Time After Time

Setembro, 2015. VI

Oláááááááá galerinha das fics.

DESCULPA A DEMORA.

Demorei eu sei, mas pra compensar trouxe um capitulo ENORME pra vocês (enorme mesmo é o maior de todos que a fic já teve k)

Tem 3 músicas no capitulo de hoje:

1. Million Reason - Lady Gaga
2. Delicate - Damien Rice
3. For Blue Skies - Strays Don't sleep

ATENÇÃO: Eventuais erros favor indicar para que eu possa corrigi-los. 

AAAAH, vamos fazer um acordo? Se forem comentar no tt usem >> #TimeAfterTime ??
Tá cada vez mais dificil achar os comentários de vcs lá. kk

Espero que vocês gostem do capitulo, ele não é um dos meus preferidos. Gostei só do final.Quero que vocês leiam com atenção porque ele é cheio de detalhes. Leiam as entrelinhas e tudo que fica no ar.

Enjoy <3 
~~~*~~~

O tempo é um dos deuses mais lindos, é o que costumam dizer. O que pouco se ouve é que ele é o deus mais forte, porque a força do tempo advém de tudo aquilo que ele que guarda: As verdades.

Nada e nem ninguém conseguiria ser mais forte do que aquele que possui todas as verdades.

As verdades do tempo são as respostas que todos os humanos anseiam, é por isso o clamor em seu entorno. "Só o tempo dirá a verdade", "o tempo é o senhor da razão", "o tempo é o mestre de tudo", "dê tempo ao tempo", os homens, de fato, exaltam tudo aquilo do que sabem depender. O envaidecem, com a vã esperança de fazê-lo se revelar, mas o tempo é o deus mais forte, ele se dá ao direito de ser, incorruptivelmente, soberbo. Nem mesmo o mais apelativo dos homens seria capaz de fazê-lo abrir mão de sua soberania.

No esplendor de sua força, por óbvio, ele há de agir sobre todas as coisas que compõem o mundo, no entanto, não esconde sua preferência pelas relações pessoais. É onde ele mais gosta de se exibir. Presunçoso, faz questão de mostrar seu poder no lugar onde os humanos mais o desejam, é que ele não se contenta com pouco, gosta de causar impacto ao revelar suas verdades.

Talvez, seja exatamente por isso que, entre todas as relações, ele se atenha com mais cuidado àquelas que sofrem. É nelas que ele mais age, é sobre elas que ele se impõe com mais força, porque sabe que é ali onde habita o verdadeiro desespero dos homens.

Ele se aproveita de corações partidos, de amores quebrados, de amizades rompidas, de casamentos enfraquecidos, de bases familiares desestruturadas, ele vai onde houver caos, sensibilidade, porque ele gosta de ser sentido. Ele é exigente, no entanto, não se pode esquecer que, ainda assim, ele é um dos deuses mais lindos, é o que costumam dizer. Porque, apesar da vaidade ele é benevolente, ele é o dono das verdades, das respostas que resolvem, ele é voluntarioso, mas não é egoísta, ele as mostra, quando e como bem entende, mas as revela. Ele é para as relações que sofrem a solução e ele não se omite em resolvê-las. Ele as cura, ou as extingui.

Diariamente, é isso que ele faz. Afasta em definitivo e rompe por completo os elos desgastados, ou pega os laços, que de tão frouxos alguns já consideravam desatados, e os refaz, remenda-os. É por isso, que quando pensamos no tempo a definição que nos vem em mente é que existem as coisas que ele finda e as que somente ele conserta. São dois caminhos, duas realidades possíveis, duas opções e só o tempo responde qual delas é a verdadeira, porque ele é o deus de todas as verdades.

Ao longo dos anos da vida, todos têm, ao menos uma vez, relações que padecem. Diante delas eles perambulam entre esse dilema temporal até que se agarram naquela opção que acreditam ser a certa. É por isso que ao fim do dia, bem ao finzinho, já no fechar dos olhos vencidos pelo sono e cansaço, há algo de comum em todos os homens. Trata-se de um fio revestido de lucidez, que cintila dentro de cada um de nós. É um ínfimo filete de consciência, fino e fraco, mas que, no entanto, intercede em toda sua glória de último sobrevivente, para que entre as realidades possíveis estejamos do lado da que prevalecerá. Implorando para que não tenhamos empenhado energia demais nas relações que se despedaçam e rezando para que consigamos continuar firmes por aquelas que hão de se refazer.