Setembro, 2015. V.

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OLÁÁÁÁÁÁ GALERINHA DAS FICS.

Okay, primeiro que preciso pedir formalmente desculpas para a @kcestrabao pelo meu atraso e por ter estragado todos os planos de semana, me sinto péssima, mesmo! Amei a dedicatória no capitulo de Ascéncion, retribuo a gentileza dedicando este capítulo para você. Obrigada por ter surgido com tantos planinhos do mal <3

O capítulo de hoje tem duas músicas maravilhosas:
1. Broken Roots - Michl (essa música foi indicação de uma @, eu vacilei na hora e não gravei o @ da pessoa e agora queria agradecer e não tenho o @ gravado eu to chorando sim. kk Obrigada, a propósito, me ajude a lembrar quem é você e acuse-se lá no meu twitter, pfvrzinho)
2. Run - Rhodes.

ATENÇÃO: Erros, favor indiquem! Inclusive os não ortográficos kk
Enjoy <3  

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A primeira vez que Lauren viu Camila Cabello ela estava correndo, passou como um tiro de canhão ao seu lado. Camila nem se quer a viu. Não é irônico? Ela passou correndo por Lauren e de repente foi como se por toda sua vida a partir daquele dia Lauren corresse tentando fugir dela, ou corresse tentando alcançá-la.

O fato é que, não importa o quão rápida Lauren podia ser Camila sempre ganhava.

Às vezes, Lauren parava para pensar nessas ironias do destino, acreditava que Camila fosse a grande ironia da sua vida.

Camila, por si só, vivia em uma ironia. Diz-se, quando há uma diferença entre o desejo humano e a realidade do mundo, que há uma ironia cósmica. Portanto, toda a existência de Camila era uma ironia cósmica. Ela vivia, constantemente, numa disparidade entre seus desejos e a realidade do mundo ao seu redor.

Durante muito tempo o que Camila desejou era que Lauren viesse ao seu encontro, mas a realidade era outra e ela viu, ano após ano, Lauren correr dela, ao invés de correr para ela. Como prova de que viva numa ironia cósmica infinita, seus desejos mudaram e tudo que queria era Lauren longe, no entanto, a realidade, mais uma vez, não se curvou aos seus desejos e agora Lauren parecia estar em todos os lugares.

Camila voltou para casa depois de uma noite mal dormida no sofá de sua mãe. Sinu insistiu para que a filha dormisse com ela, já que o quarto que costumava ser de Camila estava entulhado de coisas, mas a latina preferiu não arriscar. Só uma coisa seria pior do que falar o nome de Lauren dormindo ao lado de Jacob: falar o nome de Lauren ao lado de Sinu.

Assim que entrou observou em cima do sofá da sua própria sala seu travesseiro e uma coberta, deixados ali por Jacob.

- Eu achei que você voltaria para casa durante a noite. – O homem falou simples.

Camila não percebera que ele a assistia e assustou-se, como se pega no flagra. Jacob cruzou do quarto para a cozinha e a mulher permaneceu imóvel no centro da sala, refletindo se o gesto era uma gentileza pura, ou uma forma de Jacob sinalizar que sabia da sua preferência em dormir no sofá da sala. De qualquer forma, aquilo a fez se sentir culpada.

Jacob exercia sobre Camila um poder que ela não sabia identificar de onde vinha, tampouco ele saberia. Ninguém conseguia lhe atingir como Jacob. Camila tinha a sensação constante de insuficiência, era como se ela pudesse oferecer o mundo a ele e, ainda assim, não seria o bastante. Não que Jacob a cobrasse algo, aliás, ele não a cobrava nada, talvez esse fosse o problema. Porque se ele cobrasse Camila saberia o que oferecer e saberia ser o suficiente. Na maior parte do tempo Camila acreditava que a necessidade de se doar a ele era boa, procurar dar o melhor de si para alguém, especialmente quando esse alguém é seu marido, não pode ser ruim. No entanto, em momentos como aquela manhã achava tudo aquilo muito ruim, sentia que nunca daria ao homem o que ele merecia.

Time After TimeOnde histórias criam vida. Descubra agora