Outubro, 2015. I.

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Oláááááááá galerinhas das fics.


Olha quem voltei rápido weeeeee :) // mas o capítulo tá menor aaaaaaaah :(

Brincs.

Gente tem uma musica no capítulo hoje:
1. I Shall Believe - Shryl Crow 

Gente, tenho uma fic linda para indicar pra vocês: A Fortunate Stroke Of Serendipity (procura no wattpad, vale a pena e vou divulgar no twitter tbm) a Babs tá de parabéns pela fic, que tá maravilhosa de linda.

Agradecimento especial para a Mariana, linda demais, mas atualiza 1blmoon pfvr, nunca te pedi nada nessa última hora. E a Bea. Obrigada meninas <3

CAPÍTULO DEDICADO AS MENINAS DE MEDICINA E ENFERMAGEM QUE ME AJUDARAM NAS PESQUISAS: A ADRIANA, A GIOVANNA E EM ESPECIAL A LUIZA QUE DISCUTIU LONGAMENTE COMIGO DURANTE A SEMANA E INCLUSIVE NA ESCRITA DO TEXTO EM RELAÇÃO A CONDIÇÃO DA ALLY.  MUITO OBRIGADA DO FUNDO DO MEU CORAÇÃO. 


Enjoy <3
~~~*~~~

Lauren segurou firme em uma das mãos de Allyson e ofereceu o sorriso mais reconfortante que manejou esboçar. Estava angustiada desde que acordara aquele dia e a sensação só aumentara ao chegar ao consultório obstétrico, onde acompanhava Ally. O local fechado, em que realizavam o ultrassom em 3D que a médica julgava necessário, não ajudava em nada.

- Isso levará apenas um instante! – A médica, uma mulher de cabelos ruivos e já beirando a meia idade, informou.

- O resultado sai na hora? – Lauren questionou curiosa.

- Não! É como eu expliquei para vocês... Eu prefiro refazer os exames antes dar um diagnóstico. – Deslizou a sonda do ultrassom pelo abdômen de Ally. – No entanto. – Desviou os olhos do monitor, que mostrava as imagens capturadas pelo aparelho, para a mulher deitada na maca. – Eu não acredito que vá ser muito diferente do primeiro diagnóstico. Ao menos, não a julgar pelas imagens que estou vendo aqui.

Lauren apertou ainda mais a mão de Ally, torcendo para que, de alguma forma, sua força pudesse passar através de seus dedos para os da amiga. O resto do exame foi realizado em silêncio. Ao fim, a médica limpou o excesso do gel usado na barriga de Ally e ofereceu o banheiro do consultório para que ela pudesse se limpar melhor.

Lauren acompanhou a mulher de cabelos vermelhos até sua mesa novamente onde sentaram-se a espera de Allyson.

A morena consultou o horário em seu celular. Ainda daria tempo para pegar metade da aula de Camila e a seguinte, que era muito menos interessante e lecionada por um professor deveras irritante, de fotografia publicitária. Ally não demorou a voltar sentou-se na cadeira ao lado de Lauren e respirou pesado.

- Eu não quero dar falsas expectativas a você... – A médica começou. – Nós vamos aguardar o resultado dos exames, vamos reavaliar, mas ao que tudo indica o primeiro diagnóstico é confiável. O útero Didelfo, popular conhecido como útero duplo, é uma má formação muito incomum, 10 a cada 20 mil mulheres nascem com essa condição, que por si só já dificulta a gravidez. Porque a mulher tem dois úteros, mas eles são muito pequenos e não comportam o desenvolvimento completo de um bebê. Ou seja, pode-se engravidar porque há ovulação normalmente, então haverá a fertilização. No entanto, geralmente no processo de nidação, que é quando o embrião se fixa na cavidade uterina, ou ainda algum tempo depois disso, ocorre o aborto espontâneo, como já ocorreu com você, pois o útero possui um tamanho insuficiente para carregar um embrião. Há casos de algumas mulheres com essa condição que conseguem levar uma gravidez, com muitos riscos, adiante. Porém, como seu outro médico já deve ter lhe falado, aparentemente, você tem essa condição associada com outra má formação uterina a Insuficiência Istmo Cervical, que é um encurtamento do colo do útero, faz com que o colo do útero seja muito fraco para suportar o peso de um bebê e dilate antes do tempo. Se esse quadro se confirmar, ele é bastante raro Allyson, raro e dificultoso. Te levaria a passar uma vida tentando completar uma gestação, mas, infelizmente, com a prospecção de frustração em cada tentativa. – Ally meneou positivamente a cabeça, já havia escutado tudo aquilo antes a mulher do outro lado a mesa lhe encarou com benevolência. – Talvez, isso que eu te diga agora não seja, exatamente, ético e você pode até achar desrespeitoso ou intrometido da minha parte, mas eu te aconselharia a procurar outros meios. É importante, sabe? É psicologicamente importante. Você quer ser mãe e ficar insistindo numa gravidez, dentro dessas condições, só vai te trazer sofrimento. – Ally meneou positivamente a cabeça mais uma vez. – Nós vamos agendar seu retorno, para que você venha buscar o resultado do exame e para que tenhamos uma conversa final sobre seu provável diagnóstico, enquanto isso comece a procurar e conhecer outras formas. Vai ser bom para você... – A médica finalizou com um sorriso cordial e Ally lhe sorriu sem mostrar os dentes.

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