? Eu gosto de outra pessoa!

Para provocá-lo perguntaram quem era e se também era um "veado", pois nunca o viram olhando para ninguém, ou andando com alguma menina, a não ser suas amigas. E para calá-los: - É uma menina da minha igreja, é de fora, ninguém a conhece, dizia ele ainda muito nervoso e tremulo a todos que o cercavam.

Desde então ele não tinha mais paz na escola, aqueles que zombaram da sua atitude o perseguiam querendo detalhes sobre quem era, já que agora Mark diariamente era achincalhado como veado, bixa, florzinha, chupador de rola e etc. Manifestavam as mais idiotas brincadeiras, desenhavam pênis em sua cadeira e carteira, seu caderno, seus livros, passavam a mão em sua sua bunda, ao ir ao banheiro, diziam que entrou no banheiro errado, e ainda os meninos afirmavam que ele espiava os seus paus quando lá adentrava. Sua vida se tornara um inferno, e seus temores só pioravam, - se isso cair nos ouvidos da minha família estarei morto - pensou Mark.

Seus amigos tentavam suavizar a situação, dizendo que ele deveria encarar apenas como "zoeira" já que recusara ficar com a garota a qual por ele esteve afim, ou ainda se quisesse que parassem de lhe provocar, que então dissesse quem era a tal menina, ou beijasse outra qualquer. Mark em desespero contou uma enorme mentira, iludindo a todos de quem era, descrevendo uma pessoa qualquer. Entretanto não ficaram satisfeitos, porém por sobreaviso da diretora, já que por meio de professores chegou aos seus ouvidos tal situação, diminuíram os insultos.

Mark ainda preocupado não queria mais permanecer naquela escola, pois pensava que essas brincadeiras poderiam chegar aos ouvidos de seus pais, e a situação seria devastadora, então decidiu que sairia de lá. A decisão não foi bem recebida por seus amigos que o colocara contra a parede, retratando a situação diziam: - Se você sabe que isso não é verdade, enfrente o problema, mostre o que de fato é. Mark nada respondeu, preferiu manter-se em silêncio e apenas acenava com a cabeça baixa em sinal de concordância em meio a suspiros de insatisfação, uma vez que sua decisão já estava tomada e que não iria muda-la.

Perto das férias escolares, e já pleno de sua decisão de no próximo ano mudar de escola, Will após uma tarde de ardentes e quentes punhetas, colocou: - Cara conheço varias minas, já peguei umas cem, vou te arrumar algumas, você precisa de chana! Assim para de frescura no cu e não muda de escola e continuamos na mesma turma.

Mark ficou espantado e novamente sem reação, apenas acenou com a cabeça concordando, e pensava consigo, se Will já havia transado e extremamente frustrado e abalado com aquela fala, Mark foi para casa, sem entender o sentimento que lhe tomara naquele momento, não entendia seus próprios pensamentos, sua cabeça pesava em meio a tanta pressão sofrida. Ao chegar em casa, tomando banho chorava, se encontrava perdido, sua vontade era sair correndo, pois não entendia o que com ele estava acontecendo, já deitado, cansado de tudo aquilo, dormiu profundamente.

CIDADE VAZIA (Romance Erótico Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora