Do Ringue aos Palcos... Segunda Temporada

Cap.1

Mais uma vez seus grandes cabelos negros atrapalhavam sua visão grudando na testa devido o suor, o que a deixava cada vez mais irritada, mas os prender não era uma opção naquele momento, estava muito atrasada para isso. Com uma mochila grande nas costas, uma rosquinha na boca e o passaporte quase caindo de uma de suas mãos enquanto o celular, ligado ao fone de ouvido, estava na outra tocando uma música extremamente alta, Amy corria o mais rápido que conseguia com o objetivo de não perder o horário do seu voo.

Demorara à acordar naquele sábado, provavelmente por ainda estar acostumada em acordar mais tarde devido o horário da faculdade ser depois do almoço, o que provocou um doloroso chute na quina de sua cama e vários palavrões logo de manhã. Pelo menos ter a certeza de que hoje voltaria para casa fazia com que um pequeno sorriso formasse em seu lábios, infelizmente derrubando seu almoço improvisado. Amy parou por um momento, se xingando mentalmente pela burrice momentânea encarando sua rosquinha quase que inteira no chão, logo respirando fundo e seguindo para a área de embarque.

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Depois de algumas horas de voo, um bebê irritante chorando a viagem toda e uma mulher completamente folgada ocupando o espaço dela e metade do espaço de Amy, a morena finalmente chegou no aeroporto já notando o clima diferente que aquela cidade transmitia. Mal podia esperar para rever seus pais e seus amigos, a ansiedade não cabia dentro de si e a raiva matinal sumiu por alguns instantes ao lembrar das memórias que tinha naquele lugar.

Resolveu passar em uma padaria antes de ir para sua casa e assim o fez, pão de queijo e café, com toda certeza eram a melhor combinação. Já dentro do ônibus refletindo e notando que depois de um tempo as ruas já lhe eram semelhantes às lembranças, deu sinal e foi quase correndo para o pequeno sobrado que tinha tantas saudades.

- Mããããe - Amy entrou já gritando pela mãe que não via a anos, em poucos minutos uma moça muito semelhante a Amy apareceu na sala e correu para abraça-la.

- Meu anjinho - a mãe de Amy falava com muito carinho enquanto afagava sua cabeça - Como você está linda! - ela continuo olhando a morena dos pés a cabeça.

Amy não havia mudado muito fisicamente durante esses anos, apenas as suas pernas que estavam mais grossas e o cabelo estava bem maior, um pouco em baixo de sua bunda. Sua mãe que parecia ficar mais bonita a cada ano que passava, entendia porque seu pai havia se apaixonado por ela, não apenas por sua beleza logicamente, mas por aquele grande sorriso que sempre destacava em seu rosto.

Conversaram quase a tarde inteira, sua mãe perguntava sobre a experiência de ter morado sozinha em outro país, sobre os novos amigos e se já havia arrumado um namorado, o que fazia Amy rir do jeito que a mãe falava, esperando que ela parasse em algum momento para respirar. Até seu pai chegar depois do expediente e começar os abraços de saudades de novo, como tinha sentido falta daquele ar familiar, do carinho dos pais, eles não perderam totalmente o contato durante esses anos, se falando por telefone e por mensagem, mas era tão diferente e muito melhor te-los no mesmo ambiente e poder abraça-los de verdade.

Amy tinha planejado visitar os amigos ainda hoje, mas o cansaço mais a junção do jantar maravilhoso que havia ajudado a mãe a preparar, a fez pensar duas vezes antes de se jogar em sua cama e dormir.

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Amy acordou cedo na expectativa de rever os amigos, saber das novidades e matar a saudade, se trocou o mais rápido que pode, colocando um vestido azul justo nos seios e um pouco mais acima dos joelhos, logo depois se alimentando como se nunca mais fosse ver comida em sua frente e seguiu para duas ruas à cima da sua. Neste momento avistava uma casa que era sua segunda moradia a anos, a morena sabia que o loiro não estaria mais morando na casa dos pais, mas precisava de informações do paradeiro do mesmo. Não demorou para que a mãe do Christian aparecesse e quase a mata-se devido a força que colocava em seu abraço, como se conseguisse tirar toda a saudade de anos sem a ver.