Time After Time

Novembro, 2011.

Oláá galerinha das ficssssssss. Voltei.
Esse capítulo, aff gostei tanto do final, queria sentar e abraçar ele.
Eu PRECISO, MUITO, MUITO mesmo que vocês escutem a música dele quando aparecer o 'play' é serio gente, vai fazer toda a diferença, vai ser muito melhor, se não for eu sinto muito, mas certeza que fará.
A música do capitulo é Gravity- Sara Bareilles. Deixem ela preparadinha ai no player de vocês.
Espero que vocês gostem. 
Gente, outra coisa importante: se vocês visualizarem algum erro, de qualquer tipo me avisem, ok? As vezes eu reviso os capítulos igual a minha cara.
Enjoy.  

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"Tudo passa" era a esse pensamento que Camila se agarrava nas horas mais difíceis. "Tudo passa" ela repetia e acalmava a si própria.

A plena consciência de que tudo passa é extremamente acalentadora. É com essa certeza que se deve encarar a vida. Absolutamente tudo passa: os momentos bons passarão, aproveite-os. Os momentos ruins passarão, resista-os.

Camila resistia.

Não só resistia como fazia com que sua mãe resistisse também.

Mais de seis meses depois da morte de seu pai as coisas estavam, dentro do possível, seguindo seu rumo.

Sinu fazia-se de forte perante a filha, como sempre, mas no fundo Camila sabia que ela sofria e chorava todas as noites. Não havia nada que pudesse fazer quanto a isso, não existe poção mágica para a dor, ou milagre curador, mas Camila esforçava-se.

Nos primeiros dias sua tia viera de Cuba e permanecera por ali algum tempo, era bom, principalmente porque ajudava sua mãe a se distrair. No entanto, quando a mulher foi embora Camila deu-se conta de que sua mãe era, na prática, toda a família que lhe restara.

Então ela fez a única coisa que se podia esperar de uma filha.

Dedicou-se.

Todos os dias.

Incansavelmente.

A mulher não era nada fácil, porém Camila já esperava por isso, sua mãe era a pessoa mais geniosa que conhecia, e isso por vezes a irritava profundamente. No entanto, contava até dez respirava fundo e ia em frente. Buscava inspiração no seu pai, lembrava-se constantemente da calma e paz de espírito que o homem tinha. Desejava profundamente ter herdado essas características dele.

De qualquer forma, Camila conseguia alcançar seus objetivos. Aos poucos passara a entender melhor sua mãe e a forma de pensar dela. Isso facilitava. Aprendeu a lidar melhor com a mulher e a assim a convivência gradativamente melhorou.

Sinu, obviamente, não era nenhum monstro, apenas olhava a tudo com olhos de objetivismo. Camila deu-se conta que precisaria sempre usar de argumentos racionais e metódicos para com ela. Se quisesse que ela se levantasse não eram pedidos e carinhos que a convenceriam eram as compras no mercado que precisavam ser feitas, era o carro que não iria para o mecânico sozinho, ou a necessidade de resolver os problemas no banco.

Ainda assim, sempre que possível buscava inserir um gesto de carinho e delicadeza com Sinu. A mulher aos poucos passará a lhe retribuir, mas Camila deu-se conta de que essa era muito mais uma necessidade sua do que da mãe.

Sentia necessidade de carinho e atenção, de sentir-se amada. Apegou-se mais do que nunca aos amigos, que sempre presentes a ajudavam com absolutamente tudo.

Jacob principalmente. O rapaz desdobrava-se de todas as formas possíveis: para ajuda-la com as coisas de casa, com as coisas da faculdade, com sua mãe, estava presente nos dias bons e nos momentos críticos. Sua admiração e gratidão pelo garoto, que já não eram pequenas, aumentaram de tal forma que Camila concluiu jamais ser capaz de agradecê-lo a altura.