Time After Time

Abril, 2011.

Oláá galerinha das fics. Olha eu aqui de novo, fala sério eu tô de cara comigo mesmo pela rapidez com a qual estou atualizando a fic. Eu penso, "ok vou escrever os caps e postar só depois, porque assim vai acumular capítulos e isso é bom" mas dai eu termino de escrever e fico loca pra postar, não me aguento kkk
Então gente, esse capítulo foi bem difícil de escrever, todos são, mas esse em particular pois abrange algo bem delicado e porque ficou pesado, mais pesado do que eu imaginei que ficaria. Porque às vezes rola isso de você imaginar o capítulo de uma forma e na hora que escreve ele cria uma vida própria surreal, e esse cap aconteceu um pouco disso.
Eu quero lembrar a vocês que: Essa fic é basicamente sobre a vida, sobre amadurecer, se tornar adulto e sobre as coisas que acontecem ao longo desse processo que vão te transformando como pessoa. Então, vocês podem achar ruim que seja mais um capitulo bastante dramático, no entanto, ele é muuuito essencial a fic.
Espero que vocês compreendam isso, kk.

Tem música no capítulo de hoje. A música é Don't Cry do Guns n Roses, mas IMPORTANTE, escutem preferencialmente a versão dessa música com a letra alternativa, porque sei lá, eu gosto mais, acho que se encaixa melhor no capitulo e porque eu era essa que eu tava escutando enquanto escrevia HAHAHA, caso alguém não encontrar essa versão pode escutar a outra, mas é só jogar no google "Guns n Roses - Don't Cry alt lyrics" escutem ela do "play" até o final do capítulo dai. 

Por fim, saliento que os próximos capítulos vão ser mais light e até mais felizes.  
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Quando era pequena e ainda morava em Cuba Camila tinha um cachorrinho de nome era Red. Infelizmente tiveram que deixar o animal quando partiram do país para o México, antes de irem aos Estados Unidos.

Camila lembrava-se de ter pedido a sua avó para que cuidasse do cão, com muita dor no coração. Alejandro a consolou, assegurando-a que assim que estivessem estabelecidos em uma boa casa iriam ter outro cachorro.

A latina não sabia por que, mas lembrou-se desse fato de sua vida naquela manhã de sábado ensolarado, enquanto observava o jardim de sua casa pela janela da sala.

- Por que nós nunca mais tivemos um cachorro? – Questionou o pai, sentando-se no sofá a sua frente.

- Porque você não quis! Eu te ofereci um de presente no seu aniversário de 8 anos e você recusou. Disse que o Red era insubstituível e que você jamais teria outro cachorro. Criança estranha você era.

Camila suspirou, lembrava-se vagamente de ter recusado o presente.

- Acho que eu gostaria de ter um cachorro agora! – Constatou por fim.

- Sua mãe certamente nos mataria. – O homem respondeu sem desviar os olhos do jornal em suas mãos. – Ela passou anos cuidando do jardim.

Camila refletiu em silêncio por algum momento.

- Por que ela é assim? – Questionou por fim.

- Sua mãe? – O homem abaixou o jornal para encará-la. Camila confirmou com a cabeça. – É complicado... Às vezes a vida é um pouco dura com as pessoas, as obriga a serem duras também e sua mãe passou por muitas coisas.

- Você passou por muitas coisas também! – Camila contestou.

- Criança! Você está querendo dizer que eu não sou duro? – Pergunto com olhos desafiadores.

Camila soltou a gargalhada que lhe subiu a garganta.

- Você é um molenga! – A garota desdenhou e foi atingida por almofadas voadoras.

Alguns risos a ataques depois Camila conseguiu sentar-se novamente no sofá e encarar o pai com seriedade.

- Falando sério pai... Você também passou por muitas coisas e nem por isso se tornou essa pessoa fria e seca. – Camila apontou com pesar.